Retrospectiva: 4 anos de Copa RNK

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Kartódromo de Joinville abrirá a 5ª temporada da Copa RNK em janeiro.

A Copa RNK completa 4 anos de sucesso absoluto. Nessas quatro temporadas, oito kartódromos serviram de palco para 111 pilotos participarem de 46 provas. Em média, 16,8 pilotos alinharam no grid, num total de 772 largadas.

Em 2015, 23 novos pilotos se juntaram a outros 24 que já haviam participado de edições anteriores, embora 15 deles tenham corrido uma única vez. Somando todas as edições, 57 pilotos desistiram de continuar na RNK, talvez por considerar o nível das disputas muito elevado: 15 deles terminaram em último em sua única participação.

Mas quem são os mais vitoriosos? Quais são os mais assíduos? Quem conquistou mais poles? E mais pontos? Por onde a RNK já andou? Confira esses e outros dados curiosos dessa história.

OS CAMPEÕES

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Eduardo Johnscher (27) foi bicampeão da classe B (2012-13); Guilherme Szpigiel (20), vice em 2013.

 

Nas duas primeiras edições da Copa RNK, além da classificação geral, o regulamento contemplava ainda duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Nas duas oportunidades, Chico Johnscher conquistou os títulos da Geral e da classe A, enquanto Eduardo Johnscher foi bicampeão da classe B e vice-campeão na Geral.

Os vice-campeões por classe foram Priscila Driessen (2012) e Marcelo Rosa (2013) na classe A, e Rodolpho Bettega (2012) e Guilherme Szpigiel (2013) na B.

A partir da 3ª Copa RNK, o campeonato passou a ser disputado em categoria única. Eduardo Johnscher foi o campeão em 2014 e Andrey Lima, o vice. Em 2015, Andrey conquistou o título e Fabio Knabben foi vice.

 OS MAIS ASSÍDUOS

Pit Lane

Eduardo , Chico (12), Feijão (01) e Marjorie (09): os mais assíduos.

Somente dois pilotos participaram de todas as etapas da RNK: Chico e Eduardo Johnscher. Marjorie Johnscher se ausentou apenas de uma prova; Carlos Feijão, de duas; José Revoredo, de três; e Marcelo Rosa, das quatro primeiras – depois que estreou, esteve presente em todas as provas.

Entre os mais assíduos, estão, ainda, Eduardo Bettega (38 provas), Rodolpho Bettega (36), Rafael Vianna (35), Priscila Driessen (33), Guilherme Szpigiel (32), Bruno Vianna (30), Menyr Zaitter e Fabio Knabben (29) e Andrey Lima (24).

OS MAIS VITORIOSOS

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Eduardo Johnscher conquistou 9 vitórias na RNK.

Um restrito grupo de quatro pilotos detém 31 vitórias nas 46 provas da história da RNK: Eduardo Johnscher é o mais vitorioso, com 9 aparições no topo do pódio; Eduardo Bettega, tem oito vitórias; Chico Johnscher e Andrey Lima, sete.

Os demais vencedores foram Guilherme Szpigiel (três vitórias), Fabio Knabben, Bruno Vianna, Luizinho Brambila e Edinho Marques (duas vitórias cada), Rodolpho Betttega, Marjorie Johnscher e Cezar Zaitter (uma vitória cada), este tendo vencido em sua única aparição, a prova de abertura da 1ª Copa RNK.

Não estão incluídas nesse ranking as vitórias obtidas por Andrey Lima, Luizinho Brambila e Rafael Demmer nas baterias que foram válidas pela primeira etapa de 2015 em Penha-SC.

OS REIS DO PÓDIO

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Eduardo Johnscher (no topo) foi quem mais subiu no pódio. Fabio Knabben (à direita) tem o melhor aproveitamento, com impressionantes 79,3% de pódios, seguido do Japa (no degrau 3), com 75%. Marcelo Rosa (à esquerda) foi 20 vezes ao pódio e Feijão (degrau 2) somente 6.

 

Para padronização das estatísticas, uma vez que na primeira temporada não havia premiação e em alguns kartódromos o pódio comporta seis pilotos, consideram-se aqui como pódio as classificações até o 5º lugar.

Isso posto, ninguém subiu mais ao pódio do que Eduardo Johnscher: 31 vezes. Seguem-no Chico Johnscher (29), Fabio Knabben (23), Marcelo Rosa (20), Eduardo Bettega (19), Andrey Lima (18), Bruno Vianna (13) e Guilherme Szpigiel (11).

