ANUÁRIO: RNK 12 anos

Uma enciclopédia com informações, dados, estatísticas e curiosidades sobre os 12 anos de história da Copa RNK.

O Kartódromo San Marino, em Paulínia-SP, sediou a Superfinal da 12ª Copa RNK. (Foto: Fernando Camargo)
09/02/2024 – da Redação

Em 2023 a Copa RNK completou 12 anos de existência, mais uma vez batendo recordes. O primeiro deles já na abertura da temporada, excepcionalmente realizada num domingo, 26 de fevereiro, no Kartódromo Beto Carrero, onde 77 pilotos alinharam para largar. Ao longo de 9 meses de disputas, 115 pilotos – outro recorde – participaram das 44 baterias que compuseram as sete rodadas do campeonato. Enquanto a temporada de 2024 não começa, confira neste anuário um resumo do que foi a última edição da Copa RNK (no final da obra) e uma retrospectiva com números, curiosidades e algumas histórias desses 12 anos de vida, que agora acumulam 158 provas realizadas, 340 baterias e 371 pilotos – 38 deles estreando na Copa, mais um recorde – que totalizaram 4516 largadas em 21 pistas dos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Nossos agradecimentos aos patrocinadores fixos, Candy Shop, Correta Redações, Azulprime e Acrílico Shalon, e aos parceiros Canal RafaBin, Forza Sport, Decora Light, Casa do Construtor, IRG Pesquisas, MB Racing, Rallyzeta, Casa do Saco de Lixo, Multifilmes e DMR Sports, que estiveram conosco em algumas das etapas.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A abertura do campeonato em Irati, no ano de 2018, inaugurou uma nova era da Copa RNK, que ganhou ares mais “profissionais”. (Foto: Clayton Medeiros)

A Copa RNK nasceu de forma despretensiosa em 2012, com o intuito de reunir mensalmente amigos oriundos do rally para manter contato e se divertir correndo de kart. Assim se manteve até 2016, praticamente restrita a um pequeno grupo e pouco aberta a novos competidores. Isso fica claro no baixo número médio de pilotos por prova naquela época: 17 em 2012, 16,8 em 2013, 16,3 em 2014, 17 em 2015 e 19,3 em 2016.

Uma nova fase teve início em 2017, com um planejamento direcionado a um crescimento gradual e sólido que teve início no ano anterior, buscando aumentar tanto a quantidade de pilotos quanto o nível técnico do campeonato, mas sem perder de vista a essência que originou a Copa RNK: o clima amistoso e familiar do grupo. Com um crescimento de 38%, 2017 registrou a participação de 26,8 pilotos, em média, em cada etapa. No ano seguinte o crescimento foi ainda maior (67%) – o maior da história – atingindo a média de 44,5 pilotos por etapa, e 47,5 em 2019. Em 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus, essa tendência foi interrompida, e o número médio de participantes por etapa regrediu para 36,8.

O crescimento foi retomado em 2021, com o recorde de 48 karts em média por prova, número que seria ainda maior (52) não fosse a limitação de 24 participantes na Superfinal. Em 2022, a média caiu para 44,8 pilotos por prova (48,25 considerando-se apenas as rodadas normais), para novamente aumentar para 57,9 pilotos por etapa em 2023 (63,7 ignorando-se a Superfinal). Para 2024, a expectativa dos organizadores é de que haja leve retração nesses números para que se alcance equilíbrio em um patamar sustentável.

POR ONDE ANDAMOS

Com 20 karts aos pedaços, a RNK se despediu melancolicamente do Raceland no dia 26 de novembro de 2016. (Foto: Acervo)

Fora do calendário da Copa RNK desde 2017, o extinto Raceland Internacional continua sendo o kartódromo que mais abrigou provas do campeonato, com a realização de 33 etapas.

Depois dele, os kartódromos mais utilizados são os de Joinville (SC), em 25 etapas; São José dos Pinhais, e Beto Carrero (Penha-SC), em 17 etapas; Ingleses (Florianópolis-SC), em 12 etapas; Interlagos (SP), em dez; Registro (SP), em sete; Ascurra (SC), em seis; Indaial (SC) e Speedway (Balneário Camboriú-SC), em cinco; Granja Viana (SP), em quatro; Irati (PR), Guarapuava (PR), Itu (SP), Guaratinguetá (SP), Aldeia da Serra (Barueri-SP), Nova Odessa (SP) e San Marino (Paulínia-SP), em duas. Mais três pistas sediaram o campeonato em uma única oportunidade: o Kartódromo de Rio Negro (PR), o 34 Kart Indoor, em Matinhos (PR), e o Marumby Kart Indoor, em Curitiba – este, o único circuito indoor a fazer parte do campeonato, devido ao remanejamento de última hora por conta da chuva que impediu a realização da etapa em São José dos Pinhais.

OS MAIORES GRIDS…

Abertura da temporada de 2023, no Beto Carrero, teve o número recorde histórico de inscritos. (Foto: Clayton Medeiros)

Com 77 pilotos inscritos, a etapa de abertura da 12ª Copa RNK, no Kartódromo Beto Carrero, em 26 de fevereiro de 2023, superou a marcar anterior dos 73 pilotos que largaram na abertura da Copa RNK 10 Anos, no Kart Park, em São José dos Pinhais, em 24/04/2021. Antes disso, o recorde de participantes em uma única prova pertencia ao GP de Irati, na abertura do campeonato de 2018, e ao GP dos Ingleses, na abertura do campeonato de 2019, ambos com a presença de 63 pilotos.

Esses números, é claro, não retratam o número de pilotos simultaneamente na pista, pelas evidentes limitações dos kartódromos.

Até 2015, por exemplo, nenhuma bateria havia superado o grid da prova de estreia da Copa RNK em 2012, quando 21 pilotos alinharam para largar no saudoso Kartódromo Raceland Internacional. Esse número só seria superado na 2ª etapa de 2015, com o grid de 22 pilotos do GP Sébastien Loeb, também no Raceland.

Novamente a marca se manteve intacta por mais de três anos, até ser suplantada pelo grid de largada do GP Granja Viana, o maior da história da Copa RNK até hoje. No dia 12 de maio de 2018, cada uma das quatro baterias lá disputadas teve 30 karts na pista, número que dificilmente será superado. O mais perto que se chegou disso foram os 26 das superfinais de 2019, também no KGV, e 2020, em Itu, e dos GPs de Joinville em 2022 e Beto Carrero em 2023.

…  E OS MENORES

Pista do Raceland vazia no GP #fodaçeacopa, em 2014. (Foto: Acervo)

A etapa com o menor número de pilotos em toda a história da Copa RNK foi registrada no Raceland em 13 de outubro de 2012, na 8ª etapa da 1ª temporada do campeonato. Esvaziada pelo feriadão, somente 12 pilotos alinharam para ver a primeira vitória de Chico Johnscher na RNK. A etapa ainda contou com uma situação sui generis: na metade da prova, uma chuva fina caiu, deixando a pista um sabão e provocando diversas rodadas; a direção de prova optou por modificar o traçado com a corrida em andamento, eliminando duas chicanes.

Em 2014, houve duas etapas com poucos inscritos. Em 28 de junho, o denominado GP #fodaçeacopa concorreu com o jogo Brasil x Chile pelas oitavas de final da Copa do Mundo daquele ano e contou com apenas 13 competidores. Aquela temporada, contudo, teve a média de participantes mais baixa da história (16,33 pilotos por corrida), e a marca de 13 pilotos na pista ainda seria igualada na decisão do campeonato, a Corrida do Milhão, também no Raceland, em 6 de dezembro. Ambas foram vencidas por Andrey Lima.              

              

TODOS OS CAMPEÕES

Luiz Brambila recebe o troféu de campeão de 2016. (Foto: Acervo)

Gabriel Meister é o 10º nome a figurar na Galeria dos Campeões da RNK. Depois de exatamente um ano de ausência na Copa, Meister voltou para conquistar o 2º turno de 2023. O 1º turno viu Luizinho Brambila – o maior campeão da história do campeonato – enfileirar seu oitavo título na RNK. Elói Santana Júnior, o Cazu, conquistou o bicampeonato na Superfinal em Paulínia. Gabriel Meister se junta ao seleto grupo de campeões da RNK, que tem ainda os nomes de Andrey Lima, Fábio Mathoso, Eduardo e Chico Johnscher, além de Daniel Silva e Bruno Rocha, estes também com títulos apenas semestrais.

A história da Copa RNK começa em 2012. Chico Johnscher foi o bicampeão geral nas duas primeiras temporadas, cujo regulamento ainda dividia os pilotos em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Nas duas oportunidades, Eduardo Johnscher obteve o título dos pesados, e Chico, o dos leves. Em 2014, o campeonato passou a ser disputado em categoria única e Eduardo Johnscher foi o campeão, ficando Andrey Lima com o título de 2015.

Desde 2016, o campeonato passou a ser disputado no formato atual, em três fases: dois turnos, cada um valendo um título semestral, e a Superfinal, compondo a classificação anual. Na primeira edição que adotou esse sistema, Luizinho Brambila conquistou tudo. No ano seguinte, Andrey Lima foi o campeão do 1º turno enquanto Luizinho conquistou o 2º e o bicampeonato geral após a Superfinal.

2018 foi o primeiro ano que teve três campeões diferentes: Andrey Lima conquistou o título anual depois de Jackson Gonçalves e Daniel Silva vencerem o 1º e o 2º turno respectivamente. Em 2019, Bruno Rocha venceu o 1º turno; Andrey Lima, o 2º; e Jackson Gonçalves conquistou o título máximo.

Fábio Mathoso foi o campeão de 2020, depois de Andrey Lima e Jack Gonçalves vencerem os turnos, e obteve o bi no ano seguinte, novamente sem ganhar nenhum turno, ambos conquistados pelo Jack. Em 2022, Mathoso venceu o 1º turno; Brambila, o 2º; e Cazu obteve o título anual.

Somados todos os títulos, Luizinho Brambila detém oito; Jackson Gonçalves, cinco; Chico Johnscher e Andrey Lima, quatro; Eduardo Johnscher e Fábio Mathoso, três; Cazu, dois; e Bruno Rocha, Daniel Silva e Gabriel Meister, um.

OS MAIS VITORIOSOS

Em Nova Odessa, Luizinho Brambila comemora sua 33ª vitória na RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

Até 2015, após quatro temporadas, apenas quatro pilotos – Eduardo Bettega, Andrey Lima, Eduardo e Chico Johnscher – monopolizavam as vitórias na Copa RNK, ganhando 31 das 46 provas até então disputadas, e apenas 12 pilotos diferentes haviam figurado no lugar mais alto do pódio. Naquele ano, porém, vencendo três provas, um desconhecido e maluco piloto começava a trilhar o caminho para se tornar o maior colecionador de vitórias na RNK: Luiz Otavio Brambila. De lá para cá, virou o Luizinho Brambila, que venceu nada menos do que 33 provas no campeonato.

Com a chegada de novos pilotos de alto nível e as provas sendo divididas em duas ou mais baterias, contudo, o cenário mudou e as vitórias começam a se diluir entre vários novos nomes. Em 2016, já surgiam 9 vencedores inéditos. Nos últimos seis anos, 67 pilotos venceram sua primeira corrida na Copa RNK, enquanto até 2017, em seis temporadas, somente 34 pilotos diferentes haviam vencido. O número subiu para 50 em 2018 – o ano em que houve mais vencedores inéditos (16) –, 62 em 2019, 67 em 2020, 78 em 2021, 88 em 2022 e agora, com 13 novos nomes entrando para a galeria dos vencedores na última temporada, já são 101 os pilotos vitoriosos na RNK.

Os 10 pilotos que mais venceram na RNK estão no quadro abaixo, que tem agora Cazu como novidade.

Alguns pilotos se destacam também pelo aproveitamento. No quadro abaixo, estão listados os 10 pilotos com maior percentual de vitórias, desprezando-se por irrelevância estatística aqueles “aventureiros” com participações isoladas ou esporádicas na RNK e considerando-se apenas aqueles com participação equivalente a pelo menos uma temporada completa (14 corridas):

OS REIS DO PÓDIO

Do centro para a esquerda, os campeões do pódio: Eduardo Johnscher, Andrey Lima e Chico Johnscher. (Foto: Acervo)

Mesmo com apenas dois pódios na última temporada, Eduardo Johnscher consolidou a liderança no ranking dos pódios da Copa RNK, que tem os mesmos dez pilotos nas primeiras posições. Em números proporcionais, porém, o melhor aproveitamento dentre os pilotos com pelo menos o equivalente a uma temporada completa na Copa agora é de Germano Pedroso, que estreou na RNK em 2023 e foi ao pódio em 11 das 14 corridas. Pedroso desbancou Fabio Knabben, piloto que abandonou as pistas no início de 2016, mas até então havia subido ao pódio em 24 das 32 provas de que participou e liderava as estatísticas em todas as edições anteriores. Digna de nota, também a marca de Andrey Lima, que entre 2014 e 2017 fez uma sequência ininterrupta de 25 pódios em todas as provas de que participou naquele período.

Os quadros abaixo apresentam o Top 10 do pódio em números absolutos e o Top 20 em números proporcionais – este também adotando os mesmos critérios do percentual de vitórias – considerando, para efeito de padronização, as classificações até o 5º lugar, mesmo que em algumas provas a premiação só tenha sido concedida até o 3º posto e, em outras, o pódio comportasse até seis lugares.

REI DA POLE

Na chuva, em Joinville, Luizinho Brambila marcou sua 26ª pole na Copa RNK. (Foto: Mari Coelho)

Com mais três poles na última temporada, Luizinho Brambila continua insuperável, acumulando 26 largadas na primeira posição. Chico Johnscher conquistou mais uma em 2023, igualando a marca de  Andrey Lima com 15 poles, em 2º lugar. Fábio Mathoso se mantém em 4º, agora com 14 poles, seguido de Jackson Gonçalves, com 11, Eduardo Johnscher com 10, Everton Tonel com 8, Cazu com 7, Tido Olmedo, Eduardo Bettega e Rafael Demmer com 6, Bruno Tarachuka, Claudinha Cardozo e Matheus Schillo com 5.

Por motivos óbvios, não são contabilizadas as largadas com grid invertido.

VOLTAS VOADORAS

Também em Joinville na chuva, a 26ª volta mais rápida de Brambila. (Foto: Mari Coelho)

Luizinho Brambila também é soberano quando o assunto é a volta mais rápida da bateria. Ele obteve mais duas em 2023, somando 26 fast laps em sua carreira na RNK. Seus seguidores mais próximos são Andrey Lima com 13, Jackson Gonçalves e Fábio Mathoso com 12, Eduardo Johnscher com 10 e Chico Johnscher com 9. Na sequência vêm Fabio Junior, Guilherme Medeiros, Tido Olmedo e Anderson Vieira (7), Bruno Rocha (6), Eugênio Westphalen, Cazu, Everton Tonel, Claudinha Cardozo, Matheus Schillo e Bruno Vianna (5).  

HAT TRICKS

O primeiro hat trick de Luiz Brambila, no Raceland, em 2015. (Foto: China Ruy)

Ao longo das 340 baterias realizadas ao longo da história, 48 pilotos a conseguir a proeza de conquistar o hat trick – vitória, pole e melhor volta. Além deles, outros 30 obtiveram a vitória depois de marcar a pole sem, contudo, efetuar a volta mais rápida.

E o recordista nesse quesito é, também, Luiz Brambila, que venceu 20 vezes largando na ponta, sendo 13 delas com hat trick. Os que mais se aproximam do super-recordista são Jackson Gonçalves (9/3), Chico Johnscher (8/4), Fábio Mathoso (6/3), Cazu (5/4), Andrey Lima (5/3), Bruno Tarachuka e Eduardo Bettega (5/2).

OS FANÁTICOS

O trio da Johnscher Racing tem o maior número de participações no campeonato. (Foto: MM Schuartes)

Chico Johnscher é o único piloto que participou de todas as 158 provas da história da Copa RNK. Eduardo Johnscher, cuja única ausência se deu na primeira rodada pós-início da pandemia, em 2020, soma 156 largadas. Marjorie Johnscher completa o trio da Johnscher Racing como a terceira mais assídua, com 130 participações. Carlos Feijão, que abandonou as pistas no início de 2021, e Anderson Rocha fecham o time dos cinco que superam 100 largadas, com 102 e 101 presenças respectivamente.

Merecem registro, ainda, por sua assiduidade, outros três pilotos. Com 84 largadas, Everton Tonel estreou em 2018 e participou das seis últimas temporadas completas. Emygdio Westphalen, depois de algumas temporadas incompletas, desde 2019 não ficou de fora de nenhuma etapa da Copa. Seu irmão, Eugênio Westpahlen, por pouco não repetiu o feito e, no mesmo período, só ficou de fora em uma oportunidade, devido a uma lesão no pé.

