Retrospectiva: 6 anos de Copa RNK

O champanhe oferecido pelo Empório Família Scopel fez a alegria de todos os pódios da RNK.

O champanhe oferecido pelo Empório Família Scopel fez a alegria de todos os pódios da RNK.

 

Surpreendente. Assim foi o ano de 2017 na Copa RNK. Em sua sexta edição, o campeonato teve ampla exposição na mídia – incluindo rádio e TV, fato raro no rental kart – que culminou com a primeira transmissão integral ao vivo de uma de suas provas pela internet, em parceria com a RA Racing, que alcançou mais de duas mil visualizações. Também houve a inédita realização de uma etapa em um kartódromo que não conta com karts de aluguel, em organização conjunta com o Fast Lap Kart Indoor, que deslocou toda sua estrutura para o Kartódromo Municipal de Rio Negro.

Em 2017,  29 pilotos estrearam na RNK juntando-se a outros 28 remanescentes de outras temporadas. Desde 2012, 168 pilotos desfilaram pelos 12 kartódromos que abrigaram seis campeonatos, 74 provas e 101 baterias, totalizando 1416 presenças no grid de largada – média de 19,1 pilotos por etapa.

Enquanto a VII Copa RNK não começa, você acompanha nesta edição um extenso e profundo trabalho de pesquisa desses seis anos de história e um resumo do que foi a temporada 2017, que além de  Correta Redações, Candy Shop, Família Scopel e General Chopp n’ Beer, contou com a apoio de Acrílico Shalon, Lully.co, Fast Lap Kart Indoor, RA Racing e os programas Acelera Banda B e Acelera TV.

 

SEM NOVIDADES ENTRE OS CAMPEÕES…

Luizinho Brambila e Chico Johnscher são os maiores detentores de títulos da RNK.

Luizinho Brambila e Chico Johnscher são os maiores detentores de títulos da RNK.

 

Luizinho Brambila, Andrey Lima, Eduardo e Chico Johnscher haviam conquistado todos os títulos em jogo até 2016. Chico foi o bicampeão geral nas duas primeiras temporadas, cujo regulamento ainda dividia os pilotos em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Nas duas oportunidades, Eduardo Johnscher obteve o título dos pesados e Chico, o dos leves.

Em 2014, o campeonato passou a ser disputado em categoria única. Eduardo Johnscher foi o campeão em 2014, ficando Andrey Lima com o título de 2015.

Em 2016, o campeonato foi desdobrado em dois turnos: o Troféu Candy Shop no 1º semestre e o Troféu 82 Design no 2º. Luizinho Brambila conquistou os dois e ainda levou o título geral depois da realização da Superfinal.

A hegemonia desse seleto grupo foi mantida em 2017, quando Andrey Lima se sagrou campeão do 1º turno e Luizinho conquistou o 2º e, ainda, o bicampeonato geral após a Superfinal. Somados todos os “canecos”, Luizinho Brambila detêm cinco; Chico Johnscher, quatro; Eduardo Johnscher, três; e Andrey Lima, dois.

 

MAS 12 NOVOS VENCEDORES EM 2017

 

Juliano Cunha foi mais um piloto a vencer na estreia.

Juliano Cunha foi mais um piloto a vencer na estreia.

Se entre os campeões não houve novidades em 2017, entre os vitoriosos elas foram muitas. Nada menos do que 12 pilotos venceram pela primeira vez nessa temporada. E dois deles logo em sua estreia no campeonato: Juliano Cunha e Fernando Henrique Gonçalves. Além deles, também subiram ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez Ricardo Rocco, Alessandro Trevisan, Eugenio Westphalen, Bruno Rocha, Rodrigo Araujo, Nito Ramirez, Tido Olmedo, Renato Braga, Marcos Martins e Felipe Carneiro – os cinco últimos, também estreantes na RNK.

 

OS MAIORES VENCEDORES

Luizinho Brambila é agora o recordista em vitórias.

Luizinho Brambila é agora o recordista em vitórias.

O maior número de vitórias continua nas mãos dos mesmos cinco pilotos que, juntos, somam 51 vitórias. Luizinho Brambila dobrou seu cartel com as seis vitórias de 2017 e agora é o maior vencedor da RNK, com 12 primeiros lugares. Eduardo Johnscher e Andrey Lima têm 11 vitórias, Chico Johnscher 9 e Eduardo Bettega – ausente em 2017, mas prometendo voltar em 2018 – tem 8.

É um abismo que os separa dos demais vencedores: Rafael Demmer e Bruno Vianna (4 vitórias); Marjorie Johnscher, Bruno Rocha, Fabio Knabben e Guilherme Szpigiel (3 vitórias cada); Marcelo Rosa, Kleber Borges e Edinho Marques (2 vitórias cada); e Rafael Vianna, Carlos Feijão, Rodolpho Bettega, Ricardo Rocco, Alessandro Trevisan, Eugenio Westphalen, Rodrigo Araujo, Nito Ramirez, Tido Olmedo, Renato Braga, Marcos Martins, Felipe Carneiro, Juliano Cunha, Fernando Henrique Gonçalves, Rick Bull, Samurai Sam, Fabrizzio Zaneti, Gabriel Albuquerque e Cezar Zaitter (uma vitória cada).

Não estão incluídas nesse ranking as vitórias obtidas por Andrey Lima, Luizinho Brambila e Rafael Demmer nas baterias que foram válidas pela primeira etapa de 2015 em Penha-SC, nem as de Chico Johnscher e Felipe Borba na segunda etapa da 1ª Copa RNK, no Marumbi Kart Indoor.

 

FILA DE ESPERA

José Claudio Revoredo é o piloto com mais participações sem ter vencido na RNK.

José Claudio Revoredo é o piloto com mais participações sem ter vencido na RNK.

Carlos Feijão é o piloto que mais demorou para obter sua primeira – e única – vitória na RNK. Ela veio em sua 49ª participação, em Indaial, em maio de 2016.

Tem piloto, entretanto, há mais tempo na fila. José Revoredo completou no ano passado 56 provas sem jamais ter vencido. Depois dele, os pilotos com mais participações na RNK sem nunca vencer são Menyr Zaitter (37), Priscila Driessen (33), Phellip Carvalho (30), Franciel Vivan (24) e Anderson Rocha (24).