Percentualmente, porém, o rei do pódio é Fabio Knabben, que chegou entre os cinco primeiros em 79,3% das corridas que disputou. A seguir, nesse quesito, aparecem Andrey Lima (75%), Eduardo Johnscher (67,4%), Chico Johnscher (63%), Eduardo Bettega e Edinho Marques (ambos com 50%).

Não foram computados os percentuais de pilotos que não tenham participado de, pelo menos, cinco provas na RNK.

OS MAIORES PONTUADORES

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Eduardo Johnscher: maior número de pontos conquistados.

O maior pontuador na história da RNK é Eduardo Johnscher, que conquistou 752 pontos na carreira, seguido de Chico Johnscher (729 pontos), Marcelo Rosa (603), Eduardo Bettega (585), Fabio Knabben (528), José Revoredo (480), Andrey Lima (472) e Carlos Feijão (467).

OS MELHORES DESEMPENHOS

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O Japa Voador tem o melhor desempenho médio.

Obviamente, os números referentes à  pontuação no campeonato não refletem necessariamente o melhor desempenho na pista, uma vez que favorecem os pilotos mais assíduos, incluem bônus por participação, pole position, vitória, etc., além de o sistema de pontuação adotado ter sofrido mudanças ao longo dos anos. Tudo isso dificulta a comparação entre competidores em condições diferentes.

Um ranking baseado na classificação média dos pilotos que participaram de, ao menos, dez provas, reduz tais distorções. E nele, quem desponta com o melhor desempenho é Andrey Lima. O atual campeão da RNK, que terminou todas as provas de 2015 no pódio, cruzou a linha de chegada, em média, na posição 3,88.

Em segundo lugar aparece o vice-campeão de 2015, Fabio Knabben. Graças à sua consistência, apesar de só contar duas vitórias em seu currículo, o piloto se classifica, em média, na posição 4,67. Em seguida aparecem Eduardo Johnscher (5,11), Chico Johnscher (5,50), Eduardo Bettega (5,97) e Marcelo Rosa (6,64).

REI DA POLE

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Chico Johnscher: número 1 no grid 11 vezes.

Chico Johnscher é, disparado, o rei da pole, tendo-a conquistado 11 vezes. Depois dele, a melhor marca é de Eduardo Bettega, com seis poles, sendo que numa delas acabou privado de largar na frente: um erro de cronometragem no GP Beto Carrero de 2014 colocou Pedro Barbosa no seu lugar. Eduardo Johnscher e Edinho Marques fizeram a pole em três oportunidades; Andrey Lima, Fabio Knabben e Luizinho Brambila, em duas.

Sete pilotos completam o time dos pilotos que conquistaram uma pole na carreira: Felipe Borba, Bruno Vianna, Guilherme Szpigiel, Gustavo Holtz, Marcelo Rosa, Carlos Feijão e Marjorie Johnscher.

FAST LAPS

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Chico Johnscher marcou seis vezes a volta mais rápida.

Chico Johnscher é também o recordista de voltas mais rápidas na RNK, obtendo seis delas. A seguir vêm Eduardo Johnscher e Bruno Vianna com cinco e Fabio Knabben, Eduardo Bettega e Priscila Driessen com três. Guilherme Szpigiel, Andrey Lima, Carlos Feijão e Luiz Brambila fizeram a melhor volta da prova duas vezes.

A fastest lap foi conquistada uma vez por Rodolpho Bettega, Edinho Marques, Fabrizzio Zanetti, José Revoredo, Ricardo Rocco e Menyr Zaitter – esta envolvida em polêmica, pois o piloto teria alcançado a marca devido a um corte de caminho.

REI DA CHUVA

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Largada da última corrida com chuva, em novembro de 2014. Eduardo Johnscher (6) saiu da última posição no grid para a vitória.

Ao contrário das temporadas anteriores, nenhuma corrida foi desenvolvida com chuva em 2015, de modo que os números permanecem os mesmos de um ano atrás. Eduardo Johnscher continua ostentando o título de “rei da chuva” ao vencer cinco vezes nessas condições. Chico Johnscher ganhou duas vezes e Andrey Lima, uma.

A ESPERA PARA VENCER

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Marjorie Johnscher comemora primeira vitória.

Cezar Zaitter, Eduardo Bettega e Edinho Marques venceram suas provas de estreia na RNK. Zaitter ganhou e nunca mais correu. Bruno Vianna venceu na sua segunda participação. Rodolpho Bettega, Fabio Knabben e Andrey Lima venceram na quarta. Luizinho Brambila esperou cinco corridas para vencer.