No quadro abaixo, os 20 pilotos com mais largadas na RNK:

OS DINOSSAUROS

Chico Johnscher e Rodo Bettega colocam a conversa em dia. Os decanos da RNK dividem as pistas desde a década de 70, nos tempos de rally. (Foto: Mari Coelho)

Da geração que originou a Copa RNK e participa desde a sua primeira edição, em 2012, somente quatro pilotos permanecem em atividade: Rodolpho Bettega, Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher. Além deles, Menyr Zaitter foi o único piloto a participar de todas as edições da Copa até 2022, ano em que faleceu uma semana antes do GP de Joinville de 2022, vítima de um infarto fulminante, sem jamais ter vencido uma prova. Também pertencente à 1ª geração de errenekazeiros, permanece na pista o maior vencedor da história da RNK, Luizinho Brambila.

Infelizmente, a maioria dos “dinossauros” pioneiros da RNK, aos poucos, caminha para a extinção, ainda que alguns, por vezes, ameacem um suspiro. Rafael Vianna, por exemplo, um dos pilotos com mais largadas (68) na Copa, dono de uma vitória e 17 pódios, abandonou o campeonato após o GP Beto Carrero, em 2019, reapareceu na última rodada do 2º turno de 2022 no Kart Park, e nas duas primeiras rodadas de 2023, para abandonar as pistas mais uma vez.

Kléber Borges, que estreou em 2013 numa prova isolada no Raceland e começou a competir regularmente m 2016, abandonou o campeonato na metade de 2019 e também ressurgiu no Kart Park na última rodada de 2022. Prometeu voltar em 2023, mas acabou participando de apenas uma rodada, no Kart Park, que ainda lhe rendeu um pódio. Em 41 provas disputadas, contabiliza duas vitórias e 13 pódios.

O ex-rallyzeiro Edinho Marques, atraído pelo conceito da Copa RNK, participou de oito provas entre 2012 e 2013, vencendo duas. Teve mais uma aparição avulsa no GP do Litoral em 2016 e retornou com muita empolgação em 2020, mas desapareceu ao fim do 1º turno.

Carlos Feijão, até hoje o piloto com mais largadas na RNK além do clã Johnscher, presente desde a primeira temporada, afastou-se em 2020 devido à pandemia, esboçou o retorno em 2021, mas participou somente da primeira rodada, no Kart Park, para não dar mais as caras, apesar de ainda se manifestar – cada vez mais raramente – nos grupos de WhatsApp que frequenta.

Andrey Lima, um dos pilotos mais vitoriosos da RNK, com três títulos de campeão, participou do campeonato pela última vez na primeira rodada de 2022, embora ainda integre o Candy Shop RNK Team e tenha participado de algumas provas de endurance nesse período.

Alessandro Trevisan é outro que abandonou as pistas definitivamente após a primeira rodada de 2022, depois de também ter participado apenas esporadicamente durante o período da pandemia. Do final de 2015, quando estreou, até interromper a carreira, disputou 64 provas, venceu três, fez 16 pódios e foi o vencedor do Troféu Super100 em 2019.

Muitos outros pilotos que fizeram história na RNK e costumavam frequentar o pódio ficaram no passado há mais tempo. Guilherme Szpigiel participou de 32 provas entre 2012 e 2015, com 11 presenças no pódio e três vitórias, duas delas em Registro, o que lhe valeu a alcunha de “Rei Gistro”. Abandonou a carreira após um acidente em Joinville na metade da temporada que se apresentava como a mais promissora para ele.

Fabio Knabben também deixou as pistas após 32 corridas e três vitórias. Foi um dos pilotos de melhor aproveitamento em toda a história da RNK, subindo ao pódio 24 vezes entre 2013 e 2016. Foi 3º colocado em 2014 e vice-campeão em 2015.

Irmão de Rafael Vianna, Bruno Vianna é um dos maiores talentos desperdiçados que já passaram pela RNK. Habilidoso e arrojado, venceu 4 das 42 corridas que disputou entre 2012 e 2018, subiu 18 vezes ao pódio e foi vice-campeão do Troféu Candy Shop, o 1º turno de 2016. Sem encarar a RNK como prioridade, correu ainda a primeira rodada de 2018, quando abandonou definitivamente as pistas.

José Revoredo foi um dos pilotos mais assíduos entre 2012 e metade de 2016, ausentando-se de apenas três etapas nesse período. Retirou-se no final do 1º turno de 2017, depois de  56 corridas sem jamais vencer.

Marcelo Rosa compareceu a todas as provas desde a estreia em 2012 até o início de 2016, quando obteve sua primeira vitória no campeonato. Um imprevisto impediu-o de correr a etapa seguinte e, a partir daí, passou a ser menos assíduo, abandonar certames na metade, até desaparecer depois de duas participações isoladas em 2019. Em 76 provas disputadas, venceu duas, subiu 28 vezes ao pódio e obteve dois terceiros lugares no campeonato, em 2013 e 2015.

Um dos pilotos mais vitoriosos da RNK, Eduardo Bettega – filho do Rodo – venceu 8 provas entre 2012 e meados de 2016, quando se retirou das pistas. Voltou em 2018 para vencer pela última vez em Registro e encerrar a carreira definitivamente na RNK. Em 55 provas disputadas, conquistou 9 vitórias, 23 pódios e realizou sua melhor temporada no ano de estreia, finalizando em 3º lugar na classificação geral.

Priscila Driessen foi sensação nas pistas entre 2012 e 2015. Embora não tenha vencido nenhuma prova, fez oito pódios, três fast laps e foi vice-campeã entre os leves na 1ª Copa RNK, fazendo valer a vantagem do pouco peso num período em que não se exigia lastro das mulheres. Seu melhor momento foi o 2º lugar na Corrida do Milhão em 2015, completando a primeira dobradinha feminina na Copa RNK na vitória de Marjorie Johnscher. Depois disso, mudou-se de Curitiba e abandonou a RNK. Tentou o retorno em 2019, mas participou de apenas duas rodadas terminando sempre entre os últimos.

DEIXA CHOVER

A chuva é sempre um ótimo ingrediente. Na imagem, Eduardo Johnscher, o 1º “rei da chuva” da RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

Deixa a chuva molhar, que a RNK não para. A única vez em que isso (quase) aconteceu, na segunda corrida da história, em 2012, a etapa, marcada para o Kartódromo de São José dos Pinhais, cuja administração não permitia eventos com chuva, acabou remanejada para o Marumby Kart Indoor. Convém lembrar que não há pneus de chuva no rental kart, o que exige dos pilotos muita técnica, habilidade e capacidade de adaptação ao piso molhado, que muitas vezes muda de condição ao longo da prova.

Alguns se destacam mais justamente sob essas condições adversas. O primeiro “rei da chuva” na RNK foi Eduardo Johnscher, que entre 2012 e 2014 obteve cinco de suas sete vitórias debaixo d’água, todas elas no Raceland. Naquelas três primeiras edições do campeonato, além dele, apenas Chico Johnscher (duas vezes) e Andrey Lima venceram na chuva.

Em 2015, nada de chuva, mas em 2016 ela caiu em duas oportunidades: em Registro, com vitória de Kleber Borges, e na rodada dupla da Superfinal em Interlagos, com vitórias de Rick Bull e Samurai Sam. Em 2017, choveu em Joinville e Florianópolis, e nas seis baterias realizadas nessas condições, houve seis vencedores diferentes: Tido Olmedo, Eugênio Westphalen, Bruno Rocha, Luiz Brambila, Rodrigo Araujo e Chico Johnscher.

Em 2018, a chuva só veio de verdade uma vez, novamente no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, com vitórias de Luiz Brambila nas duas baterias, Nito Ramirez, Daniel Silva, Bruno Rocha e Jackson Gonçalves.

Em 2019, choveu em três rodadas. No Speedway, em Balneário Camboriú, a chuva caiu pra valer nas três baterias da segunda prova do dia, com vitórias de Eugênio Westphalen, Andrey Lima e Bruno Rocha. No Beto Carrero, ela veio de mansinho, mas foi só na última bateria da séria A que caiu torrencialmente e, mais uma vez, Bruno Rocha demonstrou sua habilidade de guiar no molhado. E por fim, em Joinville, a chuva só deu trégua até o finzinho da primeira bateria do dia; depois, foi um aguaceiro só e mais um show de Bruno Rocha – que na segunda largou de último pelo grid invertido para superar sem dó todos os adversários. Nas demais baterias, vitórias de Rodrigo Basquera, Jackson Gonçalves, Everson Calaes e Adriano Goulart. As vitórias em todas as suas quatro baterias na chuva naquele ano transformaram Bruno Rocha no novo rei da chuva.

Em 2020, quem mostrou competência na única prova com chuva, a Superfinal em Itu, foi Nilton Rossoni, que liderava a primeira bateria quando seu kart apagou e a vitória ficou com Andrey Lima – outro especialista em piso molhado –, mas venceu com sobras a segunda.

Em 2021, o show na chuva ficou por conta de Pablo Margeon, em Interlagos, ao vencer duas vezes na única rodada do ano em que choveu. Também venceram naquela rodada Bruno Tarachuka e Fábio Mathoso. Este também demonstrou seu apetite e domínio na primeira rodada do campeonato de 2022, no Kart Park: venceu suas duas baterias e, na primeira delas, ainda meteu mais de 30 segundos no 2º colocado, Jackson Gonçalves, e uma volta sobre o 5º colocado. Na única corrida com chuva daquele ano, também venceram suas baterias Gilmar Coleta, Luis Roberto e Guilherme Medeiros.

Em 2023, a temporada começou sob um sol de rachar no Beto Carrero, mas no final da 2ª bateria da série B a chuva caiu, inicialmente de leve tornando o asfalto um sabão, para se tornar um dilúvio na série A. Leandro Schillo e Luizinho Brambila – mais um monstro na chuva – foram os vencedores. Choveu muito também na segunda das duas rodadas de Joinville nesta temporada, com vitórias de Anderson Vieira, Everton Tonel, Gabriel Meister, Maurino Souza, Eduardo Almeida e Diego Bettega.

No ranking da chuva, a liderança é de Bruno Rocha, com seis vitórias, seguido de Eduardo Johnscher com cinco e Luizinho Brambila com quatro. Andrey Lima, Chico Johnscher e Fábio Mathoso têm três vitórias, e Eugênio Westphalen, Jackson Gonçalves e Pablo Margeon, duas.

A PERDER DE VISTA

É de Chico Johnscher, em Matinhos-PR, a vitória com maior margem na história da RNK. (Foto: 34 Kart Indoor)

Exceto se houver um desequilíbrio muito grande entre os karts ou alguma circunstância muito extraordinária, é muito raro algum piloto disparar na frente e não ser mais visto pelos adversários. Chico Johnscher foi o único piloto na história da RNK a vencer com uma volta de vantagem, feito que protagonizou duas vezes. A primeira, sobre o companheiro de equipe Eduardo Johnscher em uma das baterias válidas pela segunda etapa da RNK, em 2012, no Marumby Kart Indoor. Mas, por ser um circuito indoor muito curto, a diferença representou pouco mais de 20 segundos. O maior “passeio” ocorreu no GP do Litoral (20/02/2016), quando Chico abriu uma volta e meia – o equivalente a cerca de 50 segundos – em relação ao segundo colocado, Bruno Vianna.

Vitórias com mais de 30 segundos de vantagem só ocorreram em mais oito oportunidades, e três delas envolveram Chico Johnscher. No GP Ayrton Senna, disputado no Kartódromo Raceland em 26/04/14, ele venceu com 30,854s de vantagem sobre o 2º colocado, Menyr Zaitter. No mesmo ano, na primeira prova disputada em Registro (11 de outubro), foi a vez de Guilherme Szpiegel vencer de forma absoluta, abrindo 32,369s sobre o 2º, justamente Chico Johnscher. Em 21/10/18, no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, Luizinho Brambila venceu o piloto da Johnscher Racing por 30,230s, e Rodrigo Araujo abriu 45,868s sobre Julian Fontana, em baterias disputadas sob muita chuva.

Na Superfinal de 2018, em Interlagos, Bruno Rocha sobrou na pista e enfiou 32,434s no 2º colocado, Anderson Rocha. E depois de duas temporadas em que raras vezes a diferença entre os dois primeiros chegou a 5 segundos, a abertura da 10ª Copa RNK, em 24/04/21, no Kart Park, teve Matheus Schillo abrindo 31,859s sobre o 2º, Alex Junior Motta.

Em 2022, houve duas vitórias com margem superior a 30 segundos: a de Fábio Mathoso sobre Jackson Gonçalves, também na abertura do campeonato no Kart Park (12/03/22), por 33,359s, e a de Bruno Albino sobre Thiago Karsten no Beto Carrero (04/06/22), por 30,443.

Em 2023, quem chegou mais perto disso foi Thiago Pilkel, que abriu cerca de 25 segundos sobre João Chevalier no Kart Park, em 16 de abril, na única vitória com margem superior a 15 segundos da temporada, que teve metade (22) das 44 baterias realizadas com diferença inferior a um segundo entre os dois primeiros.

POR UM PENTELHÉSIMO

Na Superfinal de 2022, Eduardo Johnscher protagonizou a vitória mais apertada da história da RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

A chegada mais apertada da história da Copa RNK ocorreu na Superfinal de 2022, em Aldeia da Serra, quando Eduardo Johnscher ultrapassou Alex Junior Mota na última curva para vencer por 0,004s – 4 milésimos de segundo – tendo, ainda, a 3ª colocada, Claudinha Cardozo, a 0,029s, e o 4º, Tido Olmedo, a pouco mais de um décimo. Admitindo que, naquele momento, os karts estivessem desenvolvendo uma velocidade de 60 km/h, a diferença entre os dois primeiros corresponderia a ínfimos 6 cm…

Ao longo das 12 temporadas da Copa RNK, em 17 oportunidades a diferença entre os dois primeiros ao cruzarem a linha de chegada foi inferior a um décimo de segundo, praticamente impossível de ser distinguida no visual. E cinco delas se deram na abertura da última edição, no Beto Carrero, onde pai e filho – Leandro e Matheus Schillo – foram ultrapassados nos últimos metros por Germano Pedroso e José Lellis, respectivamente, com diferenças de 0,040s e 0,052s.

Entre as 17 vitórias por margem inferior a 0,1s, listadas no quadro abaixo, mais duas foram arrancadas na última curva, ambas em São José dos Pinhais: a de Roberto Margeon sobre Guilherme Medeiros, em 2021, por 0,043s, e a de Andrey Lima sobre Eugenio Westphalen por 0,045s, em 2017.

Há outras chegadas dignas de registro. Uma das mais acirradas, sem dúvida, foi a do 15º GP de Joinville, em 04/07/20, quando apenas 1,038s separou o 1º (Andrey Lima) do 8º colocado. Uma das chegadas mais emocionantes nesses 12 anos foi observada na bateria principal da abertura do campeonato de 2021, no Kart Park, quando Fábio Mathoso superou Andrey Lima na disputa pelo 2º lugar por ínfimos 8 milésimos de segundo.

Outra chegada das mais disputadas nem pódio valia e se deu na briga pelas últimas posições, no GP de Irati, abertura da Copa RNK de 2018, quando Paulo Cardozo superou Taís Alves por 0,020s e quatro karts – incluindo ainda Bruno Vianna e António Keps – chegaram separados por 0,150s.

Uma das chegadas mais “assustadoras” – e irresponsáveis – se deu em 30/07/2023, no Kartódromo de Joinville, na disputa pelo 5º lugar. Por mais que no briefing antes da prova os pilotos fossem alertados para “não se atirarem” na bandeirada devido aos riscos proporcionados pela chegada numa curva de alta, Cazu e Everton Tonel não aliviaram e, separados por 0,027s, foram parar na barreira de pneus. Ambos foram penalizados, assim como Maurino Souza, que vinha logo atrás e bateu nos dois. O único envolvido na disputa que teve prudência foi Tido Olmedo, que acabou no pódio. Curiosamente, o mesmo Maurino Souza venceria na mesma pista, pouco mais de um ano depois, em 02/09/2023, também de forma arriscada, mas considerada normal pelo bandeira, superando Anderson Sgorlon por 0,102s. 

A PRIMEIRA VEZ

António Keps foi o piloto que mais demorou a vencer uma corrida na RNK, sendo homenageado com “bundalelê” na bandeirada. (Foto: Clayton Medeiros)

A primeira vez a gente nunca esquece. Para dois pilotos, em 2023, ela veio logo em sua primeira participação na RNK: Germano Pedroso, na abertura da temporada no Beto Carrero, e Willy Ferreiro venceram na estreia, e este ganhou logo suas duas primeiras na rodada dupla no Kart Park. Outros oito estreantes venceram na temporada e mais três “veteranos” conseguiram a primeira vitória em 2023.

Além dos estreantes vitoriosos em 2023, outros 22 pilotos venceram logo em sua primeira prova na Copa RNK. Cezar Zaitter foi o vencedor da corrida inaugural, no Raceland, em 2012, sua única participação no campeonato. Também naquela primeira temporada, Eduardo Bettega e Edinho Marques venceram na estreia. Repetiram o feito nas edições seguintes: Rafael Demmer (2015); Juliano Cunha e Fernando Henrique Gonçalves (2017); Arthur Ehrat, Kevin Bettio, Marquiano Okopny, Adriano Goulart e Heitor Preto (2018); Bruno Tarachuka e Rodrigo Basquera (2019); Rafa Bin, Adrianno Dellagiustina e Marcelo Schoba (2020); Diego Fernandes, Pablo Margeon e Gabriel Meister (2021); Luis Roberto Nunes Jr., Lucas Peck e Bruno Albino (2022).