 

ELES NÃO PERDEM UMA

Os três pilotos da Johnscher Racing somam, juntos, 221 largadas na RNK.

Os três pilotos da Johnscher Racing somam, juntos, 221 largadas na RNK.

A Copa RNK completou em 2017 um total de 74 provas. Chico e Eduardo Johnscher são os únicos pilotos que participaram de todas elas. Marjorie Johnscher faltou a apenas uma e Carlos Feijão, duas. Depois deles, os mais assíduos são Marcelo Rosa (62 largadas), José Revoredo (56), Rafael Vianna (54), Eduardo Bettega (45), Rodolpho Bettega (44), Bruno Vianna (40), Andrey Lima (38), Menyr Zaitter (37) e Luizinho Brambila (36).

 

OS REIS DO PÓDIO

Daus gerações de pilotos no pódio: à direita, Eduardo e Chico Johnscher, recordistas absolutos; no centro, Marcos Martins e Bruno Rocha, que já ostentam números promissores; à esquerda, Carlos Feijão, também habitual no pódio.

Duas gerações de pilotos no pódio: à direita, Eduardo e Chico Johnscher, recordistas absolutos; no centro, Marcos Martins e Bruno Rocha, que já ostentam números promissores; à esquerda, Carlos Feijão, também habitual no pódio.

Para padronização das estatísticas, consideram-se aqui como pódio as classificações até o 5º lugar, mesmo que em algumas provas a premiação só tenha sido concedida até o 3º colocado e, em outras, o pódio comportasse até seis lugares.

Isso posto, ninguém subiu mais ao pódio do que Eduardo Johnscher, 43 vezes, seguido de perto por seu companheiro de equipe Chico Johnscher (41). Depois aparecem Andrey Lima (32), Marcelo Rosa (26), Luiz Brambila (25), Fabio Knabben (24), Carlos Feijão e Eduardo Bettega (21 cada).

Os números mudam, contudo, quando se considera o aproveitamento percentual. Nesse quesito, o rei do pódio é Andrey Lima, que chegou entre os cinco primeiros em 84,2% das corridas que disputou. Seu desempenho, aliás, é invejável: a última vez que o Japa não subiu ao pódio foi em 8 de novembro de 2014.

Em seguida estão Fabio Knabben (75%), Luizinho Brambila (69,4%), Rafael Demmer (64,3%), Marcos Martins (63,6%), Eduardo Johnscher (58,1%), Chico Johnscher (55,4%), Bruno Rocha (53,3%) e Nito Ramirez (50%).

Não foram computados os percentuais de pilotos que não tenham participado de, pelo menos, dez provas na RNK.

 

MAIS DE 1000 PONTOS

Em 2017, Chico Johnscher assumiu o posto de maior pontuador da história da RNK.

Em 2017, Chico Johnscher assumiu o posto de maior pontuador da história da RNK.

O maior pontuador na história da RNK é Chico Johnscher, que conquistou 1214 pontos na carreira, seguido de Eduardo Johnscher (1211 pontos), Carlos Feijão (935), Marcelo Rosa (916), Marjorie Johnscher (797), Andrey Lima (788) e Luizinho Brambila (750).

Considerando-se a média, o melhor aproveitamento é de Luizinho Brambila (20,8), seguido de Andrey Lima, com 20,7 pontos por prova, Bruno Rocha (19,1), Rafael Demmer (19,1), Ricardo Rocco (19), Marcos Martins (18,6) e Fabio Knabben (18,3). Também foram considerados somente os pilotos com pelo menos dez participações.

 

OS MELHORES DESEMPENHOS

Andrey Lima: há 25 corridas sem sair do pódio!

Andrey Lima: há 25 corridas sem sair do pódio!

Obviamente, o número de pontos obtidos não reflete necessariamente o melhor desempenho na pista, uma vez que inclui bônus por participação – este já extinto –, pole position, vitória, etc. Além disso, o sistema de pontuação adotado sofreu mudanças ao longo dos anos (nas primeiras edições, por exemplo, as pontuações eram mais baixas), o que dificulta a comparação entre competidores em condições diferentes.

Assim, um ranking baseado na classificação média dos pilotos que participaram de ao menos dez provas foi criado para reduzir tais distorções. Nele, quem desponta com o melhor desempenho é Andrey Lima. Concluindo as últimas 25 corridas que disputou entre os cinco primeiros, o campeão do primeiro turno de 2017 cruzou a linha de chegada, em média, na posição 3,29 nas 38 provas de que participou. O segundo lugar é Luiz Brambila (4,33), seguido de Fabio Knabben (4,66), já afastado das pistas e um dos pilotos mais regulares nos primeiros anos da RNK. Depois aparecem Bruno Rocha (5,00), Rafael Demmer (5,07), Marcos Martins (5,09), Chico Johnscher (5,78) e Eduardo Johnscher (5,89).

 

REI DA POLE

Chico Johnscher permanece insuperável no número de pole positions.

Chico Johnscher permanece insuperável no número de pole positions.

Sai ano, entra ano, e ninguém consegue tirar de Chico Johnscher o título de Rei da Pole. Foram 13 vezes largando na P1, mas a distância está encurtando. Com as cinco poles obtidas na última temporada, Luizinho Brambila encostou e agora tem 11. Depois deles, as melhores marcas são de Andrey Lima (7),  Eduardo Bettega (6),  Eduardo Johnscher (5), Rafael Demmer e Marcelo Rosa (4 cada), Ricardo Rocco, Fabio Knabben e Edinho Marques (3 cada).

 

FAST LAP

Luizinho Brambila: impressionantes sete voltas voadoras só em 2017.

Luizinho Brambila: impressionantes sete voltas voadoras só em 2017.

Até 2016, três pilotos dividiam o recorde de voltas mais rápidas na RNK: Luizinho Brambila, Chico e Eduardo Johnscher, que haviam cravado a volta voadora sete vezes cada. Em 2017, no entanto, Luizinho destruiu a marca registrando a volta mais rápida nada menos do que sete vezes e disparando na frente com 14 fast laps. Chico tem oito, enquanto Eduardo estacionou nas sete. A seguir vêm Andrey Lima com seis, Bruno Vianna com cinco, Fabio Knabben com quatro, Marcelo Rosa, Marjorie Johnscher, Eduardo Bettega e Priscila Driessen com três.