Chicou Johnscher demorou oito corridas para vencer, enquanto Eduardo Johnscher e Guilherme Szpigiel só foram vencer em sua décima prova.

Ninguém, contudo, esperou tanto a primeira vitória quanto Marjorie Johnscher: 45 corridas!

 ELES AINDA NÃO VENCERAM

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Feijão espera vencer em 2016.

Dentre os pilotos mais assíduos que nunca ganharam uma prova da RNK, Marjorie Johnscher abandonou o clube ao vencer a última etapa de 2015, em sua corrida de número 45.

Quem puxa a fila agora na tentativa de alcançar a primeira vitória em 2016 é Carlos Feijão (44 provas disputadas), seguido de José Revoredo (43), Marcelo Rosa (42), Rafael Vianna (35), Priscila Driessen (33) e Menyr Zaitter (29).

PARTICIPAÇÃO FEMININA

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Marjorie Johnscher e Priscila Driessen: as únicas mulheres a fazer frente aos marmanjos.

Todas as 46 provas da história da RNK tiveram pelo menos uma mulher no grid. Dentre os 111 pilotos que já alinharam no grid, entretanto, apenas 15 são do sexo feminino. E somente duas delas são assíduas: Marjorie Johnscher, com 45 largadas, e Priscila Driessen, com 33.

Solange Bacilla (3 corridas), Stéfanie Prestini, Isabel Costa (2 corridas), Giovana Borba, Olivia Ferraz, Mariana Bogus, Paula Cordeiro, Leonara Vieira, Ana Havryluk, Ana Luisa Lage, Julia Farabolini, Micheli Zanetti e Maria Casavechia (uma corrida cada) completam o time feminino, que representa, em média, apenas 12,3% do grid.

O desempenho delas também é nitidamente inferior, apesar do progresso constatado no último ano. A presença das mulheres na rabeira da classificação, que ocorreu em 15 das 46 provas disputadas, diminuiu de 38,2% para 32,6%,

O destaque fica por conta de Marjorie Johnscher, que emplacou a primeira vitória feminina da história da RNK na prova de encerramento de 2015, a 2ª Corrida do Milhão, e Priscila Driessen, que garantiu a dobradinha do “sexo frágil” nessa prova. As duas pilotos são responsáveis pelos 11 pódios (8 de Priscila e 3 de Marjorie) femininos na RNK.

OS KARTÓDROMOS

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Disputas no Raceland deixarão de fazer parte do calendário.

O Kartódromo Internacional Raceland, onde foram realizadas 32 das 46 provas ao longo de quatro temporadas da Copa RNK, deixará de integrar o calendário em 2016, mas deverá ostentar a marca de maior palco do campeonato por muito tempo.

Além dele, a pista mais utilizada foi a do Kartódromo de São José dos Pinhais, que abrigou quatro etapas da RNK e voltará no próximo ano. A RNK também esteve presente três vezes no Kartódromo de Registro, duas no Kartódromo Internacional Beto Carrero, duas no Kartódromo Internacional de Joinville, uma no Kartódromo de Indaial, uma no Speedway Music Park, em Balneário Camboriú, e uma no Marumbi Kart Indoor – esta, a única até hoje disputada em um circuito indoor.

 O MAIOR GRID

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2015 teve o maior grid da história da RNK: 22 karts.

A média de participantes por prova sofreu pouca variação ao longo de quatro temporadas – foram 16,78 pilotos por etapa –, mas uma queda sensível no grid foi registrada ao longo do tempo. Em 2012, a média foi de 17,0 karts por prova; em 2013, 16,83; e em 2014, 16,33. Essa tendência, contudo, foi revertida em 2015, quando foi atingida a marca de 17,17 pilotos por etapa.

O ano de 2015 também registrou o maior grid da história, com 22 karts alinhando em duas oportunidades: GP Sébastien Loeb (28 de fevereiro) e GP Didier Auriol (17 de outubro), ambos no Raceland. O menor grid, de somente 12 karts, foi registrado em 2012, na 8ª etapa, disputada em 13 de outubro, coincidindo com um feriadão.

AS MELHORES EQUIPES

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Johnscher Racing: a primeira entre as equipes.

Nos três anos em que existe a disputa por equipes, a Johnscher Racing detém os números mais expressivos, conquistando dois títulos (2013 e 2015), um vice (2014), 514 pontos e 14 vitórias. É o único time cujos três pilotos (Eduardo, Chico e Marjorie Johnscher) já venceram na RNK.