Para muitos pilotos, porém, o jejum é longo. Que o diga António Keps, que comemorou muito sua primeira vitória, no GP de Ascurra, em 27 de agosto de 2022, somente em sua 58ª corrida, com direito a “bundalelê” do companheiro de equipe Luizinho Brambila – que repetiu o gesto de Indaial, em 2016, na primeira vitória de Carlos Feijão.

O quadro abaixo traz o ranking dos dez pilotos que mais persistiram para ganhar pela primeira vez e que se mantém inalterado em relação ao ano anterior. 

JEJUM SEM FIM

Bassám Hajar (57), Mir Dall’Agnol (66) e Elvira Cilka (51 são os pilotos em atividade com o maior número de corridas sem nenhuma vitória na RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

Para alguns pilotos, contudo, o jejum não acaba nunca. Menyr Zaitter faleceu em julho de 2022, sem vencer nenhuma das 62 provas de que participou. A marca foi igualada em 2023 por Bassám Hajar, o piloto em atividade com o maior número de participações na RNK sem jamais vencer. Elvira Cilka, também em 2023, atingiu a marca de 61 corridas sem vitória. José Revoredo deixou as pistas em 2017, depois de 56 participações sem nunca ter vencido. Mir Dall’Agnol e Otto Jr. completaram 50 corridas sem vitória na última temporada. Priscila Driessen participou de 37 provas de 2012 a 2015 e 2019, também sem vencer, mesmo número de Karina Cardozo, com participações em 2018 e de 2020 a 2022.

Há, todavia, pilotos que, embora já tenham vencido no passado, também enfrentam longo jejum de vitórias. Rodolpho Bettega venceu sua única prova na 1ª Copa RNK, em 23 de junho de 2012 e, de lá para cá, já são 92 corridas sem vitória. Marjorie Johnscher, que obteve a última de suas três vitórias no Beto Carrero, em 2017, está há 64 provas na fila. O sétimo maior vencedor da RNK, Chico Johnscher, venceu pela última vez em Ingleses (14/03/20) e agora enfrenta uma seca que já atinge 54 provas. Juliano Cunha estreou vencendo o GP Thierry Neuville, em São José dos Pinhais (10/06/17), e embora esteja habitualmente brigando pelas primeiras posições, nunca mais venceu e soma 52 provas longe do topo do pódio. A única vez de Anderson Rocha foi no GP RNK 100, em Guarapuava (12/10/19), em sua 50ª corrida – um recorde até então – e desde então já acumula 51 provas sem vencer novamente.

ELAS DEIXARAM A DESEJAR EM 2023

Marjorie Johnscher (94) fez dois dos três únicos pódios femininos em 2023. (Foto: Mari Coelho)

A baixa representatividade feminina está traduzida nos números: em 12 edições, somente 29 dos 371 nomes que desfilaram na Copa RNK são femininos e, somadas todas as suas participações, as mulheres totalizam apenas 390 das 5326 largadas, o que representa singelos 7,3% de presença no grid. Três novos nomes femininos surgiram em 2023, mas sem resultados expressivos: Stefanie Savulski participou de três rodadas; Keith Gabardo e Zilda Schillo, de apenas uma. O ano de 2023 ainda teve o breve retorno de Taís Alves e Fernanda Galvão, ausentes da Copa desde 2018, mas também de forma esporádica e sem bons resultados. Das remanescentes de temporadas anteriores, apenas Marjorie Johnscher (dois 5ºs lugares) e Claudinha Cardozo (um 5º lugar) foram ao pódio. Elvira Cilka passou em branco. A conquista do prêmio Mulher do Ano por Marjorie Johnscher foi reflexo do pouco brilho feminino na temporada e não traduz o que ela e outras já produziram na pista.

As mulheres somam 70 pódios, 7 vitórias, 10 poles e 15 fast laps, embora somente três delas já tenham vencido: Marjorie Johnscher e Claudinha Cardozo 3 vezes, e Taís Alves uma vez – esta, em pódio triplo acompanhada de Elvira Cilka (P2) e Marjorie Johnscher (P3) no GP de Registro em 2018. Antes disso, já havia acontecido uma dobradinha na primeira vitória feminina, na 2ª Corrida do Milhão, decisão da Copa RNK 2015, no Raceland, quando Marjorie venceu e Priscila Driessen foi 2º.

Claudinha Cardozo é a mulher com melhor retrospecto histórico na RNK, somando, além de suas três vitórias, cinco poles, cinco fast laps e 20 pódios. Obteve em 2022 sua melhor classificação final (7º lugar) e repetiu, no 2º turno, o 4º lugar que já havia obtido no 1º turno de 2020.

Marjorie Johnscher, que voltou ao pódio depois de quatro anos sem resultados expressivos, tem o 2º melhor retrospecto feminino, com três vitórias, duas poles, três fast laps, 13 pódios e um Prêmio Maneco Combacau, concedido ao piloto que mais realiza ultrapassagens na temporada, obtido em 2015. Sua melhor classificação final em campeonatos é um 6º lugar na temporada de 2015, além do 5º lugar no Troféu 82 Design, o 2º turno de 2016.

Apesar de sua vitória e pole obtidas em Registro (2018), o retrospecto de Taís Alves é superado pelos 12 pódios, uma pole e três fast laps de Elvira Cilka, os dez pódios e uma pole de Karina Cardozo e os oito pódios e 3 fast laps de Priscila Driessen. Além destas, somente Brenda Ramirez, Flavia Gavazzoni, Maria Bedin e Maria Eduarda Cordeiro subiram, uma vez cada, ao pódio.

ELES AINDA TÊM LENHA PRA QUEIMAR

José Lellis prepara a ultrapassagem para vencer na última volta, no GP Beto Carrero. (Foto: Clayton Medeiros)

Nestas 12 edições de Copa, 50 dos 371 pilotos que competem ou já competiram atingiram ou passaram a casa dos 50 anos de idade. E, frequentemente, costumam brigar na frente. Em 2023, foram 24 pódios da turma 50+, incluindo quatro vitórias: de José Lellis, Maurino Souza e as duas de Willy Ferreiro em sua única participação na RNK.

Nos resultados acumulados, Chico Johnscher é o idoso com melhor desempenho, conquistando o bicampeonato em 2013 aos 56 anos de idade, além de ter o maior número de vitórias, poles e fast laps entre os “velhinhos”. Ao vencer o 8º GP dos Ingleses no dia em que completou 63 anos de idade, em 2020, ele se tornou também o piloto mais velho a vencer na RNK. A marca, no entanto, foi superada em 2021 por José Lellis, também em Ingleses, onde venceu aos 64 anos, 7 meses e 21 dias. Seu Lellis, aliás, ampliou a margem ao vencer novamente no Beto Carrero no dia 26 de fevereiro de 2023, aos 66 anos e 29 dias.

Além dos três já mencionados, porém, somente nove pilotos acima dos 50 anos venceram provas na Copa RNK: Cezar Zaitter, Rodolpho Bettega, Samurai Sam, Rick Bull, Marcelo Tirisco, Tido Olmedo, Clovis Casavechia, Pablo e Roberto Marlangeon. Confira no quadro a idade que tinham os 10 pilotos mais velhos quando venceram pela última (ou única) vez:

QUANDO SOBRA PESO…

Diego Bettega venceu em Joinville e foi o campeão Super100 de 2023. (Foto: Mari Coelho)

Com exceção das duas primeiras temporadas, em que houve, além da classificação geral, a classificação por categoria, a Copa RNK nunca dividiu os pilotos por peso. Mesmo naquelas duas edições, a pontuação era extraída da classificação geral para premiar também os pilotos acima e abaixo de 80 kg. Ao longo dos anos, o peso mínimo foi gradativamente elevado, até chegar aos atuais 90 kg para ambos os sexos – houve um tempo em que a exigência se restringia aos homens.

A partir de 2018, criou-se uma premiação especial – o Troféu Super100 – para o piloto acima de 100 kg mais bem classificado, cujos vencedores foram Nito Ramirez em 2018, Alessandro Trevisan em 2019, Nilton Rossoni em 2020, o estreante Mayckon Eckstein em 2021, Marcelo Saito em 2022 e Diego Bettega em 2023.

Apesar da evidente desvantagem dos pesados, eles são presença frequente no pódio e somam 18 vitórias na história da Copa: cinco de Nilton Rossoni, três de Nito Ramirez e Alessandro Trevisan, duas de Rafa Bin, e uma de Diego Bettega, Marcelo Saito, Bruno Bogus, Clovis Casavechia e Rodolpho Bettega, este, em 2012, o primeiro superpesado – sim, o Rodo já pesou mais de 100 quilos – a vencer na RNK.

Nilton Rossoni foi o Super100 de melhor desempenho na história. Em 2020, venceu quatro provas na temporada, foi o vice-campeão do 1º turno e terminou o ano na 3ª colocação. Em 2023, Diego Bettega foi 3º lugar no 2º turno, foi cinco vezes ao pódio e encerrou a temporada na 8ª posição. Além dele, Rafa Bin foi o único piloto acima de 100 kg a vencer uma prova nesse ano e é, com 110 kg, o piloto mais pesado a vencer na RNK.

…E QUANDO FALTA

Na Superfinal em Guaratinguetá (2021), Bruno Tarachuka comemorou, mas teve que devolver o troféu de P1. (Foto: Clayton Medeiros)

Quando o piloto não atinge o peso mínimo exigido, atualmente 90 kg, a punição, com o perdão do trocadilho, é pesada: a perda de cinco posições se a diferença for inferior a dois quilos e a queda para a última posição se a diferença for maior que dois quilos. Dentre as inúmeras vezes em que isso já aconteceu, três confiscaram a vitória.

Na mais recente, em 2023 no Kart Park, faltou meio quilo para Johnny Lenda alcançar o peso mínimo, o que lhe tirou o direito de comemorar seu P1. Em 2021, Bruno Tarachuka perdeu a vitória na 2ª bateria da Superfinal, em Guaratinguetá, pela falta de 400 gramas na pesagem após a prova. A punição acabou lhe custando também o troféu de 4º lugar no campeonato. Antes deles, Leo Castilhos e José Lellis, 1º e 2º no GP dos Ingleses em 2019, também perderam suas posições por não atingirem o peso mínimo.

CARTÕES AMARELOS (E VERMELHOS)

Silvio Pariz, no Raceland, em 2013, foi o primeiro piloto desclassificado de uma prova. (Foto: Eduardo Bettega)

Desde seu início, em 2012, até 2021, apenas dois pilotos haviam sido desclassificados de uma prova, e somente um por manobra desleal: Silvio Pariz, na 2ª Copa RNK, em 12/10/2013, no Raceland. A outra desclassificação – de Luiz Brambila no Kartódromo dos Ingleses na abertura da edição de 2019 – ocorreu de maneira polêmica porque se soltou o escapamento do seu kart.

Se nos primeiros 10 anos os pilotos eram mais comportados – ou a fiscalização era menos rígida? –, nas duas últimas temporadas o cenário mudou. Em 2022, nada menos de quatro desclassificações foram registradas, três delas por atitude antidesportiva: Bassam Hajar em Joinville, Luis Roberto e Jackson Gonçalves no Kart Park. E Eugênio Westphalen foi desclassificado após a chegada em Ascurra por troca de kart indevida antes de ingressar na pista. Em 2023, Gilmar Coleta foi excluído em Joinville, porém não aceitou a desclassificação e desobedeceu a sinalização. Depois de várias abordagens e ameaça de paralisação da prova com bandeira vermelha, os fiscais literalmente atiraram um kart reserva contra o piloto, interceptando-o na marra.

As duas últimas temporadas foram, também, as que mais registraram penalizações, contribuindo para isso o rigor dos fiscais – pilotos integrantes do Conselho – e a proibição de exceder os limites da pista em determinados pontos do circuito do Kartódromo de Joinville. Bassam Hajar e Anderson Rocha, por exemplo, conseguiram a proeza de receber quatro punições na mesma prova naquela pista em 2022. Além das desclassificações e penalizações por falta de peso, 55 punições desportivas foram aplicadas em 2022 e 60 em 2023.

A primeira punição da história da Copa RNK foi dada na abertura da 2ª edição, no Raceland, ao piloto Rafael Vianna, que foi penalizado em 20 segundos por ter feito uma ultrapassagem pela grama e, à época, ficou inconformado e declarou que “não tinha como saber que devia devolver a posição”… Naquele mesmo ano, na 10ª etapa, Silvio Pariz foi desclassificado por ter provocado um acidente na chicane que antecede a reta dos boxes, também no Raceland, que alijou da disputa pela 2ª posição os pilotos Menyr Zaitter e Marcelo Rosa quando se preparavam para abrir a última volta.

Depois disso, a Copa RNK passou dois anos sem qualquer punição e, até a 6ª edição, apenas 13 punições foram aplicadas no total. Em 2018, com o aumento do número de participantes e o acirramento das disputas, o panorama se modificou. Naquele ano, 32 penalizações foram anotadas. Em 12 temporadas, foram 213 punições desportivas, sendo as duas últimas responsáveis por 56% delas. Sem levar em conta as punições por falta de peso, 98 pilotos já foram alvo de penalização, sendo Bassam Hajar o recordista, com 11. Além dele, os mais “indisciplinados” são Luiz Brambila e Anderson Rocha (8), Fábio Mathoso, António Keps e Guto Hass (7), Chico Johnscher e Gilmar Coleta (6) e Cazu (5), lembrando que muitas delas ocorreram por desrespeito aos limites da pista e não por manobras imprudentes ou desleais contra adversários.

Dentre os pilotos com mais participações, é preciso mencionar aqueles que não possuem nenhum “ponto na carteira”: Carlos Feijão, Rodolpho Bettega, José Revoredo e Elvira Cilka.

ESTREANTE DO ANO

Estreante do Ano em 2023, Germano Pedroso comemora a vitória na 1ª bateria da Superfinal em Aldeia da Serra. (Foto: Fernando Camargo)

O Troféu Estreante do Ano foi instituído em 2018, na VII Copa RNK. Naquele ano, foi conquistado por Daniel Silva, que venceu três provas, sagrou-se campeão do 2º turno e foi 3º colocado na classificação anual após a Superfinal em Interlagos.

Em 2019 foi a vez de Bruno Tarachuka, que venceu sua corrida de estreia nos Ingleses, terminou os dois turnos em 6º lugar depois de vencer mais uma vez em Guarapuava e foi 5º na classificação anual após a Superfinal no KGV.

O ano de 2020, excepcionalmente, foi de pouco brilho para os estreantes. Devido à pandemia de covid-19, poucos participaram de toda a temporada, e a maior soma de pontos foi de Junior Cazu, apesar de ter subido apenas duas vezes ao pódio (4º e 5º lugar).

De lá para cá, no entanto, a vida de quem estreia na Copa RNK não tem sido fácil, não somente pela quantidade de novos pilotos que aderem ao campeonato, mas, sobretudo, pelo nível elevado. Em 2021, o experiente Pablo Margeon, ex-campeão mundial de kart indoor, venceu seis provas, disputou o título até o final – foi vice-campeão nos dois turnos e 3º na classificação geral após a Superfinal em Guaratinguetá – e foi o Estreante do Ano. Naquela 10ª edição da Copa RNK, os estreantes venceram 15 das 46 baterias que compuseram o campeonato, destacando-se ainda: Roberto Margeon, que participou somente das quatro etapas no Kart Park vencendo três delas; Diego Fernandes, outro piloto experiente que estreou naquele ano e venceu duas das quatro provas que disputou; Gabriel Meister, que também venceu duas vezes; e Matheus Schillo, que aos 14 anos se tornou o piloto mais jovem a vencer na RNK.

Vinte e sete pilotos correram pela primeira vez na Copa RNK em 2022 e três venceram logo na etapa de estreia: Luis Roberto, Lucas Peck e Bruno Albino. Outros três também venceram nesse ano de estreia – Eduardo Almeida, Denis Valente e Thiago Karsten – e 15 figuraram pelo menos uma vez no pódio. Vice-campeão do 1º turno e 6º colocado na classificação geral, Luis Roberto Nunes Jr. foi o Estreante do Ano, acumulando 274 pontos nas 14 etapas do campeonato. Denis Valente teve o segundo melhor desempenho entre os estreantes, seguido de Diego Bettega e Lucas Monteiro – estes dois ingressando na metade do campeonato.

Em 2023, 38 novos nomes foram incluídos nos alfarrábios da RNK. E coube ao experiente Germano Pedroso o título de Estreante do Ano, somando 325 pontos nas 14 etapas. Com três vitórias na temporada – a primeira logo na estreia no Beto Carrero –, Germano foi 4º lugar no 1º turno, vice-campeão do 2º e só lhe escapou o título anual por um infortúnio: uma quebra a cinco voltas da bandeirada na segunda bateria da Superfinal depois de ter vencido a primeira. Ainda assim, terminou o campeonato na 3ª colocação. O segundo melhor desempenho entre os estreantes foi de Mário Ulandowski, com 228 pontos, seguido de Hector Marin (222), Helder Kill (208) e Ozias Jr. (205).