 

REI DA CHUVA NA SECA

 

No dilúvio de Joinville, Eduardo Johnscher deixou escapar uma vitória que parecia certa.

No dilúvio de Joinville, Eduardo Johnscher deixou escapar uma vitória que parecia certa.

Entre 2012 e 2014, cinco das sete vitórias até então obtidas por Eduardo Johnscher ocorreram debaixo d’água, o que lhe valeu o epíteto de Rei da Chuva. Além dele, apenas Chico Johnscher (duas vezes) e Andrey Lima (uma vez) haviam vencido na chuva. De lá para cá, contudo, Eduardo vive um período de seca.

Em 2015, a chuva não caiu em nenhuma prova. Em 2016, teve chuva em duas rodadas – Registro e Interlagos – com vitórias de Kleber Borges, Rick Bull e Samurai Sam. Em 2017, a chuva esteve presente em Joinville e Florianópolis (em Rio Negro, apesar da intensa chuva antes da prova, durante as baterias a pista já estava praticamente seca), e nas seis baterias realizadas nessas condições, seis vencedores diferentes: Tido Olmedo, Eugenio Westphalen, Bruno Rocha, Luiz Brambila, Rodrigo Araujo e Chico Johnscher – este, o único que já vencera antes na chuva.

 

AS VITÓRIAS MAIS APERTADAS…

Andrey Lima passa Eugenio Westphalen pouco antes da bandeirada: a segunda chegada mais apertada da história.

Andrey Lima passa Eugenio Westphalen pouco antes da bandeirada: a segunda chegada mais apertada da história.

A RNK viu no ano passado a segunda chegada mais apertada da história, quando Andrey Lima superou Eugenio Westphalen na última curva do Kartódromo de São José dos Pinhais no GP Thierry Neuville, em 10 de junho, para vencê-lo por 0,045s. Exatamente um ano antes, o Japa havia perdido para Bruno Vianna o GP Sébastien Ogier, na mesma pista, por 0,036s, naquela que foi a vitória pela menor margem em toda a história do campeonato.

Diferença inferior a um segundo entre os dois primeiros na bandeirada de chegada ocorreu em outras 13 oportunidades. Outras três chegadas emocionantes foram as registradas no Raceland: GP Michèle Mouton, em 13/06/15, de Luizinho Brambila sobre Fabio Knabben por 0,047s; em 24/05/13, de Guilherme Szpigiel sobre Fabrizzio Zaneti por 0,057s; e no GP Colin McRae, em 15/08/15, de Andrey Lima sobre Marcelo Rosa por 0,061 s.

 

…E OS PASSEIOS

Chico Johnscher: uma volta e meia sobre o segundo no GP de Matinhos.

Chico Johnscher: uma volta e meia sobre o segundo no GP de Matinhos.

Cinco dos quatro maiores “passeios” em seis anos de RNK envolveram Chico Johnscher. No GP Ayrton Senna, disputado no Kartódromo Raceland (26/04/14), o piloto fez prevalecer a oportunidade de correr com o melhor kart e venceu com 30,854s de vantagem sobre o 2º colocado, Menyr Zaitter. No mesmo ano, na primeira prova disputada em Registro (11 de outubro), foi a vez de Guilherme Szpiegel vencer de forma absoluta, abrindo 32,369s sobre o 2º, justamente Chico Johnscher.

Na última temporada, duas vitórias por larga vantagem ocorreram em Florianópolis, no Kartódromo dos Ingleses (21 de outubro): Rodrigo Araujo abriu 45,868s sobre o segundo colocado Julian Fontana, e Luizinho Brambila venceu Chico Johnscher por 30,230s.

A vitória mais acachapante, entretanto, ocorreu no GP de Matinhos (20/02/2016), onde Chico Johnscher colocou uma volta e meia – o equivalente a cerca de 50 segundos – sobre Bruno Vianna.

Chico Johnscher foi o único piloto na história da RNK a vencer com uma volta de vantagem, feito que protagonizou duas vezes. Ele já havia vencido com uma volta de vantagem sobre o companheiro de equipe Eduardo Johnscher em uma das baterias válidas pela segunda prova da RNK, em 2012, no Marumby Kart Indoor. Ali, contudo, por ser um circuito indoor muito curto, a diferença representou pouco mais de 20 segundos.

 

BRINQUEDO DE MENINO

Marjorie Johnscher se destaca entre os marmanjos da RNK.

Marjorie Johnscher se destaca entre os marmanjos da RNK.

Num ambiente predominantemente masculino, somente 19 dentre os 168 pilotos que já passaram pela RNK pertencem ao “sexo frágil”. Em número de participações, elas não chegam a representar 10% do grid, e apenas uma é presença constante, fazendo parte do time fixo da Copa: Marjorie Johnscher, que só ficou de fora de uma corrida. Além dela, no ano passado, somente Elvira Cilka (três provas), Soraya Kirschen e Flavia Gavazzoni (uma prova cada) entraram na pista.

É Marjorie, também, que ostenta o melhor currículo feminino. Venceu três provas, duas no Raceland e uma no Beto Carrero, marcou duas poles, obteve três vezes a melhor volta e conquistou, em 2015, o Prêmio Maneco Combacau, concedido ao piloto que mais realiza ultrapassagens na temporada. Em campeonatos, seu melhor resultado foi um 5º lugar no Troféu 82 Design, o 2º turno do campeonato de 2016.

A segunda melhor marca é de Priscila Driessen, que em suas 33 participações obteve um 2º lugar na prova de despedida em 2015, fechando uma inédita e inesquecível dobradinha feminina com Marjorie Johnscher.

 

OS KARTÓDROMOS

Berço da RNK, Raceland não faz mais parte do circuito da RNK. Na foto acima, de 2013, a chicane dos boxes ainda tinha as famosas balizas que delimitavam a pista.

Berço da RNK, Raceland não faz mais parte do circuito da RNK. Na foto acima, de 2013, a chicane dos boxes ainda tinha as famosas balizas que delimitavam a pista.

Pela primeira vez em seis anos, o Kartódromo Internacional Raceland deixou de integrar o circuito da RNK. Ainda assim, continua sendo a pista que mais sediou o campeonato, com 33 etapas.

