Com duas vitórias em Joinville, Jackson Gonçalves é o campeão do 2º Turno

Rodada no Kartódromo Internacional de Joinville definiu também os classificados para a Superfinal.

Pilotos prontos para o último round antes da Superfinal.
31/10/2020 – da Redação, com fotos de Clayton Medeiros

O 2º Turno da Copa RNK 2020 terminou no sábado 24/10 no Kartódromo Internacional de Joinville, consagrando mais uma vez Jackson Gonçalves – é o terceiro título do piloto da Box 45 na RNK. Ao vencer suas duas baterias, Jack ultrapassou Fábio Mathoso e Rafael Demmer, que vinham empatados na liderança do certame.

Foi a terceira rodada disputada em Joinville neste ano. Devido à pandemia do coronavírus, a “cidade dos príncipes” acabou abrigando metade das etapas das fases classificatórias. Trinta e oito pilotos foram para a pista, e pelo menos 30 deles com chances de buscar uma vaga na Superfinal.

16º GP de Joinville

Ariel Dalprá, vencedor da 1ª bateria da série B.

Disputada no tradicional traçado completo, a primeira etapa do dia teve na série B o retorno de dois pilotos famosos na RNK que andavam ausentes – Nito Ramirez e Guilherme Medeiros – além de outros dois que haviam participado de apenas uma prova – Ariel Dalprá e Leandro Pires. E foram três deles que dominaram a 1ª bateria. Dalprá fez a pole e venceu de ponta a ponta, com Medeiros e Pires em 2º e 3º. Correndo sozinhos sem disputas entre si, os três abriram grande vantagem do segundo pelotão, composto por Karina Cardozo, Anderson Rocha, Chico Johnscher e Régis Montibeller – este largou na 2ª fila e puxava o pelotão, mas acabou rodando e depois de voltar, acabou se recuperando para terminar em 4º. Anderson Rocha completou o pódio ao ganhar o duelo contra Karina Cardozo. Na sequência, terminaram Chico Johnscher, Emygdio Westphalen e Alessandro Trevisan, o grupo que subiria para a série A na etapa seguinte.

Jack (1) se dá o bote para ultrapassar Tonel (71) e partir para a vitória.

A série A teve Jackson Gonçalves largando na pole. Ao seu lado na primeira fila, Everton Tonel pulou na frente, mas não manteve a liderança por muito tempo. Embora no encalço do líder durante toda a prova, Tonel não teve oportunidade clara de ultrapassagem. Andrey Lima em 3º, pressionado por Marcelo Tirisco, sustentou a posição por algumas voltas enquanto o pelotão seguinte brigava entre si, permitindo que os quatro primeiros se distanciassem. Superado por Tirisco, Andrey perdeu rendimento e, aos poucos, foi escalado por quase todo o pelotão.

Os primeiros que se livraram do tráfego foram Eduardo Johnscher e Juliano Cunha, que promoveram um dos duelos mais emocionantes depois de ultrapassarem Tirisco. A três voltas do fim, uma nuvem de fumaça no motor de Johnscher, repentina perda de potência e a perda da posição para Cunha. Parecia fim da prova. Eis que o kart retoma o desempenho, permitindo a disputa pela posição.

Juliano Cunha cedeu a 3ª posição a poucos metros da bandeirada.

Na última volta, Juliano Cunha vacilou e tirou o pé poucos metros antes da linha de chegada, cedendo a 3ª posição para Eduardo Johnscher. Tirisco terminou em 5º logo atrás. Completaram o top 10, permanecendo na série A, Fábio Mathoso, Claudinha Cardozo, Bruno Tarachuka, Otto Jr. e Tido Olmedo.

17º GP de Joinville

A segunda etapa da rodada apresentou um traçado inédito na Copa RNK, com uma “perna manca” eliminando as duas primeiras retas do miolo no sentido invertido. Um “S” de baixa logo no início da reta oposta se transformou numa das maiores dificuldades do circuito.

Perna manca foi um dos maiores desafios no traçado inédito da RNK. Eugênio vendeu caro a vitória para Andrey.

O “rebaixamento” de diversos pilotos de ponta na prova anterior elevou ainda mais o nível da disputa na série B. Assim, as três primeiras filas no grid foram formadas por pilotos vitoriosos na Copa RNK: Andrey Lima (pole), Anderson Vieira, Eugênio Fabian, Rafael Demmer, Fabio Junior e Felipe Mathias. Baixada a bandeira, Andrey confirmou a ponta e Eugênio assumiu a segunda posição. Com os demais partindo para uma espécie de “tudo ou nada”, quem levou a pior foi Demmer, que rodou após um toque ainda na primeira volta.

Os dois primeiros se consolidaram na ponta com uma vantagem segura até o final. Anderson Vieira foi o 3º, Fabio Junior o 4º e Júnior Cazu venceu o duelo com Felipe Mathias pelo último degrau do pódio. Em brilhante recuperação, Rafael Demmer ainda conseguiu levar seu kart ao 7º posto depois de cair para último logo no início.

Jackson Gonçalves e Everton Tonel repetiram o duelo e o resultado da 1ª prova.

A série A foi quase uma reprise da etapa anterior, pelo menos na disputa pela vitória e na formação do pódio. A primeira fila só teve a inversão dos pilotos, com Everton Tonel agora largando na pole e Jackson Gonçalves ao seu lado. Novamente Tonel pulou na frente e, dessa vez, conseguiu sustentar a liderança por algumas voltas. Jack foi superado na largada por Marcelo Tirisco, mas este não ofereceu resistência e facilitou a ultrapassagem ainda na primeira volta. A “gentileza”, porém, custou caro para o Tirisco, que na mesma manobra acabou sofrendo um toque de Leandro Pires, caindo para as últimas posições. Pires ainda seria punido por provocar a rodada de Tido Olmedo na disputa pela 4ª posição na última volta.