Além de Pedroso, outros 9 pilotos venceram no ano de estreia em 2023: Luiz Paulo Neuwald, Helder Kill, Cesar Japs, Éder Perboni, Leandro Deves, Duddu Possebom, Ozias Jr., Vinícius Kavilhuka e Willy Ferreiro – este ganhando logo duas vezes em suas únicas participações na RNK, no Kart Park. Outros 13 chegaram pelo menos uma vez ao pódio.

PRÊMIO MANECO COMBACAU

Marjorie Johnscher foi a primeira ganhadora do Troféu Maneco Combacau, entregue nas dependências da Candy Shop. (Foto: Acervo)

Instituído em 2015 para o piloto que mais ganha posições em relação à sua posição no grid de largada somando-se todas as etapas do ano o Prêmio Maneco Combacau homenageia um dos ícones do kartismo brasileiro nas décadas de 1960-70, vencedor da primeira corrida de kart realizada no país. O prêmio é concedido como forma de incentivar a combatividade e a busca pela “escalada do pelotão”. Seus ganhadores foram Marjorie Johnscher (2015), Eduardo Johnscher (2016), Paulo Taylor (2017), Luizinho Brambila (2018), Bruno Rocha (2019), Fábio Mathoso, o único a receber o prêmio duas vezes (2020-21), Jackson Gonçalves (2022) e Germano Pedroso (2023).

PÉ DE BREQUE

Coube a Rafael Vianna a “honra” de ser o primeiro depositário do Troféu Pé de Breque. (Foto: Acervo)

Um dos “prêmios” mais aguardados, devido à sua imprevisibilidade e surpresa, não está previsto no regulamento, mas já se tornou tradição na Copa RNK: o Troféu Pé de Breque. Fruto de uma brincadeira inocente em 2014, quando Marcelo Rosa foi “homenageado” ao final do campeonato com um certificado, assinado por todos os pilotos, atestando que jamais vencera uma prova, o “troféu” foi criado na temporada seguinte e entregue ao piloto que mais sofreu ultrapassagens ao longo do ano, Rafael Vianna.

Trata-se, na verdade, do pé esquerdo de um tênis velho, institucionalizado como de posse transitória, sendo entregue, em votação simbólica, ao piloto que por alguma razão frustra expectativas ao final de cada semestre, e acabou se tornando um dos momentos mais esperados das premiações.

Por tradição, seu “ganhador” nunca é repetido e já passou pelas mãos de Eduardo Bettega ao final do Troféu Candy Shop (1º turno 2016), Eduardo Johnscher ao final do Troféu 82 Design (2º turno 2016), Chico Johnscher (1º turno 2017), Carlos Feijão (2º semestre de 2017), Marcelo Rosa (1ª turno 2018), Alessandro Trevisan (2º semestre de 2018), Nito Ramirez (1º turno 2019), Elvira Cilka (2º semestre de 2019), Marcos Martins (2020), Anderson Rocha (1º turno 2021), Marjorie Johnscher (2º semestre de 2021), Bassám Hajar (1º turno 2022), Fabio Junior Costa (2º turno 2022), Rodolpho Bettega (1º turno 2023) e Fábio Mathoso (2º  turno 2023), o atual detentor.

EQUIPES

Andrey Lima conquistou no Kart Park, em 2021, o último P1 para a extinta RBR, equipe mais vitoriosa na história da RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

O campeonato por equipes – denominado Desafio por Equipes – foi instituído somente na 2ª edição da Copa RNK, em 2013, e tem na Johnscher Racing uma das mais vitoriosas, apesar dos resultados discretos nas últimas temporadas. Único time que mantém até hoje sua formação primitiva, com Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher, ostenta 24 vitórias, dois títulos (2013 e 2015) e três vices (2014 e os dois turnos de 2016). No 1º turno de 2017, obteve o 7º lugar, recuperando-se parcialmente com o 3º lugar no 2º semestre. Em 2018, terminou em 6º no primeiro semestre e em 4º no segundo; em 2019, 6º e 8º respectivamente; em 2020, 10º e 7º; em 2021, 8º e 3º; em 2022, 9º e 8º; e em 2023, 10º e 6º lugar.

Durante os primeiros três anos de disputa, a equipe que mais rivalizou com a Johnscher foi a Designers Racing (Fabio Knabben, Guilherme Szpigiel e Marcelo Rosa). Foi vice-campeã em 2013, campeã em 2014 e 3º lugar em 2015, quando encerrou suas atividades. Acumulou quatro vitórias nesse período. Em 2016, Fabio Knabben criou a Bora Racing, com Ricardo Rocco e Rafael Demmer, que participou no 1º semestre obtendo uma vitória e terminando em 5º lugar entre seis participantes.

Criada no 2º semestre de 2016, a TK Racing, composta por Luiz Brambila, Rafael Demmer e Franciel Vivan, conquistou os três primeiros títulos que disputou (o segundo turno daquele ano e os dois de 2017). O favoritismo da TK Racing, contudo, virou pó com o abandono de Fran e Demmer, que participou apenas de uma rodada. Contando praticamente só com Luizinho no 1º semestre de 2018, a equipe que em sua breve história conquistou 13 vitórias na RNK terminou num modesto 17º lugar e abdicou de participar do 2º turno, cedendo seu principal piloto ao Fast Lap Racing Team.

Em algumas equipes, o histórico revela uma intensa “dança das cadeiras” e mudanças de nomenclatura. A RBR surgiu em 2013 como SNA, formada por Carlos Feijão, Menyr Zaitter e Negão Lemos, terminando em último. No ano seguinte, substituiu Negão por Andrey Lima e ficou em 3º. Em 2015, mudou o nome para Race 4 Fun, com o ingresso de Eduardo Bettega, e obteve o vice-campeonato. Em 2016, agora sem Zaitter, mais uma mudança de nome, para o definitivo RBR, e conquistou o Troféu Candy Shop (1º turno da V Copa RNK). A contínua ascensão foi interrompida no 2º semestre daquele ano com o abandono de dois de seus pilotos. Contando apenas com a pontuação de Feijão, a equipe amargou o 5º e penúltimo lugar. Em 2017, manteve a formação obtendo o 3º lugar no 1º turno, embora Eduardo Bettega não tenha participado de nenhuma prova – o piloto seria substituído por Ricardo Rocco no 2º turno, e a RBR terminaria em 4º lugar. Em 2018, Eduardo Bettega retornou para o time no lugar de Rocco, e o manager Feijão inscreveu mais um time, incluindo na equipe Samurai Sam, Alessandro Trevisan e Everton Tonel, conquistando o título do 1º turno e o vice-campeonato do 2º. Em 2019, Vinicius Eduardo assumiu a vaga deixada por Samu Sam, mas o time não passou de um 8º lugar no primeiro turno e de um 5º no segundo. Recuperou-se em 2020, conquistando o título do 1º turno com a RBR Extreme (Andrey Lima e Nilton Rossoni) e o vice com a RBR Ultimate (Ale Trevisan, Everton Tonel e Felipe Mathias). Em 2021, a RBR inscreveu 4 times – RBR Black Label, Red Label, Blue Label e Green Label – com 12 pilotos: Andrey Lima, Everton Tonel, Diego Fernandes, Fabio Junior, Felipe Mathias, Marcos Martins, Otto Jr., Rafa Bin, Alessandro Trevisan, Carlos Feijão, Nilton e Allysson Rossoni, mas alguns deles nem chegaram a largar e outros competiram em poucas provas. A equipe obteve, com seus melhores “rótulos”, o vice-campeonato no 1º turno e o 5º lugar no 2º. Em 2022, com dois times (RBR Pro e RBR Super), manteve apenas quatro pilotos (Andrey, Tonel, Ale e Fabinho), mas apenas Tonel participou da temporada inteira, e as melhores classificações da equipe foram 11º no 1º turno e 15º no 2º, sucumbindo melancolicamente sem participar em 2023. Carregando o espólio de todo o seu passado, a RBR ostenta um cartel de 39 vitórias, o maior da Copa.

A Vianna Bros., dos irmãos Rafael e Bruno Vianna, foi uma das mais tradicionais enquanto existiu, embora sua melhor classificação tenha sido o 3º lugar em 2014. Em 2016, incluiu no time uma representante feminina, Isabel Costa, e passou a se denominar Vianna Bros. & Lady, obtendo também o 3º lugar no Troféu Candy Shop. Na metade do ano, suspendeu temporariamente as atividades, e Rafael Vianna formou, com Marcelo Rosa e Ricardo Rocco, a Scuderia Nelson Piquet, que participou no 2º semestre terminando em 3º lugar sem vencer nenhuma prova.  Sob o nome, simplesmente, de Scuderia – com os irmãos Vianna e Marcelo Rosa – o time retornaria em 2017 para terminar em último entre nove equipes participantes ao final do 1º turno. Na metade do ano, mais uma vez, Rafael Vianna declarou “forfait”. Em sua longa história, acumulou somente cinco vitórias.

A mais curiosa história entre as equipes da RNK talvez seja a criada por Rodolpho Bettega. Surgiu como βH Driessen, com Rodo, Eduardo Bettega, Dario e Priscila Driessen. Em 2015, Dario e Eduardo deram lugar a José Revoredo e Luiz Brambila, e o time passou a se chamar Zé Bedrilo. Em 2016, com a saída de Priscila, nova mudança de nome: Engspão. Na metade do mesmo ano, a equipe perdia o campeão Brambila, substituído por Alessandro Trevisan, mudando sua denominação para RAZ. Com a saída de Ale para a RBR em 2018, somente com Rodo e Zé Revoredo, que acabou nem correndo, a equipe passou a se chamar Zero Racing. Em 2019, o time mudou novamente de nome e formação: Root Team, com Rodolpho Bettega, Marcelo Rosa e Menyr Zaitter. Em 2020, Rodo não inscreveu equipe e, em 2021, retornou com a Équipe Racine (Equipe Raiz, na tradução para o português), com Menyr Zaitter e Clovis Casavechia, que nem chegou a correr. Em 2022, Rodo trouxe o Zaittenberttega Team, incluindo Alexandre Freudenberg e Menyr Zaitter, que só correram na primeira rodada, este falecendo dias antes da realização do GP de Joinville. No 2º turno, homenageou o companheiro falecido e a equipe (agora só com Rodo em ação) terminou em último sob a denominação Menyr Zaitter Team. Em 15 campeonatos disputados, oito nomes diferentes, mas resultados pouco convincentes na tabela: um quinto e quatro quartos lugares na classificação final entre 2013 e 2016, quando o número de equipes não passava de seis; 8º (penúltimo e último) nos dois turnos de 2017; 20º (penúltimo) e 18º (antepenúltimo) lugar respectivamente no 1º e 2º turno de 2018; antepenúltimo (14º e 15º) nos dois turnos de 2019; 16º e 15º em 2021; penúltimo e último em 2022. Apesar das classificações inexpressivas, conquistou nove vitórias.

As edições 2014-15 ainda contaram com mais um time. Inicialmente formada por Phellip Carvalho e Pedro Barbosa, que largou em apenas nas duas primeiras provas, a Equipe Vans não teve participação sólida e foi a última colocada. Em 2015, com Phellip, Michael Rosa e Eduardo Zanata, sob a denominação Fast Brokers, também teve participação esporádica, chegando a pontuar negativo por  ausência de piloto após confirmação.

Em 2016, mais uma equipe efêmera surgiu, a Yellow Racing. Criada pelo estreante Laertes Antunes, contou com Menyr Zaitter e Alessandro Trevisan, terminando o 1º turno em último lugar. No 2º turno, perdeu Ale para a RAZ, Laertes nunca mais foi visto e a equipe contou apenas com Menyr, que participou somente de três provas, e foi naturalmente a última colocada outra vez.

Das equipes que estrearam em 2017, a mais eficiente foi a 34 Racing, vice-campeã do 1º turno e 5º lugar no 2º turno daquele ano com Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga. Em 2018, sob a nomenclatura 34 Team, Nito inscreveu cinco times incluindo mais 12 pilotos: Elvira Cilka, Daniel Silva, Marcelo Saito, Marcelo Tirisco, Brenda Ramirez, Claudio Ferreira, Taís Alves, Fernanda Galvão, Lucas Chaves, Mallu Ribeiro, Leandro Lenartovicz e Diego Boriolo – os quatro últimos nem chegaram a correr. O melhor resultado final dentre as cinco equipes do time foi um 4º lugar no 1º turno e um 5º no 2º. Um desmanche no time ocorreu em 2019, que passou a ser denominado 34 Riders Team e contou apenas com Nito Ramirez, Clovis Casavechia e Renato Braga, terminando em 10º e 11º nos respectivos turnos. Não disputou o 1º turno de 2020 e, no 2º turno, veio como Alfa Racing, composta por Tido, Elvira e Tirisco, mas seu manager Clovis Casavechia perdeu o prazo para o registro e a equipe não pontuou na primeira rodada, terminando apenas em 11º. Em 2021, foi renomeada para AlfaMLK, que inscreveu dois times com Nito Ramirez, Marcelo Tirisco, Tido Olmedo, Elvira Cilka, Flávia Gavazzoni e Kauê Pampuch e terminou os dois turnos em 7º e 4º lugar, respectivamente. Ausente em 2022, a equipe voltou como Alfa Racing em 2023, inscrevendo quatro times e 10 pilotos: Tirisco, Juliano Cunha, Casavechia, Tadeu Feraso, Marcelo Saito, Eduardo Almeida, Éder Perboni, Hector Marin, Leandro Brum e Ivan Bilk, que acabou não participando. Apesar das cinco vitórias obtidas por seus pilotos na temporada, não passou do 5º e 8º lugar na classificação dos turnos. Somando todas as participações, a equipe acumula 20 vitórias.

A Kartbeer Racing, de Kleber Borges, Eugenio e Emygdio Westphalen, obteve o 4º e o 7º lugar respectivamente no 1º e 2º turno de 2017, foi 14º nos dois turnos de 2018 e, em 2019, passou a se chamar Covil Bier Racing, terminando os dois turnos em 7º e 10º lugar. Em 2020, Thiago Vasconcellos entrou no lugar de Kléber Borges e o time terminou em 5º e 6º lugar no 1º e 2º turno respectivamente. Em 2021, com a mesma formação, teve seu melhor resultado, o 3º lugar no 1º turno, fechando o 2º turno em 7º. Em 2022, inscreveu dois times – Covil APA e Covil IPA – e incluiu mais três pilotos: Bruno Tarachuka, Marcos Martins e Felipe Mathias. Finalizou os dois turnos em 6º lugar. Em 2023, o time incluiu mais um rótulo – Covil Red Ale – trazendo Kléber de volta à equipe no lugar de Tarachuka, de mudança para a Austrália, e contratando Everton Tonel, Diego Bettega e Andrey Lima – este acabou não correndo. Terminou os dois turnos, respectivamente, em 7º e 4º lugar, contabilizando nove vitórias em sua história.

A DuxShalon RT surgiu em 2017 com Anderson Rocha, Bruno Rocha e Rodrigo Metz, este substituído depois por Marcos Martins, obtendo o 5º lugar no 1º turno e o vice-campeonato no 2º, totalizando quatro vitórias. Em 2018, perdeu Bruno Rocha, entrando em seu lugar Renee Faletti, que acabou participando de apenas uma prova. A equipe terminou o 1º turno em 11º lugar e foi absorvida pelo Fast Lap Racing Team. Mesmo destino teve a Cacaca Sprint (Felipe Carneiro, Beto Carneiro e Everson Calaes), 6ª colocada nos dois turnos de 2017 com uma vitória. Em 2018, com a substituição de Beto Carneiro por Felipe Fontana, outro que só participou de uma prova, o time mudou a nomenclatura para Kamikaze Team, terminando o 1º turno em 9º lugar, e também foi incorporada pelo Fast Lap.

O Fast Lap Racing Team, aliás, inauguraria uma nova era hegemônica entre as equipes da RNK. O time estreou no 1º turno de 2018 com Bruno Rocha, Nabor Patzsch e Juliano Cunha, terminando em 3º lugar. No 2º turno, inscreveu mais dois times, com mais cinco pilotos vindos de equipes adversárias – Luiz Brambila, Felipe Carneiro, Everson Calaes, Anderson Rocha e Marcos Martins – além de Heitor Preto e Fernando Henrique Gonçalves, saindo Nabor, que não correu no 2º semestre. O resultado veio com o título de campeã do 2º turno. Em 2019, Heitor Preto deu lugar a Priscila Driessen no 1º turno e Mauro Mondin no 2º, conquistando os títulos dos dois turnos com o Fast Lap Racing Pro, além do vice e do 3º lugar com o  Fast Lap Racing GT. Em 2020 inscreveu dois times, contando com Bruno Rocha, Marcos Martins e Rafael Demmer no Fast Lap Racing GT e Rafa Bin, Luiz Brambila e Anderson Rocha no RafaBin Fast Lap, que obteve o vice-campeonato no 1º turno. No 2º turno, o time remanejou internamente seus pilotos: o Fast Lap Racing GT ficou com Bruno Rocha e Marcos Martins, enquanto o RafaBin Fast Lap deu lugar ao Gordelícias Fast Lap (Luiz Brambila, Rafael Demmer e Anderson Rocha), que terminou em 4º lugar. Com o fechamento do Fast Lap Kart Indoor, a equipe se desintegrou. Nos seus dois anos e meio de atividade, a equipe obteve o expressivo número de 24 vitórias.