Depois dele, os kartódromos mais utilizados – em sete etapas – foram os de São José dos Pinhais, do Beto Carrero e de Joinville. A RNK também esteve presente cinco vezes nos kartódromo de Registro (SP) e de Indaial (SC), quatro no Kartódromo de Interlagos (SP) e duas no Kartódromo de Ingleses, em Florianópolis (ambas em 2017).

Além do  Kartódromo de Rio Negro (PR), que estreou na RNK em 2017, três pistas compuseram o campeonato uma única vez: o Speedway Music Park, em Balneário Camboriú (SC), o Marumbi Kart Indoor, em Curitiba, e o 34 Kart Indoor, em Matinhos (PR).

 

O MAIOR GRID

O GP Sébastien Loeb (Raceland, fevereiro/2015) ainda mantém o recorde de maior número de karts no grid.

O GP Sébastien Loeb (Raceland, fevereiro/2015) ainda mantém o recorde de maior número de karts no grid.

O ano de 2017 registrou 38% de aumento no número de participantes por prova em relação ao ano anterior, que já havia também batido o recorde histórico.

Depois de 2014, ano em que houve o menor número de participantes – no ano de estreia, 2012, a média foi de 17,0 karts por prova; em 2013, 16,83; e em 2014, 16,33 –, a Copa RNK entrou num ritmo de crescimento contínuo. Em 2015, teve 17,17 pilotos por etapa, número que saltou para 19,29 em

2016 e atingiu 26,71 karts alinhando para a largada, em média, em cada uma das 14 etapas de 2017.

A última temporada também bateu o recorde de participantes em uma prova (36), no GP Thierry Neuville, em São José dos Pinhais (10 de junho). Os pilotos, contudo, foram divididos em três baterias.

Por isso, o maior grid de largada, com 22 karts alinhados na partida, permanece aquele registrado em 2015 no Raceland, em duas oportunidades: GP Sébastien Loeb (28 de fevereiro) e GP Didier Auriol (17 de outubro).

 

AS MELHORES EQUIPES

Invicta, TK Racing conquistou os três últimos títulos por equipes.

Invicta, TK Racing conquistou os três últimos títulos por equipes.

Criada no 2º semestre de 2016, a TK Racing, composta por Luiz Brambila, Rafael Demmer e Franciel Vivan, conquistou os três títulos que disputou (o segundo turno daquele ano e os dois de 2017). Em sua breve existência de um ano e meio, seus pilotos já obtiveram 12 vitórias.

O surgimento da TK Racing acabou com a hegemonia da Johnscher Racing, que até então havia obtido dois títulos (2013, ano em que o campeonato por equipes foi instituído, e 2015) e dois vices (2014 e o 1º turno de 2016). Vice-campeão também no 2º turno de 2016, a Johnscher decepcionou em 2017, amargando um 7º lugar no 1º turno de 2017 e recuperando-se parcialmente com o 3º lugar no 2º semestre. Ainda é, no entanto, a equipe mais vitoriosa. Seus pilotos, Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher, somam 20 vitórias para o time.

Durante os primeiros três anos de disputa, a equipe que mais rivalizou com a Johnscher foi a Designers Racing (Fabio Knabben, Guilherme Szpigiel e Marcelo Rosa), que obteve o título de 2014, o vice em 2013 e o 3º lugar em 2015, quando encerrou suas atividades. Acumulou quatro vitórias nesse período. Em 2016, Fabio Knabben criava a Bora Racing, com Ricardo Rocco e Rafael Demmer, que participou no 1º semestre obtendo uma vitória e terminando em 5º lugar entre seis participantes.

Nas demais equipes, o histórico revela uma intensa “dança das cadeiras” e mudanças de nomenclatura.

A atual RBR, composta até o fechamento desta edição por Carlos Feijão, Andrey Lima e Ricardo Rocco, iniciou como SNA em 2013 com Feijão, Menyr Zaitter e Negão Lemos, terminando em último. No ano seguinte, substituiu Negão por Andrey e chegou em 3º. Em 2015, mudou o nome para Race 4 Fun, trocou Zaitter por Eduardo Bettega e obteve o vice-campeonato. Em 2016, mais uma mudança de nome, agora para RBR, e a conquista do Troféu Candy Shop (1º turno da V Copa RNK). A contínua ascensão foi interrompida no 2º semestre daquele ano com o abandono de dois de seus pilotos. Contando apenas com a pontuação de Feijão, a equipe amargou o 5º (penúltimo) lugar. Em 2017, manteve a formação obtendo o 3º lugar no 1º turno, embora Eduardo Bettega não tenha participado de nenhuma prova – o piloto seria substituído por Ricardo Rocco no 2º turno, e a RBR terminaria em 4º lugar. Carregando o espólio de todo o seu passado, a RBR ostenta um cartel de 13 vitórias.

A Vianna Bros., dos irmãos Rafael e Bruno Vianna, é uma das mais tradicionais, embora sua melhor classificação tenha sido o 3º lugar em 2014. Em 2016, incluiu no time uma representante feminina, Isabel Costa, e passou a se denominar Vianna Bros. & Lady, obtendo também o 3º lugar no Troféu Candy Shop. Na metade do ano, suspendeu temporariamente as atividades, e Rafael Vianna formou, com Marcelo Rosa e Ricardo Rocco, a Scuderia Nelson Piquet, que participou no 2º semestre terminando em 3º lugar sem vencer nenhuma prova.  Sob o nome, simplesmente, de Scuderia – com os irmãos Vianna e Marcelo Rosa – o time retornaria em 2017 para terminar em último entre nove equipes participantes ao final do 1º turno. Na metade do ano, mais uma vez, Rafael Vianna declarou “forfait”. Em sua longa história, acumulou somente cinco vitórias.

A mais curiosa história entre as equipes da RNK talvez seja a da atual RAZ, capitaneada por Rodolpho Bettega. Surgiu como βH Driessen, com Rodo, Eduardo Bettega, Dario e Priscila Driessen. Em 2015, Dario e Eduardo deram lugar a José Revoredo e Luiz Brambila, e o time passou a se chamar Zé Bedrilo. Em 2016, com a saída de Priscila, nova mudança de nome: Engspão. Na metade do mesmo ano, a equipe perdia o campeão Brambila e chegava à sua formação atual, com Rodolpho Bettega, José Revoredo e Alessandro Trevisan, sob a denominação de RAZ. Em sete campeonatos disputados, quatro nomes diferentes, mas resultados pouco convincentes na tabela: um quinto e quatro quartos lugares na classificação final entre 2013 e 2016, despencando para 8º (penúltimo e último) nos dois turnos de 2017. Apesar das classificações inexpressivas, conquistou nove vitórias.

