Michael Schumacher ganhou tudo o que poderia ganhar na Fórmula 1. Com sete títulos do Mundial e 91 vitórias na categoria máxima do automobilismo, o alemão é, pelos números, o maior de todos os tempos. Mesmo assim, é bastante comum vê-lo em eventos de kart. Ele já competiu – e venceu – no Desafio das Estrelas, no Brasil, e participou do SKUSA SuperNationals, nos Estados Unidos. Além disso, é padrinho da equipe de fábrica da Tony Kart, e esteve no lançamento do chassi de 2012 de uma das principais marcas do planeta.
Em entrevista à edição de abril da revista britânica F1 Racing, Schumacher explicou porque ainda gosta tanto de competir no kartismo, e o que mais o motiva. “Eu amo o acerto fino de um kart”, declarou-se. “Dirigir um kart é uma coisa, mas trabalhar nele e fazê-lo mais rápido é o grande desafio”, afirmou o alemão.
Heptacampeão do mundo, Schumacher admitiu que, às vezes, se pergunta sobre o que o mantém motivado para continuar correndo, e mencionou o kartismo. “Quando eu me vejo em um kartódromo, andando e competindo contra outras pessoas, me ocorre que trata-se de algo totalmente natural. É o que eu faço e o que eu amo. Por isso, acaba sendo fácil para mim: assim que entro em um kart ou em um carro, eu só quero ser o mais rápido que posso e bater quem quer que esteja lá”, disse o piloto, atualmente com 43 anos de idade.
Segundo Michael, o kart tem seus atrativos mesmo para quem já pilotou carros de F1. “É claro que é mais lento, mas quando você está no limite, a sensação é de que está muito rápido. Há muito mais contato roda a roda, e você senta tão baixo que parece estar raspando o chão, e isso faz a temperatura subir (o que também acontece na F1, mas o efeito é menor pois você tem o monocoque ao seu redor”, comparou.
Schumacher ainda disse que os garotos que estão na atual geração do kartismo são bons o suficiente para batê-lo. “Para mim, é difícil, pois eles fazem isso o tempo todo. Eu apenas fico orgulhoso por conseguir acompanha-los”, riu. Prova disso é a sua participação no Mundial de Kart de 2001, primeiro ano em que o torneio foi disputado no formato de cinco etapas. Na ocasião, a etapa final aconteceu em Kerpen, cidade onde cresceu e começou a andar de kart, e ele terminou o evento na segunda colocação, atrás do italiano Vitantonio Liuzzi, que se sagraria campeão daquela temporada.
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