Das equipes que surgiram a partir de 2018, uma das principais é a Box 45, da família Cardozo. Formada inicialmente por João, Claudinha, Karina e Paulo Cardozo, Jackson Gonçalves, Anderson Miotto, Alberi Carvalho e Giancarlo Blanco, além de Fábio Mathoso, incluído nas últimas etapas daquele ano, contou com três times obtendo 5 vitórias e o vice-campeonato no 1º turno, mas apenas o 12º lugar no 2º, quando praticamente abdicou da disputa. Em 2019, veio com dois times tendo, em sua formação, João e Claudia Cardozo, Jackson Gonçalves, Fábio Mathoso, Guilherme Medeiros e Anderson Vieira, obtendo respectivamente 3º e 4º lugar como melhores resultados nos dois turnos. Em 2020, inscreveu apenas um time, com Jackson Gonçalves, Claudinha e Karina Cardozo, obtendo o 3º lugar no 1º turno e conquistando seu primeiro título no 2º turno, enquanto Fábio Mathoso, com Fernando Janiski e Leandro Pires, criou uma dissidência da Box 45, a NFSKB. Seus companheiros, no entanto, o abandonaram no caminho e o time acabou contando praticamente só com os pontos de Mathoso. Mesmo com suas duas vitórias, a equipe não passou do 9º e 10º lugar no campeonato. Em 2021, Mathoso voltou para a Box45 no lugar de Claudinha Cardozo, e o time obteve seu terceiro título consecutivo, conquistando os dois turnos. Em 2022 veio com dois times, Box 45 Locbus e Box 45 Meta/FB, com o retorno de Claudinha e Guilherme Medeiros, sagrando-se campeã do 1º turno e vice do 2º. Em 2023, Jack e Claudinha decidiram priorizar o kart pro e não se inscreveram na RNK, o que motivou Mathoso a reativar a NFSKB com Fernando Vieira, terminando o 1º turno em 15º lugar. No 2º turno, porém, Mathoso voltou com Jackson e Claudinha na Box45, mas não participaram de todas as provas. Ainda assim, com mais uma vitória do Jack, concluíram o turno em 9º lugar. Em seis anos de atividade, a Box45 acumula 34 vitórias.

A Technical Kart Racing Team competiu apenas em 2018, composta por Kevin Bettio, Anderson Vieira, Bird Clemente Jr., Fred Willian e Fernando Vieira. Com dois times inscritos, foi 5º e 3º lugar no 1º e 2º turno, obtendo 3 vitórias. Também correu apenas naquele ano a Dry Team (Fernando Durando, Clovis Casavechia e Kelvin Axel), que obteve uma vitória na primeira etapa e terminou os turnos, respectivamente, na 16ª e 15ª colocação.

Em 2018 surgiria ainda uma das equipes que se tornaria uma das mais fortes da RNK: a Tartaruga, formada por António Keps, Ricieri Garbelini e Uellton Gonçalves, que sem resultados expressivos terminou os turnos em 18º e 16º lugar. Em 2019, adotou a denominação Tartarugators e, com apenas dois pilotos (Keps e Riti), também teve resultados pífios. Em 2020, veio com António Keps, Anderson Vieira – que obteve a primeira vitória para a equipe – e o estreante Júnior Cazu, terminando cada turno em 6º e 5º lugar. Em 2021, incluiu um segundo time, com Anderson Rocha, Guilherme Medeiros e Marcelo Saito. O time principal obteve o melhor resultado da equipe, 5º lugar no 1º turno e o vice-campeonato do 2º, enquanto Medeiros e Cazu deram mais uma vitória cada para o time. Em 2022, Medeiros e Saito deram lugar a Tido Olmedo e Rodrigo Caveira, e a equipe foi vice-campeã com o time principal (Keps, Tido e Cazu). No 2º turno, a equipe incluiu um terceiro time, trazendo Luizinho Brambila, Lucas Monteiro, Luis Roberto e Eduardo Almeida, excluindo Caveira e remanejando os pilotos internamente. O time principal, com Luizinho, Cazu e Vieira – que nem chegou a correr – foi campeão e a equipe amealhou 11 vitórias no ano. Em 2023 a equipe cresceu ainda mais, inscrevendo cinco times: Tartarugator’s L8 Energy (Luizinho, Cazu e Vieira), Tartarugator’s Fiel Papéis (Tido, Medeiros e Lucas Monteiro), Tartarugator’s CZ#83 (Anderson Rocha, Keps e Lucas Silveira), Tartarugator’s Dom Signori (Ricardo Perine, Luiz Paulo Neuwald e Mário Ulandowski) e Tartarugator’s Dom Aromas (Ozias Jr., Riti Garbelini e Renee Faletti). A equipe sagrou-se campeã do 1º turno com o time principal e ficou em 3º com o 2º time. No 2º semestre, ainda foi inscrito um 6º time – Tartarugator’s Hawk – para Edilson Bueno e Antônio Honesko. A melhor classificação final no 2º turno foi o 3º lugar do time principal. Com mais 11 vitórias obtidas pelos seus pilotos na temporada, a equipe soma agora 25 triunfos no campeonato.

Entre as equipes que estrearam em 2019, o melhor desempenho foi da BM Racing (Tido Olmedo, Elvira Cilka e Bruno Tarachuka), vice-campeã no 2º turno e 4ª colocada no 1º, com 4 vitórias no ano. A AFJ, de Fabio Jr., Otto Jr. e Alberi Carvalho, foi 9º nos dois turnos em 2019. Em 2020, Fabinho e Otto mudaram o nome para OOP Racing, substituindo Alberi por Bruno Ferrari no 1º turno, terminando em 8º, e Marco Mega no 2º, quando obteve sua primeira vitória e conquistou o 3º lugar no certame.  

A Dall’Agnoll Action Power, de Guarapuava, contou com Mauro Mondin, Mir e Emerson Dall’Agnoll, terminando em 13º e 14º lugar nos turnos, e obtendo uma vitória em casa. Foi a única temporada da equipe. A Koha Racing, de Bassám Hajar e Marcelo Kogik, se inscreveu na última rodada do 1º turno de 2019 e terminou em 13º no 2º semestre. Em 2020, foi penúltima no 1º turno e, no 2º, trouxe Bruno Tarachuka e terminou em 8º, seu melhor resultado. Em 2021, com a mesma formação, foi respectivamente 8º e 11º, conquistando três vitórias com Tarachuka. Em 2022, o estreante Denis Valente entrou no lugar de Tarachuka e deu mais uma vitória ao time, que terminou em 10º lugar nos dois turnos. A MM Racing, dos irmãos Maykoll e Michel Carvalho e Levi Fritz, ingressou no 2º semestre de 2019, concluindo em penúltimo lugar. Com seus pilotos participando de poucas provas, terminou também em penúltimo no 1º turno de 2020 e em último no 2º.

Apenas uma nova equipe surgiu em 2020. Gustavo e Gabriel Casa, de Florianópolis, inscreveram o OUZ Team, mas participaram somente da abertura, em Ingleses.

Em 2021, seis novas equipes foram formadas. Três delas participaram de toda a temporada: a Thunder Racing (Tiago Jordão e André Maschio) teve o melhor desempenho, com duas vitórias e 6º e 9º lugar nos turnos; a Bagrinho’S Kart (Amauri Maurutto, Alex Junior Mota e Mayckon Eckstein), que terminou os turnos em 10º e 11º lugar; e a Improváveis (Anderson Sgorlon, Guto Hass e Bruno Ortiz), 13ª e 10ª colocada nos turnos. Duas iniciaram bem o campeonato, mas desistiram já no início da jornada: a Cinco B (Bradley Gabardo, Brendon Gabardo e Maria Eduarda Cordeiro) fez dois pódios na primeira rodada e não participou mais; e a Schillos Racing (Leandro e Matheus Schillo) obteve uma vitória e pontuou muito bem nas duas primeiras rodadas, mas também não foi adiante. E outras duas participaram de quase todas as provas, mas muitas vezes com apenas um piloto na pista, com poucos resultados significativos: a Black Bull (Ricardo Perine e Tayrone Silva), 17º e 16º lugar nos turnos; e a Floripa Racing (Rodolfo Souza, Bruno Bogus e Rodrigo Almeida), 15º e 14º lugar nos turnos.

Das equipes que estrearam em 2021, apenas a Thunder e a Bagrinho’S seguiram ativas. A Thunder incluiu Luis Roberto no 1º turno de 2022, garantindo mais duas vitórias para o time, e depois substituiu-o por Diego Bettega. Terminou em 3º no 1º turno e 12º no 2º. Com a saída de Bettega, o time contou apenas com Jordão e Maschio no 1º turno de 2023, terminando em 9º lugar. Seus pilotos não correram no 2º turno. A Bagrinho’S começou a temporada de 2022 com dois times, incluindo Murilo Pereira, que não participou no 2º semestre e a equipe voltou à formação original. Terminou em 13º e 14º lugar nos turnos. Em 2023, inscreveu apenas um time para Amauri, Alex e Murilo, que obteve a única vitória da equipe na história. Os dois primeiros, no entanto, enfrentaram problemas pessoais e de saúde, e o time participou de poucas provas, terminando em penúltimo nos dois turnos.

Três novas equipes surgiram em 2022. Los 3 Karteiros, com Marcelo Tirisco, Gabriel Meister e Tadeu Feraso, foram 5º lugar no 1º turno; no 2º, teve só Tirisco na pista, terminando em 13º. Obteve uma vitória em cada turno, com Meister e Tirisco, e desapareceu com a reestruturação da Alfa Racing em 2023. A, de Anderson Pereira, inscreveu dois times, contando também com Anderson Sgorlon, Guto Hass, Riti Garbelini, Bruno Ortiz e Eduardo Hauffe, que nem chegou a correr, terminando o 1º turno em 12º lugar e o 2º em 11º. No 2º turno, Maurino Souza inscreveu a SRK Racing junto com Ricardo Perine e Clovis Ruchinski, classificando-se em 9º lugar. 

Em 2023, a Azulprime Tartarugator’s mudou sua denominação para Azulprime Racing Tartarugatours One e Two, substituindo Hauffe por Luis Roberto e incluindo Maurino Souza – este conquistou a única vitória para a equipe, que terminou os turnos em 8º e 10º lugar. Mais três equipes estrearam em 2023. A TPM Racing Team, com Elvira Cilka e Taís Souza, participou efetivamente só do 1º turno, terminando em 20º lugar, e com apenas Taís correndo em uma rodada do 2º turno, ficou em último. A Alligator’s Arm estreou no campeonato com Leandro e Matheus Schillo, e com uma vitória de cada um, foi vice-campeã. No 2º semestre, Gabriel Meister reforçou o time e, com suas 3 vitórias, levou a equipe ao título de campeã do 2º turno. A KartCam, outra forte equipe de endurance, fez sua primeira participação na RNK com 6 pilotos estreantes na Copa: Germano Pedroso, Helder Kill, Cesar Japs, Rodrigo Ribeiro, José Santos e Jefferson Silva. Com quatro vitórias ao longo dos dois turnos, foi 4º lugar no 1º e vice-campeã no 2º.

CANDY SHOP RNK TEAM

Trenzinho do Candy Shop RNK Team em ação nas 12 Horas do Beto Carrero – CEKI 2023. (Foto: RA Racing)

A RNK mantém, desde 2014, uma equipe para disputar provas de longa duração. O RNK Endurance Team participou, desde então, de 41 dessas competições. Em agosto de 2017, em parceria com o Fast Lap Kart Indoor, a equipe passou a ser designada Fast Lap/RNK Endurance Team, período em que obteve um de seus resultados mais expressivos, um 5º lugar e o pódio em uma das etapas do CEKI – Campeonato de Endurance de Kart Indoor –, organizado pela RA Racing no Kartódromo Beto Carrero.

O melhor resultado da equipe até então haviam sido dois 2ºs lugares, nos 200 km de Registro, em 2015, e nas 10 Horas de Matinhos, em 2016, onde também foi ao pódio com o 3º lugar. Ambos os eventos, porém, possuíam pouca relevância no cenário nacional e poucos concorrentes. Ironicamente, nas duas oportunidades, a equipe RNK perdeu a vitória devido a punições. Em Registro, recebeu a bandeirada em 1º, mas foi punida em 10 segundos por uma colisão a poucas voltas do fim quando Eduardo Johnscher disputava a liderança; em Matinhos, a equipe teve de efetuar uma parada de um minuto para cumprir uma punição devido a uma ultrapassagem forçada de Chico Johnscher sobre um retardatário.

Em 2017, chegou a liderar a maior prova de endurance do rental kart nacional – as 24 Horas Rental Kart de Interlagos – mas não teve consistência para se manter na disputa pela ponta, terminando apenas em 21º lugar. Em 2018, terminou o CEKI em 12º lugar dentre 67 equipes participantes, e as 24 Horas, em 19º.

Em 2019, a agência Candy Shop ingressou como patrocinador máster da equipe, cuja denominação passou a ser Candy Shop RNK Team, e obteve seus melhores resultados finais até aquele ano no CEKI – 9º lugar entre 75 participantes – e nas 24 Horas de Interlagos – 14º lugar entre 52 equipes.

Em 2020, com o cancelamento do CEKI devido à pandemia da covid-19, o time participou somente das 24 Horas Rental Kart, realizada pela primeira vez no Kartódromo Arena Itu, terminando novamente em 14º lugar.

Em 2021, depois de uma má estreia no CEKI, o time trouxe vários nomes de destaque no automobilismo nacional – como o multicampeão de kart Rick Rosin, o piloto da Stock Light Zezinho Muggiati, as promessas do kartismo nacional Luisinho Trombini e Dudu Araujo, os experientes Diego Fernandes e Cesar Santos, campeão brasileiro de kart de 2019 – e também teve o retorno de Nilton Rossoni, piloto que no passado obteve grandes conquistas nos EUA, e Jackson Gonçalves, detentor de vários títulos na Copa RNK. Também estrearam no time, entre outros, os talentosos Rafa Bin, Adriano Goulart, André Napoli, Luis Roberto Nunes Jr. e Bird Clemente Jr, além de um chefe de equipe fixo, Fabio Junior da Costa – o Fabinho, piloto da Copa RNK. Na estreia do novo manager, um comemorado P2 no CEKI e, na sequência, mais um pódio (P5) no mesmo campeonato. Nas 12 Horas, prova final do CEKI, entretanto, o resultado foi ruim e a equipe terminou o campeonato num modesto 11º lugar, enquanto na tradicional 24 Horas Rental Kart, novamente em Itu, também andou para trás, chegando em 19º. Um total de 31 pilotos pilotou para o Candy Shop RNK Team em 2021.

Em 2022, a equipe retomou o modelo anterior, sem seus “medalhões”, e entregou a chefia a Marjorie Johnscher, participando de quatro provas. As 24 Horas Rental Kart, disputadas novamente em Itu, onde obteve o 15º lugar, e as três etapas de 6 horas do CEKI – as 12 Horas foram canceladas logo após o início do evento devido às fortes chuvas e adiadas para março de 2023. A equipe terminaria o CEKI de 2022 novamente em 11º lugar. Um total de 30 pilotos guiou para o time naquele ano, com o retorno de Andrey Lima, Silvinho Morselli, e as estreias de Fábio Mathoso, Bibiano Jr., Samuel Morselli, Diego Bettega, entre outros.

Na temporada de 2023, a equipe trouxe o seu primeiro troféu das 24 Horas, um 6º lugar na categoria B, destinada aos karts que completaram a primeira metade abaixo do 30º lugar – estratégia deliberada previamente definida antes da prova. Com o kart principal, obteve o 19º lugar. No CEKI, a equipe conquistou sua melhor classificação final dessa fase Candy Shop e de sua história nesse campeonato, o 6º lugar entre 96 karts. Grandes nomes do kartismo nacional, como os irmãos Flaviano e Allan Ramos, reforçaram a equipe no CEKI, além do piloto da Alligator’s Gabriel Meister, que atuou nas 24 Horas. A equipe também abriu as portas para um personagem improvável nas pistas: Maximiliano Portocarrero, um piloto portador de TEA. Um total de 23 pilotos integrou a equipe em 2023.

Chico Johnscher compôs a equipe em 40 oportunidades, ausente apenas uma vez. Além dele, quem mais vestiu a camisa do RNK Endurance Team foram Eduardo Johnscher (33), Rodolpho Bettega (23), Carlos Feijão (18 vezes), Anderson Rocha (13), Marjorie Johnscher e Bruno Rocha (12), Mauro Mondin (11), Eugênio Westphalen, Denis Valente e Felipe Mathias (10), Andrey Lima e Diego Bettega (9), Kelvin Axel (8), Nito Ramirez e Tiago Jordão (7), Bruno Tarachuka, Fábio Mathoso e Marcelo Tirisco (6).