Em 2017, surgiram ainda mais quatro equipes: DuxShalon RT (Anderson Rocha, Bruno Rocha e Rodrigo Metz, este substituído depois por Marcos Martins), 5º lugar no 1º turno e vice-campeã no 2º, com quatro vitórias; 34 Racing (Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga), vice-campeã do 1º turno e 5º lugar no 2º, com três vitórias; Cacaca Sprint (Felipe Carneiro, Beto Carneiro e Everson Calaes), 6ª colocada nos dois turnos, com uma vitória; e Kartbeer Racing (Kleber Borges, Eugenio e Emygdio Westphalen), que obteve o 4º e o 7º lugar respectivamente no 1º e 2º turnos, também com uma vitória.

 

QUANDO LARGAR ATRÁS VALE A PENA

Paulo Taylor, vencedor do Prêmio Maneco Combacau em 2017.

Paulo Taylor, vencedor do Prêmio Maneco Combacau em 2017.

Duas premiações extras, além do pódio e dos melhores do campeonato, já são tradicionais na Copa RNK.

A primeira é o Troféu Maneco Combacau, instituído em 2015 em homenagem a um dos ícones do kartismo brasileiro nas décadas de 1960-70. O prêmio, concedido ao piloto que mais ganha posições em relação à sua posição no grid de largada somando-se todas as etapas do ano, é uma forma de incentivar a combatividade mesmo quando as chances de vitória são menores. Seus ganhadores foram Marjorie Johnscher (2015), Eduardo Johnscher (2016) e Paulo Taylor (2017).

 

PÉ DE BREQUE

 

Carlos Feijão vai guardar o Pé de Breque até junho de 2018.

Carlos Feijão vai guardar o Pé de Breque até junho de 2018.

A segunda premiação extra é uma “zoeira” que surgiu despretensiosamente em 2014, quando Marcelo Rosa foi “homenageado” ao final do campeonato com um certificado, assinado por todos os pilotos, atestando que jamais vencera uma prova.

No ano seguinte, foi a vez de Rafael Vianna receber o Troféu Pé de Breque – o pé esquerdo de um tênis velho – por ter sido o piloto que mais sofreu ultrapassagens na temporada. A partir de então, o “troféu” foi institucionalizado como de posse transitória, sendo entregue, em votação simbólica, ao piloto que por alguma razão apresenta resultados decepcionantes, e acabou se tornando um dos momentos mais esperados das premiações. Concedido a Eduardo Bettega ao final do Troféu Candy Shop, Eduardo Johnscher ao final do Troféu 82 Design e Chico Johnscher no 1º turno de 2017, está agora nas mãos – ou melhor, no pé – de Carlos Feijão.

 

FAST LAP/RNK ENDURANCE TEAM

Everson Calaes estreou no Fast Lap/RNK Endurance Team nas 12 Horas RA Racing, no Beto Carrero.

Everson Calaes estreou no Fast Lap/RNK Endurance Team nas 12 Horas RA Racing, no Beto Carrero.

A RNK mantém, desde 2014,  uma equipe para disputar provas de longa duração. O RNK Endurance Team participou de 14 dessas competições, a última delas – as 12 Horas RA Racing, no Kartódromo Beto Carrero – com 18 pilotos e 4 times. Em agosto de 2017, a RNK firmou parceria com o Fast Lap Kart Inddor, e a equipe passou a ser designada Fast Lap/RNK Endurance Team.

O melhor resultado da equipe foram dois 2ºs lugares, nos 200 km de Registro, em 2015, e nas 10 Horas de Matinhos, em 2016, onde também foi ao pódio com o 3º lugar. Em 2017, chegou a liderar a maior prova de endurance do rental kart nacional – as 24 Horas Rental Kart de Interlagos.

Ironicamente, nas duas oportunidades a equipe RNK perdeu a vitória devido a punições. Em Registro, recebeu a bandeirada em 1º, mas foi punida em 10 segundos por uma colisão a poucas voltas do fim quando Eduardo Johnscher disputava a liderança; em Matinhos, a equipe teve de cumprir uma parada de um minuto devido a um toque de Chico Johnscher, que provocou a rodada de um retardatário.

Chico Johnscher compôs a equipe em 13 oportunidades. Além dele, quem mais vestiu a camisa do RNK Endurance Team foram Carlos Feijão (10 vezes), Eduardo Johnscher (9), Marjorie Johnscher (8), Bruno Rocha (6), Rodolpho Bettega e Luiz Brambila (5), Anderson Rocha, Phellip Carvalho e Nito Ramirez (3).

 

VOLTANDO NO TEMPO

I COPA RNK – 2012

Da esquerda para a direita, no 1º plano, a 1ª geração da RNK presente até hoje: Chico, Marjorie e Eduardo Johnscher, José Revoredo e Rodolpho Bettega.

Da esquerda para a direita, no 1º plano, a 1ª geração da RNK presente até hoje: Chico, Marjorie e Eduardo Johnscher, José Revoredo e Rodolpho Bettega.

A 1ª Copa RNK teve 10 etapas, oito disputadas no Raceland e duas previstas para São José dos Pinhais. O sistema de pontuação não previa descartes e era variável em função do número de participantes: numa prova com 15 competidores, por exemplo, o vencedor recebia 15 pontos. Além dos bônus pela pole e pela melhor volta e da punição com a perda de dez pontos aos pilotos que se inscreviam e não compareciam – presentes até hoje no regulamento –, um ponto extra também era concedido a cada sequência de três participações consecutivas. Mais três pontos eram acrescidos, no final do campeonato, aos pilotos que participassem de mais provas. Era a forma encontrada para incentivar a fidelidade dos pilotos.