A Designers Racing (Fabio Knabben, Guilherme Szpigiel e Marcelo Rosa), que anunciou recentemente o encerramento de suas as atividades, vem a seguir com um título (2014), um vice e um 3º, somando um total de 487,84 pontos e quatro vitórias.

A terceira no ranking é a Race Four Fun (ex-SNA), vice-campeã de 2015, com 388,72 pontos e oito vitórias. O time, na última temporada, foi composto por Andrey Lima, Eduardo Bettega, Carlos Feijão e Menyr Zaitter.

Em seguida aparecem a Vianna Bros. (Bruno e Rafael Vianna), com 326,5 pontos e duas vitórias, e a Zé Bedrilo (ex-βH Driessen), de José Revoredo, Rodolpho Bettega, Priscila Driessen e Luiz Brambila, com 322,25 pontos e seis vitórias.

REGULAMENTOS E SUAS CURIOSIDADES

Pontuação

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A primeira vitória de Chico Johnscher na RNK, em outubro de 2012, rendeu apenas 14 pontos ao piloto. Foi a vitória menos valiosa da Copa.

O sistema de pontuação também sofreu mudanças. Até 2014, a pontuação era variável conforme o número de participantes da prova. Numa corrida com 18 pilotos, por exemplo, o vencedor ganhava 18 pontos. Em 2015, a pontuação passou a ser fixa, concedendo 25 pontos ao vencedor, 23 para o 2º colocado, 22 para o 3º e assim por diante.

Bônus por participação

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Primeira prova disputada fora de Curitiba, no Kartódromo Beto Carrero, em 2014: 3 pontos extras para os participantes.

Para valorizar a participação por desempenho e participação, a Copa RNK incorporou várias formas de bonificação: vitória, pole, melhor volta e maior avanço em relação à posição de largada valem um ponto.

Um ponto também é concedido a cada três corridas seguidas e aos pilotos que participam de todas as corridas. Em 2014, quando a RNK passou a correr em SP e SC, três pontos de bônus extras foram atribuídos aos pilotos que corriam “fora de casa”, com o intuito de estimular a participação fora de Curitiba.

Todos os bônus por participação, entretanto, deixarão de vigorar em 2016.

Grid invertido

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Marjorie Johnscher (4) largando na pole devido ao grid invertido.

Em 2014, foi implantado o grid invertido nas etapas realizadas no Raceland. Nessas provas, foi abolido o qualify e a ordem de largada passou a ser definida conforme a ordem inversa da classificação do campeonato.

Nesse período, Marjorie Johnscher foi a “rainha da pole”, largando na frente em cinco das nove provas em que o sistema foi adotado.

Corrida do Milhão

 

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Pontuação dobrada na Corrida do Milhão alçou Marjorie Johnscher da 10ª para a 6ª posição no campeonato de 2015.

Em 2014 e 2015, a última prova da temporada – a Corrida do Milhão – deu direito à pontuação em dobro, inclusive dos bônus. A pontuação dobrada também será extinta na próxima temporada.

Lastro

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Tornozeleiras com lastro são recurso para atingir os 80kg de peso mínimo.

A partir de 2014, quando foram extintas as classes A e B e o campeonato passou a ser disputado em categoria única, foi definido o peso mínimo de 80kg. Esse limite, contudo, era exigido apenas para os homens.

FESTAS

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Andrey Lima recebe a taça de campeão de 2015.

Fim de temporada sempre é hora de festa. O churrasco de confraternização já é tradição na noite da última corrida do ano. Foi assim desde a primeira edição, em 2012, quando não havia ainda premiação para os melhores do ano.

A partir de 2013, além da festa de encerramento e entrega de troféus, os pilotos que participaram de mais provas também receberam uma camiseta personalizada da RNK.

ENDURANCE

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RNK Endurance Team em Penha-SC, na disputa do RA Endurance 5 Horas, em 2015.

Além da Copa RNK, desde 2014 a categoria mantém uma equipe para disputar provas de longa duração. O RNK Endurance Team participou de sete dessas competições, sendo três delas com duas equipes.

Chico Johnscher compôs a equipe em todas as provas. Eduardo Johnscher (5 vezes), Carlos Feijão (4), Marjorie Johnscher (3), Rodolpho Bettega (3), José Revoredo (2), Phellip Carvalho (2), Andrey Lima (1), Eduardo Bettega (1), Luiz Brambila (1), Menyr Zaitter (1), Ricardo Rocco (1), João Gomes (1) e Pablo Gomes (1) são os pilotos que já defenderam as cores do time, cujo melhor resultado foi um 2º lugar nos 200 km de Registro.