Com menos participações ao longo desses dez anos de endurances, já defenderam – alguns ainda defendem – o time da RNK os pilotos Rafa Bin, Marcos Martins, Gilmar Coleta, Nilton Rossoni, Fábio Mathoso, Adriano Goulart, Diego Fernandes, Rick Rosin, André Maschio, Juan Amazonas, Luis Roberto Nunes Jr., Lucas Procikievicz, Anderson Vieira, Emygdio Westphalen, Jackson Gonçalves, Claudia Cardozo, Daniel Silva, Tido Olmedo, Fabio Junior, Menyr Zaitter, Eduardo Bettega, Ricardo Rocco, Alessandro Trevisan, Phellip Carvalho, Matheus Cruz, Juliano Cunha, Luiz Brambila, Everson Calaes, Heitor Preto, Felipe Carneiro, Giovani Grigolo, Guilherme Rocha, Nabor Patzsch, Luciano Borges, Beto Carneiro, Diego Santos, Rafael Demmer, Silvio Morselli, Samuel Morselli, Kauê Pampuch, Edinho Marques, Marcelo Rosa, João Gomes, Pablo Gomes, Luis Trombini, Zezinho Muggiati, Cesar Santos, Dudu Ribeiro, André Napoli, Anderson Sgorlon, Fernando Vieira, Bird Clemente Jr., Cyro Bittencourt, Eduardo Navarro, Denis Oszika, Gabriel Bochneck, Gabriel Silva, Ivan Bilk, Claudio Ferreira, Guto Bertuol, Rafael Caetano, Maximiliano Portocarrero, Rod Becker, Flaviano e Allan Ramos.

RESUMO – AS EDIÇÕES ANTERIORES

I COPA RNK – 2012 – A SEMENTE GERMINOU

Resenha pós-prova. De macacão azul com a mão no peito, Cezar Zaitter, vencedor da primeira corrida da RNK. (Foto: Acervo)

A semente da Copa RNK foi plantada no dia 2 de dezembro de 2011, quando um grupo de ex-rallyzeiros liderado por Eduardo Johnscher promoveu a “Corrida de Kart dos Rallyzeiros”, no Raceland, reunindo 11 pilotos com o intuito de confraternizar.

Aquele foi o estopim para a criação da 1ª Copa RNK – Rallyzeiros no Kart –, que teve 10 etapas, oito disputadas no Raceland e duas previstas para São José dos Pinhais. O sistema de pontuação não previa descartes e era variável em função do número de participantes: numa prova com 15 competidores, por exemplo, o vencedor recebia 15 pontos. Da classificação geral, ainda se extraía a classificação por classes: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Além dos bônus pela pole e pela melhor volta – presentes até hoje no regulamento –, um ponto extra também era concedido a cada três participações consecutivas e mais três pontos eram acrescidos, no final do campeonato, aos pilotos que participaram de mais provas. Era a forma encontrada para incentivar a fidelidade dos pilotos, sendo o número de provas disputadas, inclusive, o primeiro critério de desempate. Também havia punição aos pilotos que se inscreviam e não compareciam, com a perda de dez pontos. As inscrições eram realizadas através da confirmação em eventos criados no Facebook.

O experiente campeão regional do Norte do PR, Cezar Zaitter, foi o vencedor da prova inaugural, no dia 31 de março de 2012, no Raceland, com 21 pilotos no grid. Curiosamente, foi a sua única participação na Copa.

Somente dois pilotos venceram mais de uma prova naquele ano: Eduardo Bettega (três) e Chico Johnscher (duas). Uma das vitórias de Bettega, entretanto, veio de uma excrescência do regulamento. A primeira das provas marcadas para São José acabou transferida para o Marumby Kart Indoor devido à forte chuva. Com 20 inscritos, os pilotos foram divididos, por sorteio, em três baterias e, de acordo com o regulamento, uma classificação única seria consolidada conforme o número de voltas e o tempo total de prova de cada piloto. O resultado final acabou causando estranheza, pois vários pilotos visivelmente mais lentos da última bateria acabaram na frente de outros mais rápidos da primeira. Foi só muitos meses depois que se descobriu que o tempo total de prova incluía o qualify e o tempo para formação do grid, o que tornaria impossível consolidar os tempos das três baterias. Mas era tarde demais, os resultados já haviam sido oficializados e Eduardo Bettega acabou obtendo a vitória por ter vencido a bateria cujos fiscais foram mais ágeis no alinhamento dos karts.

O campeonato chegou à última etapa praticamente decidido em favor de Chico Johnscher, que só precisava chegar em 8º para se sagrar campeão da 1ª Copa RNK. Acusado de ser beneficiado por ser mais leve, Chico, que já havia garantido o título entre os leves, largou com 16 kg de chumbinhos de tarrafa dentro do macacão e terminou em 3º lugar, garantindo o campeonato. Foi campeão com 148 pontos, contra 142 do vice Eduardo Johnscher, que venceu a prova derradeira, com muita chuva, fazendo a sua parte. Eduardo Bettega foi o 3º no campeonato, com 127 pontos. Na sequência, Rodolpho Bettega (119), Menyr Zaitter (87), Pedro Barbosa (87), Priscila Driessen (75), Marcelo Rosa (62), Rafael Vianna (56) e Bruno Vianna (56) completaram os dez primeiros.

Na classe A, o campeão Chico Johnscher foi seguido de Priscila Driessen, Marcelo Rosa, Eduardo Bettega e Rafael Vianna (sim, Rafael Vianna era leve…).

Na classe B, o campeão foi Eduardo Johnscher, seguido de Rodolpho Bettega (sim, o Rodo era pesado…), Menyr Zaitter, Pedro Barbosa e Eduardo Bettega, cuja variação de peso ao longo do ano fez com que pontuasse entre os pesados somente na primeira metade do campeonato.

Em sua primeira edição, o certame ainda não contava com premiação aos campeões nem aos vencedores das provas e não havia pódio. Participaram da temporada 45 pilotos, com uma média de 17 pilotos por etapa. A I Copa RNK também teve o menor grid de sua história. Disputada num feriadão, com chuva, em 13 de outubro, somente 12 pilotos largaram na 8ª etapa, vencida por Chico Johnscher. 

II COPA RNK – 2013 – VAI TER PRÊMIO

A 2ª Copa RNK introduziu a premiação para os melhores do ano e medalhas em todas as etapas. (Foto: Acervo)

A 2ª Copa RNK manteve o formato da primeira edição, mas aumentou para 12 o número de provas, uma por mês (9 no Raceland e 3 em S. J. dos Pinhais), e acrescentou outros dois pontos de bonificação: um para o vencedor e um para o piloto que mais ganhasse posições em relação à largada, o ponto por avanço existente até hoje. Também foi introduzido o critério N-2, com o descarte dos dois piores resultados, e criado o campeonato por equipes, que podiam ser formadas com até quatro pilotos e sua pontuação em cada etapa era tabulada pela média de pontos de seus integrantes, independentemente da participação de todos na prova. A mudança mais significativa, porém, foi a instituição de premiação para os primeiros colocados nas provas (medalhas) e no campeonato (troféus), para o que foi criada uma taxa de inscrição simbólica que compôs um fundo de recursos que permitiu, inclusive, a entrega de um brinde-surpresa aos pilotos na festa de encerramento: uma camiseta com a logomarca da RNK, prática que persiste até hoje.

O campeonato chegou à sua última prova já definido. Chico Johnscher conquistou o bicampeonato ao vencer a penúltima etapa, em São José, na prova em que Eduardo Johnscher, que já havia garantido o bi na classe B uma prova antes, protagonizou o acidente mais espetacular da história da RNK ao capotar seu kart.

Restava decidir o vice geral – Eduardo Johnscher e Marcelo Rosa chegavam à decisão empatados – e o título por equipe. Com a vitória, mais uma vez com chuva, Eduardo foi o vice, com 152 pontos, contra 164 do campeão Chico e 141 do 3º, Marcelo. Completaram os dez primeiros Bruno Vianna (122), Guilherme Szpigiel (110), José Revoredo (107), Rafael Vianna (105), Rodolpho Bettega (99), Eduardo Bettega (90) e Priscila Driessen (87).

Entre os leves, Chico Johnscher foi bicampeão, seguido de Marcelo Rosa, Bruno Vianna, Priscila Driessen e Fabio Knabben. Nos pesados, o bicampeão Eduardo Johnscher foi seguido de Guilherme Szpigiel, José Revoredo, Rafael Vianna e Rodolpho Bettega. A Johnscher Racing sagrou-se campeã entre as equipes, e o vice ficou com a Designers Racing, de Marcelo Rosa, Guilherme Szpigiel e Fabio Knabben.

A antepenúltima etapa da temporada ainda marcaria o surgimento daquele que seria chamado de Japa Voador no circuito da RNK e se tornaria um dos pilotos mais vitoriosos da Copa. Andrey Lima estreava com um 2º lugar no Raceland, em 12/10/2013. A exemplo da primeira edição, um total de 45 participou do campeonato, que teve também média aproximadamente igual de 16,8 pilotos por prova.

III COPA RNK – 2014 – SAINDO DE CASA

Em 2014, a Copa RNK abriu a temporada no Kartódromo Beto Carrero. (Foto: Acervo)

A terceira edição da Copa RNK trouxe muitas novidades. As principais foram a substituição do Kartódromo de São José dos Pinhais por três provas fora do Paraná – Beto Carrero, Joinville e Registro – e o estabelecimento de lastro mínimo (80 kg) para os pilotos do sexo masculino, extinguindo-se as classes A e B. Além disso, foi abolida a tomada de tempo nas provas realizadas em Curitiba, todas no Raceland, com a formação do grid invertido conforme a ordem inversa da classificação do campeonato, período em que Marjorie Johnscher foi “rainha da pole”, largando na frente em cinco das nove provas em que o sistema foi adotado. A última prova, denominada Corrida do Milhão, a exemplo da Stock Car, teve pontuação dobrada. Um bônus extra de três pontos passou a ser concedido nas provas fora de Curitiba, de modo a incentivar a participação, benefício dado também aos pilotos visitantes de fora de Curitiba nas provas realizadas no Raceland. O sistema de descarte passou a ser N-3.

Com a pontuação dobrada na última etapa, o campeonato chegou à decisão com sete pilotos disputando matematicamente o título. Para o líder Eduardo Johnscher, um 5º lugar garantiria a conquista independentemente dos resultados dos adversários. O vice-líder, o ainda pouco conhecido Andrey Lima, tornara-se a sensação do campeonato ao vencer quatro provas, mas precisaria levar todos os pontos possíveis: vitória, melhor volta e maior avanço em relação à posição de largada. E foi o que ele fez – não por acaso, recebeu naquele ano a alcunha de Japa Voador. O insuficiente, porém, para tirar o título de Eduardo, que com um 4º lugar ficou dois pontos à frente (166 x 164). Fabio Knabben, cujo desafio era o mesmo de Andrey, foi o 2º na prova e terminou em 3º na classificação final, com 156 pontos. Chico Johnscher (141), Eduardo Bettega (140), Marcelo Rosa (127), Priscila Driessen (116), José Revoredo (115), Carlos Feijão (114) e Guilherme Szpigiel (113) completaram os dez primeiros.

Entre as equipes, inverteu-se o resultado do ano anterior: a Designers Racing foi campeã, e a Johnscher Racing, vice.

A 3ª Copa RNK registrou o menor número de participantes da história – somente 36 pilotos competiram, com média de 16,3 por etapa. Duas delas tiveram apenas 13 pilotos no grid: a Corrida do Milhão e o GP #fodaçeacopa, no dia 28 de junho, que coincidia com a partida Brasil x Chile pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Uma semana antes, ainda sem a confirmação da classificação brasileira, e ainda como um torneio sem pretensões, o site da RNK noticiava a confirmação da prova: “Questionado sobre o risco de esvaziamento do grid em função do evento da FIFA, o dirigente Eduardo Johnscher menosprezou: ‘Quem prefere futebol a automobilismo que fique em casa enrolado no cobertor’, ironizou o piloto”. ‘A verdadeira copa é a RNK’, exultou seu companheiro Chico Johnscher.”

IV COPA RNK – 2015 – MULHERES NO TOPO DO PÓDIO

Dobradinha feminina com Marjorie Johnscher e Priscila Driessen na Corrida do Milhão em 2015. (Foto: Acervo)

A adoção de pontuação fixa (25 pontos para o vencedor, 23 para o 2º colocado, 22 para o 3º e assim sucessivamente) foi a mudança mais significativa no regulamento de 2015. Além disso, abandonou-se o grid invertido nas etapas de Curitiba, extinguiram-se os pontos extras aos “visitantes” e reduziu-se para um o ponto extra aos pilotos que participaram de todas as etapas. Mesmo assim, mantido o ponto extra para cada sequência de “tripla presença”, a assiduidade ainda tinha grande peso na pontuação final. O regulamento trazia, ainda um artigo bastante curioso: “Os pilotos que utilizarem macacão e capacete fornecido pelo kartódromo deverão providenciar identificação personalizada, que deverá ser disposta nas costas ou na parte posterior do capacete”, sob pena de receber somente “metade dos pontos a que teria direito naquela etapa”, punição que foi aplicada 14 vezes.  

Devido à crescente insatisfação com as condições dos karts no Raceland, metade das provas foi marcada para fora do Paraná. Além dos kartódromos que já haviam sediado a RNK no ano anterior (Beto Carrero, Joinville e Registro), Indaial e Balneário Camboriú entraram no calendário, enquanto Registro ganhou mais uma etapa.

A abertura da temporada, marcada para o Beto Carrero em janeiro, porém, não poderia ter sido mais frustrante. Na véspera da prova, com mais de 20 pilotos inscritos, os responsáveis pelo kartódromo comunicaram que haveria, com muita sorte, no máximo dez karts em condições de uso. Dois ou três pilotos desistiram de participar, e a solução encontrada foi dividir a etapa em duas baterias eliminatórias, que classificariam dez pilotos para uma final – e somente esta valeria pontos para o campeonato. Realizadas as duas classificatórias, com bastante atraso e os karts em frangalhos, alguns pilotos se amotinaram e se recusaram a realizar a bateria final, exigindo que fossem computados os pontos referentes às duas baterias preliminares. Alguns pilotos, contudo, não aceitaram – entre eles Chico Johnscher – alegando que seriam prejudicados pois, “com o regulamento na mão”, correram apenas o suficiente para se classificar para a final, sem a preocupação de vencer a eliminatória. A Organização optou, então, pela realização da bateria final com os pilotos remanescentes e decidiu que a etapa não contaria pontos para a Copa. Novamente houve rebelião e, em consenso (mas não muito), acabou sendo validado o melhor resultado obtido por cada piloto.

Dali pra frente, entretanto, o campeonato transcorreu perfeito e acirradíssimo, registrando-se sensível aumento no total de participantes (47) e na média de pilotos por etapa (17). A 2ª etapa do campeonato – o GP Sébastien Loeb, realizado no Raceland em 28/02 – bateu o recorde de pilotos em pista até então, com 22 karts no grid. A prova teve ainda a estreia do primeiro piloto a participar da RNK sem a “apresentação” de algum errenekazeiro. Curiosamente, Ricardo Rocco buscava no Google o Regulamento Nacional de Kart e foi direcionado à página da Copa RNK, se interessando pelo campeonato. Ainda que de forma discreta, a Copa RNK começava a ter visibilidade e, aos poucos, outros pilotos oriundos de outros campeonatos passaram a demonstrar interesse e correr em algumas etapas de forma isolada. Naquele ano ainda, em 15 de outubro, foi criado o Conselho Deliberativo da RNK com o intuito de descentralizar as decisões referentes ao campeonato, então concentradas nas mãos de seus idealizadores Eduardo e Chico Johnscher. O Conselho era formado por um piloto de cada equipe: Chico Johnscher, Andrey Lima, Marcelo Rosa, José Revoredo e Bruno Vianna.

Até a metade da temporada, Chico e Eduardo Johnscher disputaram palmo a palmo o topo da tabela e tudo indicava que, mais uma vez, o título ficaria nas mãos de um deles. Andrey Lima, porém, depois de ficar de fora em duas etapas, fazia um campeonato consistente, subindo ao pódio em todas as etapas e chegando à última prova na liderança, com 12 pontos de vantagem sobre o vice-líder Eduardo Johnscher e 13 sobre o 3º, Fabio Knabben. A essa altura, Chico caíra para 5º, atrás também de Marcelo Rosa. Eram os únicos que ainda tinham chances, ainda que meramente matemáticas, de chegar ao título.

Na Corrida do Milhão, o Japa correu com o regulamento na mão e fez pouco mais que o suficiente. Chegando em 5º, sem correr riscos, sagrou-se campeão com 235 pontos, 11 à frente do vice Fabio Knabben. Marcelo Rosa foi o 3º com 213 pontos, enquanto Eduardo Johnscher colhia seu pior resultado no ano (13º), despencando para o 4º lugar com 211, e Chico Johnscher terminava em 5º, com 202. A surpresa ficou por conta de Marjorie Johnscher, que marcou a pole e venceu a prova, alcançando a 6ª posição no campeonato, com 195 pontos. Era a primeira vez que uma mulher subia ao topo do pódio na RNK, tendo ainda a companhia de outra mulher, Priscila Driessen, na 2ª colocação, formando uma dobradinha feminina. Marjorie ainda levaria o Prêmio Maneco Combacau, instituído naquele ano para o piloto que mais posições conquistou em relação ao grid de largada ao longo do campeonato. Completaram os dez primeiros na classificação final Carlos Feijão (192), Eduardo Bettega (188), Ricardo Rocco (187) e José Revoredo (162). Um novato que começava a chamar atenção ganhando três provas, mas abandonara o campeonato no terço final, foi o 11º colocado. Seu nome era Luiz Otávio Brambila.