Além da classificação geral, também havia a divisão por peso em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Somente dois pilotos venceram mais de uma prova: Chico Johnscher (duas) e Eduardo Bettega (três). Uma das vitórias de Bettega, entretanto, veio de uma excrescência do regulamento. A primeira das provas marcadas para São José acabou transferida para o Marumbi Kart Indoor devido à forte chuva. Com 20 inscritos, os pilotos foram divididos, por sorteio, em três baterias e, de acordo com o regulamento, uma classificação única seria consolidada conforme o número de voltas e o tempo total de prova de cada piloto. O resultado final acabou causando estranheza, pois vários pilotos visivelmente mais lentos da última bateria acabaram na frente de outros mais rápidos da primeira. Foi só muitos meses depois que se descobriu que o tempo total de prova incluía o qualify e o tempo para formação do grid, o que tornaria impossível consolidar os tempos das três baterias. A divisão em baterias seria excluída do regulamento no ano seguinte, mas em 2012 Eduardo Bettega acabou obtendo uma vitória por ter vencido a bateria cujos fiscais foram mais ágeis no alinhamento dos karts.

O campeonato chegou à última etapa praticamente decidido em favor de Chico Johnscher, que só precisava chegar em 8º para se sagrar campeão da 1ª Copa RNK. Acusado de ser beneficiado pelo pouco peso, Chico largou com 16 kg de chumbinhos de tarrafa dentro do macacão e terminou em 3º lugar, garantindo o título. Foi campeão com 148 pontos, contra 142 do vice Eduardo Johnscher, que venceu a prova derradeira, com muita chuva, fazendo a sua parte. Eduardo Bettega foi o 3º no campeonato, com 127 pontos. Na sequência, Rodolpho Bettega (119), Menyr Zaitter (87), Pedro Barbosa (87), Priscila Driessen (75), Marcelo Rosa (62), Rafael Vianna (56) e Bruno Vianna (56) completaram os dez primeiros. Carlos Feijão, cujo melhor resultado foi um 8º lugar, aparecia somente em 11º, e Marjorie Johnscher, com um 10º lugar como melhor resultado, em 13º.

Entre os leves, o campeão Chico Johnscher foi seguido de Priscila Driessen, Marcelo Rosam Eduardo Bettega e Rafael Vianna (sim, Rafael Vianna era leve…).

Entre os pesados, o campeão foi Eduardo Johnscher, seguido de Rodolpho Bettega, Menyr Zaitter, Pedro Barbosa e Eduardo Bettega (sim, Eduardo Bettega ficou leve na segunda metade do campeonato…)

O campeonato não teve premiação aos campeões nem aos vencedores das provas.

 

II COPA RNK – 2013

Chico Johnscher venceu em São José dos Pinhais e conquistou antecipadamente o título de 2013.

Chico Johnscher venceu em São José dos Pinhais e conquistou antecipadamente o título de 2013.

A 2ª Copa RNK manteve o formato da primeira edição, mas aumentou para 12 o número de provas (9 no Racelande 3 em S. J. dos Pinhais) e acrescentou outros dois pontos de bonificação: um para o vencedor e um para o piloto que mais ganhasse posições em relação à largada. Também foi introduzido o critério N-2, com o descarte dos dois piores resultados, criado o campeonato por equipes e instituída premiação para os primeiros colocados nas provas e no campeonato.

A temporada chegou à sua última prova definida. Chico Johnscher conquistou o bicampeonato ao vencer a penúltima etapa, em São José, na prova em que Eduardo Johnscher protagonizou o acidente mais espetacular da história da RNK ao capotar seu kart. Eduardo já havia garantido o bi na classe B uma prova antes.

Restava decidir o vice geral – Eduardo Johnscher e Marcelo Rosa chegavam à decisão empatados – e o título por equipe. Com a vitória, mais uma vez com chuva, foi o vice, com 152 pontos, contra 164 do campeão Chico e 141 do 3º, Marcelo. Completaram os dez primeiros Bruno Vianna (122), Guilherme Szpigiel (110), José Revoredo (107), Rafael Vianna (105), Rodolpho Bettega (99), Eduardo Bettega (90) e Priscila Driessen (87). Carlos Feijão e Marjorie Johnscher ainda não haviam encontrado o caminho, terminando respectivamente em 12º e 14º.

Entre os leves, Chico Johnscher foi bicampeão, seguido de Marcelo Rosa, Bruno Vianna, Priscila Driessen e Fabio Knabben. Nos pesados, Eduardo Johnscher foi seguido de Guilherme Szpigiel, José Revoredo, Rafael Vianna e Rodolpho Bettega. A Johnscher Racing sagrou-se campeã entre as equipes, e o vice ficou com a Designers Racing.

 

III COPA RNK – 2014

Eduardo Johnscher foi o campeão de 2014, e a RNK via surgir o talento do Japa Voador, Andrey Lima.

Eduardo Johnscher foi o campeão de 2014, e a RNK via surgir o talento do Japa Voador, Andrey Lima.

A terceira edição da Copa RNK trouxe muitas novidades. As principais foram a substituição do Kartódromo de São José dos Pinhais por três provas fora do Paraná – Beto Carrero, Joinville e Registro – e o estabelecimento de lastro mínimo (80kg) para os pilotos do sexo masculino, extinguindo-se as classes A e B. Além disso, foi abolida a tomada de tempo nas provas realizadas em Curitiba, com a formação do grid invertido conforme a ordem inversa da classificação do campeonato. A última prova, denominada Corrida do Milhão, a exemplo da Stock Car, teria pontuação dobrada. Um bônus extra de três pontos passou a ser concedido nas provas de fora, de modo a incentivar a participação, benefício dado também aos pilotos de fora de Curitiba nas provas do Raceland. O sistema de descarte passou a ser N-3.

Com a pontuação dobrada na última etapa, o campeonato chegou à decisão com sete pilotos disputando matematicamente o título. Para o líder Eduardo Johnscher, um 5º lugar garantiria a conquista independentemente dos resultados dos adversários. O vice-líder, o ainda pouco conhecido Andrey Lima, tornara-se a sensação do campeonato ao vencer quatro provas, mas precisaria levar todos os pontos possíveis: vitória, melhor volta e maior avanço em relação à posição de largada. E foi o que ele fez – não por acaso, recebeu naquele ano a alcunha de Japa Voador. O insuficiente, porém, para tirar o título de Eduardo, que com um 4º lugar ficou dois pontos à frente (166 x 164). Fabio Knabben, cujo desafio era o mesmo de Andrey, foi o 2º na prova e terminou em 3º na classificação final, com 156 pontos. Chico Johnscher (141), Eduardo Bettega (140), Marcelo Rosa (127), Priscila Driessen (116), José Revoredo (115), Carlos Feijão (114) e Guilherme Szpigiel (113) completaram os dez primeiros.