Lá na frente, Jack partia para a vitória, desta feita com folga, pois Tonel passou a se preocupar mais em defender a posição pela pressão de Otto Jr., que terminou em 3º. Pires cruzou em 4º, mas com a penalização de 10 segundos, as posições no pódio foram herdadas por Juliano Cunha e Ariel Dalprá. Tido acabaria apenas em 7º, superado ainda por Fábio Mathoso e Karina Cardozo.      

Campeonato

As duas vitórias de Jackson Gonçalves lhe valeram o título do 2º Turno com 125 pontos, 15 à frente do vice-campeão Fábio Mathoso. Andrey Lima ficou em 3º com 106 e, completando o Top 10, Juliano Cunha (104), Everton Tonel (102), Fabio Junior (101), Anderson Vieira (98), Rafael Demmer (98), Tido Olmedo (97) e Felipe Mathias (96).

Entre as equipes, o título ficou com a Box45, de Jackson Gonçalves, Claudinha e Karina Cardozo, com 217 pontos, 10 à frente da RBR Ultimate (Everton Tonel, Felipe Mathias e Alessandro Trevisan). A 3ª colocada foi a OOP Racing (Fabio Junior, Marco Mega e Otto Jr.), com 205 pontos. A Gordelícias Fast Lap, que liderava com Rafael Demmer, Anderson Rocha e Luizinho Brambila, com a desistência deste último, acabou caindo para 4º com 203.

Superfinal

O 1º turno da Copa RNK já havia classificado 10 pilotos – Andrey Lima, Nilton Rossoni, Fábio Mathoso, Claudia Cardozo, Luiz Brambila, Everton Tonel, Chico Johnscher, Bruno Rocha, Otto Jr. e Anderson Rocha – para a Superfinal.

No 2º turno, classificaram-se automaticamente mais 7 – Jackson Gonçalves, Juliano Cunha, Fabio Junior, Anderson Vieira, Rafael Demmer, Tido Olmedo e Felipe Mathias – já que Fábio Mathoso, Andrey Lima e Everton Tonel já haviam garantido a vaga no 1º turno.

Assim, outros 9 pilotos se classificaram pela soma dos dois turnos: Eugênio Fabian, Karina Cardozo, Marcos Martins, Júnior Cazu, Emygdio Westphalen, Eduardo Johnscher, Bassám Hajar, António Keps e Thiago Vasconcellos.

A Superfinal será disputada dia 28 de novembro no Kartódromo de Itu, também em rodada dupla e com pontuação dobrada, aumentando as chances dos pilotos que levam menos bônus – cada piloto recebe bônus equivalentes à pontuação referente à sua classificação ao final de cada turno. Andrey Lima é o piloto com mais bônus, totalizando 45 pontos (25 pelo 1º lugar no 1º Turno e 20 pelo 3º lugar no 2º Turno).


Última volta

Mais uma vez as reclamações recaíram sobre a falta de rigor dos fiscais de pista em punir pilotos que “exageram” nos totós nas entradas de curvas provocando, intencionalmente ou por afoiteza, rodadas dos adversários.

Rafael Demmer era um dos mais revoltados no final da prova por ter sofrido um toque logo na primeira volta de sua segunda bateria que acabou com o que restava de esperança na busca pelo título. “Sempre que esbarro em alguém devolvo a posição blablabla”, desabafou ele. “Ficam se preocupando com quem encosta no cone, mas não vista grossa blablabla”, concluiu.

Um drone fez imagens para a RNK durante a prova e assustou alguns pilotos ao dar rasantes próximo à pista. Muitos pensaram que era ataque de um quero-quero.

Momento de tensão para Eduardo Johnscher: rastro de fumaça ficou no susto.

Quem estava atento à pista não entendeu nada ao ver o motor de Eduardo Johnscher explodir e de repente seu kart retomar potência e continuar como se nada tivesse acontecido, a ponto de retomar a posição perdida.

A decepção estava estampada no rosto de Juliano Cunha ao final da última bateria. Depois de um duelo espetacular com Eduardo Johnscher e apontar na reta de chegada à frente, ele confundiu a marcação da linha de chegada e tirou o pé antes da bandeirada. O vacilo lhe custou a 3ª posição.

Do outro lado, a família Cardozo e sua turma eram só alegria. Além das vitórias e do título de Jackson Gonçalves e da Box45, ainda comemoraram a vitória de Ariel Dalprá, o vice-campeonato de Fábio Mathoso, os pódios de Guilherme Medeiros e Leandro Pires.

A torcida organizada de João Chevalier.

Chamou atenção a torcida organizada de João Guilherme Chevalier. Em sua terceira participação na Copa RNK, familiares e amigos acompanharam a prova com camisetas personalizadas estampando o nome do jovem piloto e do seu patrocinador, Casa do Construtor.

Acrílico Shalon, fornecedor dos troféus da Copa RNK, trouxe para esta rodada um modelo com motivo comemorativo ao Outubro Rosa.

A pandemia do covid-19 dificultou a comunicação visual nesta temporada, mas a Copa RNK continua contando com o apoio de Candy Shop, Correta Redações, Acrílico Shalon e Fast Lap Kart Indoor.