Entre as equipes, o título voltou para a Johnscher Racing, ficando o vice-campeonato para a Race 4 Fun – futura RBR – composta então por Andrey Lima, Carlos Feijão, Eduardo Bettega e Menyr Zaitter.

V COPA RNK – 2016 – HORA DE DECIDIR: CRESCER OU DEFINHAR

A primeira Superfinal, em Interlagos, agora com champagne no pódio. (Foto: Clayton Medeiros)

No 2º semestre de 2015, a RNK já despertava o interesse de pilotos de fora do grupo, e muitos dos seus integrantes começavam a participar de outros eventos importantes e algumas provas de endurance. Esse intercâmbio colocou a RNK diante de um dilema: continuar um discreto e fechado campeonato entre amigos ou abrir as portas, crescer e, sobretudo, se tornar mais sério e concorrido.

A decisão ficaria a cargo do recém-criado Conselho Deliberativo, que em sua primeira reunião formal decidiu pela expansão, visando tornar a Copa mais atraente e competitiva, e promoveu a mais profunda alteração no formato da competição, que vigora até hoje: a divisão do campeonato em três fases – dois turnos semestrais classificatórios (cada um com seis etapas e N-1) e uma Superfinal (em rodada dupla) – valendo três premiações independentes – e o desdobramento das etapas em duas ou mais baterias adaptando-se à relação número de pilotos/quantidade de karts disponíveis. De forma a priorizar o desempenho e valorizar mais as vitórias, foram extintos os bônus por participação e o número de participações como critério de desempate, e a pontuação passou a ser a atual, de 25 para o 1º, 22 para o 2º e 20 para o 3º. Além disso, foi elevado o peso mínimo dos pilotos do sexo masculino para 90 kg e introduzido também o peso mínimo para as mulheres, este fixado em 80 kg. Nos kartódromos que não disponibilizavam barras de chumbo, esse limite era reduzido em 10 quilos. O formato da disputa entre equipes também mudou para o que existe até hoje, com o limite de três pilotos e somando-se em cada etapa as duas maiores pontuações de seus integrantes.

Fora das pistas, um novo site, com interface mais amigável e mais dinâmico, era colocado no ar.

As iniciativas surtiram efeito e a abertura da temporada, em Joinville, já batia o recorde de pilotos (23), número que seria superado na 3ª etapa, em São José dos Pinhais, que teve 27 pilotos. Com média de 19,3 participantes por prova, disputaram a 5ª Copa RNK 53 pilotos, 28 dos quais pela primeira vez, entre eles alguns nomes já conhecidos, como Samurai Sam e Wevverton Marques, e outros que se consolidariam no rental kart, como Bruno Rocha, Franciel Vivan, Anderson Rocha, Eugênio e Emygdio Westphalen.

O primeiro turno – Troféu Candy Shop – teve suas etapas desenvolvidas em Joinville, Matinhos, Registro, Indaial e duas em São José dos Pinhais.

Luizinho Brambila chegou à decisão, em S. José, com o título praticamente assegurado. Só Eduardo Johnscher tinha chances – remotas – de mudar o resultado, mas chegou em 7º, e o 6º lugar foi o suficiente para Brambila se sagrar campeão com 116 pontos. Bruno Vianna venceu e garantiu o vice-campeonato, com 108 pontos. Eduardo foi o 3º com 106, Rafael Demmer ficou em 4º com 104 e Chico Johnscher em 5º com 99. Completaram os dez primeiros Ricardo Rocco (97), Andrey Lima (96), Rafael Vianna (96), Feijão (95) e Kleber Borges (92). A RBR, com Feijão, Andrey Lima e Eduardo Bettega, foi a equipe campeã, ficando a Johnscher Racing em 2º.

O segundo turno – Troféu 82 Design – foi quase uma reprise do primeiro, mudando apenas o adversário de Luizinho na briga pelo título. Dessa vez, seu companheiro de equipe Rafael Demmer é quem lhe poderia roubar o troféu. Com provas em Joinville (duas), Beto Carrero, Indaial, Registro e a última no Raceland, Brambila foi o campeão com 114 pontos, contra 95 de Demmer. Chico Johnscher foi o 3º com 92, ficando Feijão em 4º com 87 e Marjorie Johnscher – que mais uma vez vencia a etapa derradeira – em 5º com 79. Completaram os dez primeiros na classificação: Franciel Vivan (77), Eduardo Johnscher (73), Anderson Rocha (72), Marcelo Rosa (70) e Rafael Vianna (70). A equipe TK Racing, recém-formada por Brambila, Demmer e Franciel, foi campeã e, novamente, a Johnscher Racing a vice.

A Superfinal foi disputada em rodada dupla no Kartódromo de Interlagos entre os 15 pilotos com melhor classificação nos dois semestres, sendo algumas desistências supridas pelos pilotos mais bem situados na sequência. Aos pontos conquistados nas duas provas da rodada dupla, somaram-se ainda pontos extras que cada piloto levou conforme sua classificação nos turnos (os 5 primeiros recebiam bônus de 25, 22, 20, 18 e 17 pontos em cada turno cumulativamente, e os demais, 15 não cumulativos), o que tornava praticamente impossível tirar o título de Luizinho Brambila, que levava 50 pontos de bônus. Rick Bull e Samurai Sam venceram as provas da Superfinal e nem mesmo a quebra do campeão na última bateria, quando liderava com tranquilidade, tirou dele o campeonato. Luizinho conquistou o terceiro título do ano e Chico Johnscher foi o vice-campeão, ficando à frente de Rafael Demmer pelos critérios de desempate. Rick Bull foi 4º e Samurai Sam 5º. Completaram a lista dos dez melhores do ano Eduardo Johnscher (vencedor do Prêmio Maneco Combacau), Rafael Vianna, Carlos Feijão, Alessandro Trevisan e Franciel Vivan.

Significativo, ainda, relembrar que em 2016 a Copa passou a contar, na metade da temporada, com cobertura fotográfica. No GP Sébastien Ogier, em São José dos Pinhais (11/06), um desconhecido fotógrafo que recentemente ingressara no mundo automobilístico em provas de rally, apresentava seu cartão de visita: Clayton Medeiros se tornaria o mago das lentes e patrimônio da RNK.

VI COPA RNK – 2017 – INICIANDO PARCERIAS

Numeração fixa para os pilotos foi novidade em 2017. (Foto: Clayton Medeiros)

A partir de 2017, a Copa RNK não sofreu mais nenhuma mudança drástica no regulamento, apenas ajustes pontuais. A 6ª Copa RNK introduziu duas rodadas duplas em cada turno, mantendo-se o mesmo número de seis provas em cada um, visando à redução de custos e viagens para os pilotos, e aumentou o número de descartes, que passou para o sistema N-2. Foi aumentado para 20 o número de vagas para a Superfinal, cujo sistema de bônus foi modificado para o que persiste até hoje, com os pilotos recebendo pontos equivalentes à sua pontuação em cada fase (25, 22, 20, 19, …). Os vencedores de cada bateria passaram a ganhar troféu em lugar da habitual medalha, e foi adotada numeração fixa para os pilotos em todo o campeonato, com placas presas na gravata do kart.

Para além do regulamento e das questões técnicas e desportivas, foi um ano de muitas novidades. A RNK começou a investir em visibilidade na mídia, tanto tradicional como digital. Uma parceria com o jornalista Juliano Cunha – que também acabaria se tornando piloto – abriu espaço para a Copa em programas de rádio e TV. A abertura do 2º turno, no Beto Carrero, contou com transmissão ao vivo da RA Racing – que também se tornaria parceira da RNK mais tarde – pelo canal da RNK no YouTube. E, de forma inédita, um kartódromo que não conta com karts de locação fez parte do calendário. Com estrutura montada pelo Fast Lap Kart Indoor, a última etapa do 2º turno foi realizada no desativado Kartódromo de Rio Negro.

Em números, esta edição teve o maior crescimento até então registrado, com 26,7 pilotos largando em média por etapa. O pequeno aumento no número total de pilotos para 58 mostrou, ainda, maior fidelidade ao campeonato, que teve menos desistências ao longo da temporada. Novamente foi batido o recorde de pilotos em uma prova, quando 36 largaram no encerramento do 1º turno – o GP Thierry Neuville, dia 10 de junho, no Kartódromo de São José dos Pinhais.

No primeiro turno, as rodadas duplas foram realizadas em Indaial e no Beto Carrero; as simples, em Joinville e São José dos Pinhais. Três pilotos chegaram à última prova, em São José dos Pinhais, embolados: Andrey Lima e Luiz Brambila, empatados, quatro pontos à frente de Oracildo Olmedo. Andrey Lima, depois de largar mal, fez uma prova espetacular e assumiu a ponta a poucos metros da bandeirada. Nem seria preciso vencer, porém. Tido foi apenas o 5º, e Luizinho, o penúltimo. O Japa foi campeão com 100 pontos, ficando Luizinho Brambila em 2º, com 97, e Tido Olmedo em 3º, com 91. Completaram os dez primeiros na pontuação Rafael Demmer (83), Ricardo Rocco (82), Eugenio Westphalen (81), Bruno Rocha (77), Alessandro Trevisan, Renato Braga e Carlos Feijão (todos com 75). Pela primeira vez na história, nenhum integrante da Johnscher Racing figurava entre os primeiros. A TK Racing conquistava mais um título também entre as equipes, cujo vice-campeonato foi para a 34 Racing, formada por Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga.

O segundo semestre teve rodadas duplas no Beto Carrero – com transmissão ao vivo da RA Racing – e no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, e rodadas simples em Joinville e Rio Negro, que fechou o 2º turno com o título já decidido. Luiz Brambila foi o campeão com 101 pontos. O vice-campeonato ficou nas mãos de Bruno Rocha, com 90 pontos, mesma pontuação do 3º, Rafael Demmer. Completaram os dez primeiros Marcos Martins (88), Chico Johnscher (84), Nito Ramirez (81), Andrey Lima (81), Felipe Carneiro (80), Franciel Vivan (77) e Felipe Fontana (75). A TK Racing obteve o terceiro título por equipe, seguida pela DuxShalon, de Anderson Rocha, Bruno Rocha e Marcos Martins.

Novamente em Interlagos, a Superfinal não contou com alguns dos classificados e postulantes ao título, e só 18 dos habilitados (pilotos com participação em pelo menos 6 das 12 etapas) participaram. E novamente Luiz Brambila ostentava larga vantagem em busca do título anual, confirmado com a vitória na segunda das duas provas – a primeira foi vencida por Bruno Rocha, o que lhe garantiu o vice-campeonato. Chico Johnscher foi o 3º, empatado com Marcos Martins e Renato Braga, mas favorecido por ter feito a melhor volta numa das baterias da Superfinal. Nesta ordem, Carlos Feijão, Eduardo Johnscher, Anderson Rocha, Eugenio Westphalen e Paulo Taylor, que ainda ganhou o prêmio Maneco Combacau, completaram a lista dos dez primeiros.

VII COPA RNK – 2018 – UM ANO DE RECORDES

A abertura da temporada de 2017, em Irati, contou com grid girls, em ação promocional da empresa de marketing esportivo WZ Comm. (Foto: Clayton Medeiros)

O sucesso da temporada anterior alcançou os objetivos traçados pelos organizadores para 2018, ano marcado por vários recordes. Um total de 78 pilotos participou do campeonato, com média de 44,5 por etapa, um crescimento de 67% em relação ao ano anterior – o maior já registrado na história da RNK.

Logo na abertura da temporada, em Irati – para onde novamente o Fast Lap Kart Indoor transferiu toda sua estrutura, inclusive montando lanchonete e alugando camarotes para familiares e espectadores –, foi registrado o novo recorde de inscritos, com 63 pilotos, que tiveram de ser divididos em cinco séries. Destes, 29 estreavam na Copa, entre eles nomes que ficariam marcados na história na RNK, como Jackson Gonçalves, Claudinha Cardozo, Marcelo Tirisco, Daniel Silva, Guilherme Medeiros, Everton Tonel, Marcelo Saito, Gilmar Coleta e António Keps. A eles ainda se juntariam ao longo do ano outros 13 estreantes, alguns dos quais se tornaram grandes vencedores, como Fábio Mathoso e Adriano Goulart. Das 39 baterias disputadas, 20 foram vencidas por pilotos que estrearam nesse ano.

Recorde também no número de equipes participantes, que de 6 a 9 nos anos anteriores, aumentou para 21 no 1º turno e 20 no 2º. Com a restrição de três pilotos por equipe, algumas equipes inscreveram mais de um time. O 34 Team, de Nito Ramirez, por exemplo, inscreveu 5 equipes. O regulamento também permitia o intercâmbio de pilotos entre os times de uma mesma equipe.

Nesta VII Copa RNK, todas as etapas se desenvolveram em rodadas duplas e foi retomado apenas um descarte (N-1) em cada turno. Prevendo o grande número de inscritos e a elevação do nível dos pilotos, o número de vagas para a Superfinal foi ampliado para 25. Ampliou-se, também, a premiação, substituindo-se as medalhas por troféus para todas as posições do pódio, e foram instituídos três novos prêmios: Super100 para o melhor classificado acima de 100 kg (Nito Ramirez), Destaque Feminino para a piloto mais bem classificada (Claudia Cardozo no 1º turno e Elvira Cilka no 2º) e Estreante do Ano (Daniel Silva). Luizinho Brambila ganhou o Troféu Maneco Combacau.

A segunda rodada também teve uma pista inédita para a Copa RNK, o Kartódromo Granja Viana, com duas baterias de 30 karts – outro recorde, que persiste até hoje – em cada uma das etapas. A rodada decisiva teve como palco o Kartódromo de Joinville. Andrey Lima era o líder, 3 pontos à frente de Samurai Sam e 5 à frente de Jackson Gonçalves. Na última prova, Andrey e Samurai cometeram erros e Jackson, com uma vitória e um 2º lugar na rodada dupla, conquistou o título de forma brilhante, totalizando 115 pontos. Andrey Lima foi vice com 108, Tido Olmedo o 3º com 100, mesmo número de pontos de Daniel Silva. Na sequência, completaram o Top 10 Kevin Bettio (99), Nabor Patzsch (96), Eduardo Johnscher (92), Samurai Sam (91), Claudia Cardozo e Bruno Rocha, ambos com 89 pontos. A RBR conquistou o título entre as equipes.

O 2º turno teve suas três rodadas respectivamente em Registro – novamente com a estrutura do Fast Lap Kart Indoor, que desta vez incluiu transmissão ao vivo –, Ingleses e Balneário Camboriú, aonde Fábio Mathoso chegou liderando o turno um ponto à frente de Daniel Silva, que acabou conquistando o título com 114 pontos, 3 à frente do seu rival. Andrey Lima foi o 3º com 101. Completaram os dez primeiros Nito Ramirez (98), Carlos Feijão (97), Everton Tonel (94), Tido Olmedo (93), Marcelo Saito (93), Felipe Carneiro e Everson Calaes, ambos com 91 pontos. O Fast Lap Racing Team sagrou-se campeão entre as equipes.

Na Superfinal, em Interlagos, Daniel Silva, Andrey Lima e Tido Olmedo carregavam o maior número de pontos de bônus, mas Daniel se envolveu em um acidente e desperdiçou a chance de brigar pelo título, que ficou com Andrey Lima, mesmo sem vencer nenhuma das baterias. Pela primeira vez desde que foi instituído o formato de turnos e superfinal, a Copa RNK tinha três campeões diferentes, dois deles conquistados por estreantes. Tido foi o vice-campeão e Daniel Silva o 3º. Completaram o Top 10 Eduardo Johnscher, Everton Tonel, Carlos Feijão, Luizinho Brambila, Bruno Rocha, Everson Calaes e Chico Johnscher.

VIII COPA RNK – 2019 – INVESTINDO EM COMUNICAÇÃO

O inédito Kartódromo do Jordão, em Guarapuava, recebeu a decisão do 2º turno de 2018, com a realização do GP RNK 100, a centésima prova da Copa. (Foto: Clayton Medeiros)

A envergadura atingida pela Copa RNK levou seus organizadores a dar mais um passo no planejamento estratégico de crescimento, buscando mais ares de profissionalismo. A decisão levou à contratação da WZ Comm, especializada em marketing automobilístico, para auxiliar na comunicação visual, gerenciamento das redes sociais e captação de recursos. As inscrições para as provas, que eram efetuadas através do Facebook, passaram a ser feitas diretamente pelo site da Copa RNK.