Entre as equipes, inverteu-se o resultado do ano anterior: a Designers Racing foi campeã e a Johnscher Racing, vice.

 

IV COPA RNK – 2015

Andrey Lima foi o campeão em 2015.

Andrey Lima foi o campeão em 2015.

A adoção de pontuação fixa (25 pontos para o vencedor) foi a mudança mais significativa no regulamento de 2015. Além disso, abandonou-se o grid invertido nas etapas de Curitiba, extinguiram-se os pontos extras aos “visitantes” e reduziu-se para um o ponto extra aos pilotos que participaram de todas as etapas. Cada vez mais insatisfeitos com as condições dos karts no Raceland, metade das provas seria desenvolvida fora do Paraná. Além dos kartódromos que já haviam sediado a RNK no ano anterior (Beto Carrero, Joinville e Registro), Indaial e Balneário Camboriú entraram no calendário, enquanto Registro ganhou mais uma etapa.

A abertura da temporada, marcada para o Beto Carrero em janeiro, porém, não poderia ter sido mais frustrante. Na véspera da prova, com mais de 20 pilotos inscritos, os responsáveis pelo kartódromo comunicaram que haveria, com muita sorte, no máximo dez karts em condições de uso. Dois ou três pilotos desistiram de participar, e a solução encontrada foi dividir a etapa em duas baterias eliminatórias, que classificariam dez pilotos para uma final – somente esta valeria pontos para o campeonato. Realizadas as duas classificatórias, com bastante atraso e os karts em frangalhos, alguns pilotos se amotinaram e se recusaram a realizar a bateria final, exigindo que fossem computados os pontos referentes às duas baterias preliminares. A Organização optou pela realização da bateria com os pilotos remanescentes e decidiu que a etapa não contaria pontos para a Copa. Mais tarde, voltaria atrás e, em consenso, validou o melhor resultado obtido por cada piloto.

Dali pra frente, entretanto, o campeonato transcorreu perfeitamente e disputadíssimo. Até a metade da temporada, Chico e Eduardo Johnscher disputaram palmo a palmo o topo da tabela e tudo indicava que, mais uma vez, o título ficaria nas mãos de um deles. Andrey Lima, porém, depois de ficar de fora em duas etapas, fazia um campeonato consistente, subindo ao pódio em todas as etapas e chegou à última prova na liderança, com 12 pontos de vantagem sobre o vice-líder Eduardo Johnscher e 13 sobre o 3º, Fabio Knabben. A essa altura, Chico caíra para 5º, atrás também de Marcelo Rosa. Eram os únicos que ainda tinha chances, ainda que meramente matemáticas, de chegar ao título.

Na Corrida do Milhão, o Japa correu com o regulamento na mão e fez mais que o suficiente. Chegando em 5º, sem correr riscos, sagrou-se campeão com 235 pontos, onze à frente do vice Fabio Knabben. Marcelo Rosa foi o 3º com 213 pontos, enquanto Eduardo Johnscher colhia seu pior resultado no ano (13º), despencando para 4º com 211, e Chico Johnscher terminava em 5º, com 202. A surpresa ficou por conta de Marjorie Johnscher, que marcou a pole e venceu a prova, subindo para a 6ª posição no campeonato, com 195 pontos. Ela ainda ganharia o Prêmio Maneco Combacau, instituído naquele ano. Completaram os dez primeiros na classificação final Carlos Feijão (192), Eduardo Bettega (188), Ricardo Rocco (187) e José Revoredo (162). Um novato que começava a chamar atenção ganhando três provas, mas abandonara o campeonato no terço final, foi o 11º. Seu nome era Luiz Brambila.

Entre as equipes, o título voltou para a Johnscher Racing, ficando o vice-campeonato para a Race Four Fun, atual RBR, composta por Andrey Lima, Carlos Feijão, Eduardo Bettega e Menyr Zaitter.

 

V COPA RNK – 2016

Luizinho Brambila ganhou tudo em 2016.

Luizinho Brambila ganhou tudo em 2016.

Em sua 5ª edição, a Copa RNK promoveu a mais profunda alteração no formato da competição, que vigora até hoje: a divisão do campeonato em três fases, com dois turnos semestrais classificatórios (cada um com seis etapas e N-1) e uma Superfinal (em rodada dupla) – valendo três premiações independentes – e o desdobramento das etapas em duas ou mais baterias adaptando-se à relação número de pilotos/quantidade de karts disponíveis. Além disso, foi elevado o peso mínimo dos pilotos do sexo masculino para 90kg e introduzido também o peso mínimo para as mulheres, este fixado em 80kg.

O primeiro turno – Troféu Candy Shop – teve suas etapas desenvolvidas em Joinville, Matinhos, Registro, Indaial e duas em São José dos Pinhais.

Luizinho Brambila chegou à decisão, em S. José, com o título praticamente assegurado. Só Eduardo Johnscher tinha chances – remotas – de mudar o resultado, mas chegou em 7º, e o 6º lugar foi o suficiente para Brambila ser campeão com 116 pontos. Bruno Vianna venceu e garantiu o vice-campeonato, com 108 pontos. Eduardo foi o 3º com 106, Rafael Demmer ficou em 4º com 104 e Chico Johnscher, o 5º com 99. Completaram os dez primeiros Ricardo Rocco (97), Andrey Lima (96), Rafael Vianna (96), Feijão (95) e Kleber Borges (92). A RBR foi a equipe campeã, ficando a Johnscher Racing em 2º.

O segundo turno – Troféu 82 Design – foi quase um reprise do primeiro, mudando apenas o adversário de Luizinho na briga pelo título. Dessa vez, seu companheiro de equipe Rafael Demmer é quem lhe poderia roubar o título. Com provas em Joinville (duas), Beto Carrero, Indaial e Registro e a última no Raceland, Brambila foi o campeão com 114 pontos, contra 95 de Demmer. Chico Johnscher foi o 3º com 92, ficando Feijão em 4º com 87 e Marjorie Johnscher – que mais uma vez vencia a etapa derradeira – em 5º com 79. Completaram os dez primeiros na classificação: Franciel Vivan (77), Eduardo Johnscher (73), Anderson Rocha (72), Marcelo Rosa (70) e Rafael Vianna (70). A equipe TK Racing, recém-formada por Brambila, Demmer e Franciel, foi campeã e novamente a Johnscher Racing a vice.

A Superfinal foi disputada em rodada dupla no Kartódromo de Interlagos entre os 15 pilotos com melhor classificação nos dois semestres, sendo algumas desistências supridas pelos pilotos mais bem situados na sequência. Aos pontos conquistados nas duas provas da rodada dupla, somaram-se ainda pontos extras que cada piloto levou conforme sua classificação nos turnos, o que tornava praticamente impossível tirar de Luizinho Brambila. Rick Bull e Samurai Sam venceram as provas da Superfinal e mesmo a quebra do campeão na última quando liderava com tranquilidade tirou dele o título. Luizinho conquistou o terceiro título do ano e Chico Johnscher foi o vice-campeão. Rafael Demmer ficou em 3º, Rick Bull em 4º e Samurai Sam em 5º. Completaram a lista dos dez melhores do ano Eduardo Johnscher, Rafael Vianna, Carlos Feijão, Alessandro Trevisan e Franciel Vivan.

 

VI COPA RNK – 2017

Luizinho Brambila, atual campeão da RNK.

Luizinho Brambila, atual campeão da RNK.

As únicas mudanças para a 6ª Copa RNK foram a introdução de duas rodadas duplas em cada turno, mantendo-se o mesmo número de provas, e o aumento no número de descartes, que passou para o sistema N-2. A maior novidade, entretanto, foi a adoção de numeração fixa para os pilotos em todo o campeonato.

No primeiro turno, as rodadas duplas foram realizadas em Indaial e no Beto Carrero; as simples, em Joinville e São José dos Pinhais. Três pilotos chegaram à última prova embolados: Andrey Lima e Luiz Brambila, empatados, quatro pontos à frente de Oracildo Olmedo. Andrey Lima, depois de largar mal, fez uma prova espetacular e assumiu a ponta a poucos metros da bandeirada. Nem seria preciso vencer, porém. Tido foi apenas o 5º e Luizinho, o penúltimo. O Japa foi campeão com 100 pontos, ficando Luizinho Brambila em 2º, com 97, e Tido Olmedo em 3º, com 91. Completaram os dez primeiros na pontuação Rafael Demmer (83), Ricardo Rocco (82), Eugenio Westphalen (81), Bruno Rocha (77), Alessandro Trevisan, Renato Braga e Carlos Feijão (todos com 75). Pela primeira vez na história, nenhum integrante da Johnscher Racing entre os primeiros. A TK Racing conquistava mais um título também entre as equipes, cujo vice-campeonato foi para a 34 Racing, formada por Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga.

O segundo turno teve rodadas duplas no Beto Carrero – com transmissão ao vivo da RA Racing – e no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, e rodadas simples em Joinville e Rio Negro. Esta,uma final inédita em um kartódromo que não dispõe de kart de aluguel, com estrutura montada pelo Fast Lap Kart Indoor. O título, porém, já estava decidido em favor de Luiz Brambila, campeão com 101 pontos. O vice-campeonato ficou nas mãos de Bruno Rocha, com 90 pontos, mesma pontuação do 3º, Rafael Demmer. Completaram os dez primeiros: Marcos Martins (88), Chico Johnscher (84), Nito Ramirez (81), Andrey Lima (81), Felipe Carneiro (80), Franciel Vivan (77) e Felipe Fontana (75). A TK Racing obteve o terceiro título por equipe, seguida pela DuxShalon, de Anderson Rocha, Bruno Rocha e Marcos Martins.

Novamente em Interlagos, a Superfinal não contou com alguns dos classificados e postulantes ao título. E novamente Luiz Brambila ostentava larga vantagem em busca do título anual, confirmado com a vitória na segunda das duas provas – a primeira foi vencida por Bruno Rocha, o que lhe garantiu o vice-campeonato. Chico Johnscher foi o 3º, empatado com Marcos Martins e Renato Braga, mas favorecido por ter feito a melhor volta na segunda etapa da Superfinal. Nesta ordem, Carlos Feijão, Eduardo Johnscher, Anderson Rocha, Eugenio Westphalen e Paulo Taylor completaram a lista dos dez primeiros.

 

20 IMAGENS QUE MARCARAM 2017

 

A Copa RNK não seria a mesma sem o registro fotográfico, o click no momento exato de Clayton Medeiros. Parabéns ao melhor fotógrafo do kartismo brasileiro!

1. Marjorie quase cai do kart

Mah_batida_RNK_Joinville

 

2. Feijão deu ruim v. 2.0

Feijão_deu_ruim

3. Nito Ramirez rabo quente em Indaial

Nito

 

4. Franciel Vivan em estado de contemplação no Beto Carrero

Franciel meditando

 

5. O estouro do champanhe de Bruno Rocha em São José dos Pinhais

Bruno_pódio

 

6. Anderson Vieira no Kartódromo de São José dos Pinhais. Que tiro foi esse?

Tombo Vieira

 

7. Luiz Brambila comemora vitória no Beto Carrero

Luizinho comemorando

 

8. Bernardo, o futuro da RNK

Olivia_Bernardo_Andrey

 

9. Ricardo Rocco e Anderson Rocha na contramão em Ingleses.

Contramão

10. Como é doce, o beijo da vitória, Ale Trevisan

Ale_Soraya

 

11. Chico Johnscher e o prazer de vencer em Florianópolis

RNK (3)

 

12. Kart mergulha em Joinville

Dilúvio

 

13. O que esses caras estão fazendo aí?

Escondidos

 

14. Marjorie bebemorando a vitória no Beto Carrero

Mah_Pódio2

 

15. Baliza perfeita de Eugenio Westphalen em Interlagos

Eugenio

 

16. Bruno Rocha aguarda baixar a bandeira pra dar a largada na Festa de Encerramento

Encerramento Rnk (19)

17. Ayrton e Marcos Martins no pódio em Interlagos

Marcos_pódio

 

18. Marjorie Johnscher faz crossfit na vitória do irmão Eduardo em Joinville

RNK Joinville Coemoração Du Mah

 

19. Deixa o véio dormir

Chico_dormindo_Copa_RNK

 

20. O melhor piloto de todos os tempos. Atrás dele, Ayrton Senna

Luizinho_Senna