A primeira medida tomada foi uma premiação mais atraente. Para o campeão da temporada, foi criado um troféu de quase meio metro de altura, como os nomes de todos os campeões anteriores, que ficou exposto durante o ano todo no Fast Lap Kart Indoor. Além do troféu, o campeão – Jackson Gonçalves – recebeu como prêmio a participação nas 12 Horas Beto Carrero pelo Candy Shop RNK Team, sem custos para o piloto. Um evento pré-temporada foi organizado no Fast Lap Kart Indoor, o Torneio Start RNK, cujo ganhador – Juliano Cunha – também teve a oportunidade de guiar pela equipe oficial de endurance da RNK na primeira etapa do CEKI. 

Foram acrescidas, ainda, duas novas premiações: o Troféu Vintage, para o piloto acima de 50 anos mais bem classificado no campeonato, e o Troféu Old School, para o piloto com mais pontos dentre aqueles que estrearam na Copa RNK há mais de três anos e não obtiveram mais de três pódios na temporada anterior. O primeiro foi conquistado por Tido Olmedo nas três fases; o segundo, por Emygdio Westphalen no 1º turno e Eugenio Westphalen no 2º turno e Superfinal. As demais premiações especiais foram ganhas por Bruno Rocha (Maneco Combacau), Alessandro Trevisan (Super100 nas três fases), Elvira Cilka (Destaque Feminino no 1º turno) e Claudia Cardozo (Destaque Feminino no 2º turno e Superfinal). Bruno Tarachuka, que já mostrou suas credenciais ao vencer na abertura do campeonato, em Ingleses, foi o Estreante do Ano.

A segunda ação promocional foi a organização de três eventos de maior porte em conjunto com a APA Kart, organizadora do APA Challenge, campeonato de kart próprio, o que permitiu o intercâmbio de pilotos entre as duas categorias. O primeiro, na abertura da temporada, no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, incluiu uma ação social promovida pela APA Kart junto à comunidade da Vila União, vizinha ao kartódromo, recém-pacificada pela PM-SC, atraindo seus moradores para que participassem de diversas atividades lúdicas. As provas foram transmitidas ao vivo pelos canais da RA Racing no Facebook e YouTube e igualou-se o recorde anterior de 63 pilotos numa prova da RNK. O segundo evento conjunto foi desenvolvido na rodada seguinte, no Speedway Music Park, em Balneário Camboriú, e o terceiro, na abertura do 2º turno, no Beto Carrero.

Tecnicamente, apesar da manutenção do formato do campeonato, quatro mudanças significativas foram implementadas: 1) a adoção de peso mínimo de 90 kg independentemente de gênero; 2) a pontuação dobrada na Superfinal; 3) o sistema de composição das baterias na segunda prova de cada rodada, que deixou de ser feita pela classificação do campeonato, mas pela classificação da prova anterior, a primeira metade subindo para a série superior, e a segunda, descendo para a inferior; 4) a abolição da tomada de tempo na segunda prova da rodada, adotando-se o sistema de grid invertido em relação à primeira. Com exceção da última, todas foram definitivamente incorporadas nos regulamentos seguintes.

Como na temporada anterior, três rodadas duplas constituíram as duas primeiras fases: Ingleses, Speedway (Balneário Camboriú) e Interlagos no 1º turno; Beto Carrero, Joinville e Guarapuava no 2º. A Superfinal teve o número de vagas ampliado para 26 e, pela primeira vez desde sua implantação, saiu de Interlagos e foi para o Kartódromo Granja Viana.

O 1º turno chegou à decisão em Interlagos com boa vantagem para Luizinho Brambila na liderança, que se manteve após a primeira bateria. O improvável, contudo, aconteceu a menos de duas voltas do final da segunda bateria, quando o piloto disputava a liderança e já comemorava mais um título, mas teve um problema mecânico. O título acabou nas mãos de Bruno Rocha, com Anderson Vieira em 2º, Felipe Carneiro em 3º, Eduardo Johnscher em 4º e Jackson Gonçalves em 5º. Completaram os dez primeiros Bruno Tarachuka, Tido Olmedo, Guilherme Medeiros, Luiz Brambila e Everson Calaes.

No 2º turno, Bruno Rocha tinha tudo para ganhar novamente depois de vencer três das quatro primeiras provas, mas acabou abrindo mão da taça ao não participar da última rodada, em Guarapuava, devido a compromissos particulares. O favoritismo passou então para Jackson Gonçalves, que acabou traído por um kart pouco competitivo na última bateria. Luizinho Brambila conquistou o título, Jackson foi vice, e Tido Olmedo, 3º. Bruno Rocha ainda terminou em 4º, Eduardo Johnscher foi 5º e Bruno Tarachuka, Anderson Vieira, Adriano Goulart, Juliano Cunha e Andrey Lima completaram o top 10.

Na Superfinal, porém, a sorte voltou a sorrir para Jackson Gonçalves. Ao vencer a primeira prova no KGV, ele já reverteu a desvantagem de 4 pontos de bônus que favorecia Bruno Rocha e ampliou-a ainda mais na segunda bateria, vencida por Bruno Bogus, terminando 12 pontos à frente do principal adversário. Luiz Brambila foi o 3º na soma final, Tido Olmedo terminou em 4º e Bruno Tarachuka, o estreante do ano, em 5º. Completaram o top 10 Anderson Vieira, Eduardo Johnscher, Fábio Mathoso, Everson Calaes e Bruno Bogus.

Levantados todos os números da temporada, mais uma vez o recorde de pilotos foi batido: 90 no total e 47,5 por etapa, em média.

IX COPA RNK – 2020 – REFÉM DA PANDEMIA

A covid-19 e suas máscaras mudaram a cara da RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

A covid-19 ainda era só uma ameaça incerta quando a Copa RNK deu a largada para sua 9ª edição no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, no dia 14 de março de 2020. Com pouco mais de cem casos no país, a primeira vítima fatal seria confirmada três dias depois e, a partir daí, a pandemia mudaria a rotina dos brasileiros e da Copa RNK. O CEKI – campeonato de endurance do qual o Candy Shop RNK Team participa –, cuja abertura aconteceria na semana seguinte, viria a ser definitivamente cancelado.

Com as medidas de isolamento social, campeonatos esportivos de todas as modalidades foram interrompidos, autódromos e kartódromos, fechados, e pela primeira vez na história a RNK se viu obrigada a alterar as datas do seu calendário. O Kartódromo de Joinville foi um dos primeiros do país a se adequar às medidas sanitárias de contenção ao novo coronavírus e acabou servindo de palco para metade da fase classificatória.

Muitos pilotos que já haviam feito a inscrição para a temporada, temerosos, desistiram de competir e o grid despencou para trinta e poucos pilotos por prova. Mesmo assim, 71 pilotos participaram do campeonato, mas a média caiu para 36,8 por etapa, a marca mais baixa desde 2017, interrompendo o histórico de crescimento.

Quanto ao regulamento, as únicas mudanças dignas de nota foram a extinção da perda de 10 pontos por não comparecimento e o retorno do qualify em todas as provas, exceto a segunda prova da Superfinal, que manteve o grid invertido. Foram, ainda, extintos o Troféu Vintage e o Troféu Old School, enquanto os prêmios especiais para mulheres e acima de 100 kg deixaram de ser atribuídos em cada fase e passaram a ser anuais.

O site da RNK ganhou nova atualização, com um layout mais moderno e compatível com versão mobile, e uma nova parceria foi firmada, desta vez com o Canal RafaBin. O famoso youtuber e piloto virtual Rafa Bin, com algumas incursões no rental kart em provas de endurance no CEKI, participou de algumas provas produzindo vídeos de suas experiências no seu canal.

Assim como nas duas temporadas anteriores, 2020 teve três campeões diferentes, um deles inédito: Fábio Mathoso, que obteve o título anual depois de Andrey Lima e Jackson Gonçalves levarem o título do 1º e 2º turno, respectivamente. Mathoso também levou o Prêmio Maneco Combacau e, sem nenhum estreante se destacando, Júnior Cazu foi o Estreante do Ano mesmo com resultados inexpressivos. Claudinha Cardozo foi a Mulher do Ano e Niltinho Rossoni – com 4 vitórias na temporada – foi o melhor Super100.

Como nas duas temporadas anteriores, três rodadas duplas constituíram as duas primeiras fases: uma em Ingleses e duas em Joinville (estas em substituição a Guarapuava e Interlagos devido à pandemia) no 1º turno; Beto Carrero, Ascurra e Joinville no 2º. A Superfinal foi realizada no Kartódromo Arena Itu. Ascurra e Itu foram as novidades no calendário em 2020.

No 1º turno, Andrey Lima e Nilton Rossoni chegaram à decisão, em Joinville, separados por apenas dois pontos. Com a vitória de Rossoni e a melhor volta de Andrey na primeira bateria da rodada dupla, contudo, ambos partiriam para a prova decisiva com o mesmo número de pontos na tabela. Largando na segunda fila com o adversário num distante P8 no grid, bastava a Niltinho marcar o rival e companheiro de equipe para garantir o título. Andrey, porém, escalou o pelotão e o que se viu foi um pega alucinante entre ambos, que se alternavam na ponta curva após curva, numa das provas mais emocionantes da história da RNK. Na última volta, Lima e Rossoni dividiram curvas lado a lado até que este, sem espaço para fazer a tomada para a saída do miolo, acabou escapando e voltando, por fora do traçado, à frente de um pelotão de mais seis karts que havia se formado. Ocupando toda a largura da pista, os oito primeiros rasgaram a longa reta de chegada praticamente juntos, e a quadriculada confirmou o título para Andrey Lima, com 125 pontos. Niltinho (118) foi o vice, Fábio Mathoso (108) o 3º, Claudinha Cardozo (98) terminou em 4º e Luizinho Brambila (94) em 5º. Everton Tonel (92), Chico Johnscher (87), Bruno Rocha (86), Otto Jr. (82) e Anderson Rocha (80) completaram os dez primeiros. A RBR conquistou o título entre as equipes.

No 2º turno, também decidido em Joinville, a briga ficou entre Jackson Gonçalves e Fábio Mathoso, que também chegou dois pontos à frente do adversário. A vantagem, porém, foi revertida já na primeira bateria, quando Mathoso largou na última fila – ainda conseguiria chegar em 6º – e o rival venceu. O resultado se repetiu na segunda bateria, confirmando o título do Jack, com 125 pontos, e o vice-campeonato de Mathoso, com 110. Completaram o top 10 Andrey Lima (106), Juliano Cunha (104), Everton Tonel (102), Fabio Junior (101), Anderson Vieira (98), Rafael Demmer (98), Tido Olmedo (97) e Felipe Mathias (96). A Box 45 foi a equipe campeã.

Com os bônus das primeiras fases, a Superfinal em Itu tinha dois “japas” como principais candidatos ao título: Andrey Lima e Fábio Mathoso, com três pontos de vantagem para o primeiro. Rossoni, apesar do brilhante 1º turno, ficou de fora do 2º e tinha chances apenas remotas, assim como o campeão do 2º turno Jackson Gonçalves, que se dera mal no 1º. Andrey venceu a primeira bateria, pouco mais de um décimo de segundo à frente de Mathoso, e ainda fez o melhor avanço em relação à posição de largada. Com a pontuação dobrada, abria 11 pontos de folga e parecia ter o título assegurado. No grid invertido, ambos largavam na última fila para a prova decisiva, e bastava para Andrey marcar o adversário. Debaixo de muita chuva, contudo, Mathoso se deu melhor e não negociou ultrapassagens para escalar o pelotão, terminando em 2º – Nilton Rossoni venceu a prova com folga – enquanto seu rival chegava apenas em 8º. Fábio Mathoso conquistava, assim, seu primeiro título na RNK. Andrey Lima foi o vice-campeão, seguido de Nilton Rossoni, Jackson Gonçalves, Tido Olmedo, Chico Johnscher, Everton Tonel, Anderson Vieira, Eduardo Johnscher e Juliano Cunha.   

X COPA RNK – 2021 – RETOMADA DO CRESCIMENTO

Totens e premiação em pista mudaram o formato do pódio em 2021. (Foto: Clayton Medeiros)

Apesar de ter começado sob a sombra da segunda onda da covid-19 no Brasil, que atrasou em seis semanas o início do campeonato ao trazer mais uma bandeira vermelha com o fechamento do comércio e atividades não essenciais e obrigar, mais uma vez, a ajustes no calendário, a Copa RNK 10 Anos foi um sucesso e repleto de recordes.

Antes do fechamento, porém, ainda houve tempo para a realização, em fevereiro, do Festival RNK Rental Kart Park, com a entrega de prêmios da temporada anterior e a organização de um festival de kart, que teve como vencedor Diego Fernandes. O primeiro recorde foi batido já na primeira rodada do campeonato, com a participação de 73 pilotos no retorno do Kartódromo de São José dos Pinhais – agora sob a denominação Kart Park – ao calendário da RNK, que não tinha provas na região de Curitiba desde 2017. A pista de kart mais antiga do país ainda em atividade abrigaria também a rodada decisiva do 2º turno, que homenageou dois expoentes do kartismo e do rally paranaense, Enzo Scaletti e Alceu Colnaghi. As demais rodadas das fases classificatórias se desenvolveram em Ascurra, Interlagos, Joinville e Ingleses. Guaratinguetá foi a novidade no calendário, recebendo a Superfinal.

Se não houve novidades no regulamento e na forma de disputa, a X Copa RNK inovou na entrega de prêmios. O tradicional pódio foi substituído pela premiação em pista, logo após a chegada, com os pilotos enfileirando os karts em totens semelhantes aos utilizados na F1.

Mas voltemos aos recordes… Recorde também foi o número total de baterias (46) disputadas ao longo das sete rodadas duplas, o total de pilotos (99) que entraram na pista, a média de pilotos por etapa (48) e a quantidade de troféus entregues (255).

E quando, finalmente, foi dada a largada, Jackson Gonçalves venceu as quatro primeiras etapas – no Kart Park e em Ascurra – e conquistou o título do 1º turno, com 133 pontos. O vice-campeão Pablo Margeon também venceu quatro provas – uma no Kart Park, uma em Ascurra e as duas da última rodada, em Interlagos, terminando apenas dois pontos atrás, embora na primeira rodada, por ser estreante na Copa, tenha competido em séries inferiores e fugido do confronto direto com o campeão. Completaram o top 10 Andrey Lima (117 pontos), Fábio Mathoso (108), Fabio Junior (107), Diego Fernandes (105), Marcos Martins (104), Marcelo Tirisco (101), Emygdio Westphalen (100) e André Maschio (99).

No segundo turno, porém, Jack e Pablo disputaram diretamente e chegaram à decisão, em São José dos Pinhais – as duas primeiras rodadas foram em Joinville e Ingleses – separados por apenas um ponto, com vantagem para Margeon. Este, porém, foi traído logo na primeira prova da rodada, quando liderava, pelo rompimento do cabo do acelerador, que o obrigou a parar no box para trocar de kart e alijou-o da disputa pelo título. Repetiu-se o resultado do 1º turno, com Jack, Pablo e Andrey nas três primeiras colocações, com 121, 114 e 112 pontos respectivamente. Bruno Tarachuka foi o 4º com 111 pontos, mesma pontuação do 5º, Fábio Mathoso, seguidos de Anderson Vieira (105), Eugênio Westphalen (98), Eduardo Johnscher (97), Everton Tonel e Felipe Mathias (ambos com 96).

A Box 45, com Jackson Gonçalves, Fábio Mathoso e Karina Cardozo, conquistou o título por equipes nos dois turnos.

A Superfinal, no inédito Kartódromo 34 Guaratinguetá, trazia Jackson Gonçalves como favorito, não só pelos bônus que carregava (50 pontos), mas também pelo retrospecto ao longo do ano. Margeon, com 44 pontos de bônus, Andrey Lima (40) e Fábio Mathoso (37) eram os pilotos que lhe podiam fazer frente. A sorte, porém, não estava ao lado do Jack, que sem equipamento para disputar de igual para igual, viu o título escorrer pelas mãos. Mesmo sem vencer nenhuma das baterias, Fábio Mathoso sagrou-se campeão. Andrey Lima foi o vice, com Margeon em 3º, restando o 4º lugar para Jackson Gonçalves. Everton Tonel foi o 5º, Eduardo Johnscher o 6º e Bruno Tarachuka o 7º. Este chorou a perda de cinco posições em cada bateria – inclusive a primeira colocação numa delas – por falta de 200 gramas na pesagem final, que lhe custaram o 4º lugar na classificação final do campeonato. O top 10 teve ainda Fabio Junior, Tido Olmedo e Marcelo Tirisco.

Computados os pontos de todas as 14 etapas, as premiações especiais foram ganhas por Karina Cardozo (Mulher do Ano), Mayckon Eckstein (Super100), Pablo Margeon (Estreante do Ano) e Fábio Mathoso (Maneco Combacau).

XI COPA RNK – 2022 – MAIS RIGOR NAS PUNIÇÕES

Pilotos fiscais: de olho na pista, Chico Johnscher observa quem desrespeita os limites do traçado. (Foto: Clayton Medeiros)

Novamente sem mudanças no formato de disputa – dois turnos e Superfinal, sistema de pontuação, número de etapas, premiação –, a 11ª edição da Copa RNK padronizou algumas rotinas que já haviam sido testadas e agora foram definitivamente implementadas: a largada lançada (em movimento) e a atuação dos integrantes do Conselho na fiscalização das provas. Além disso, foi introduzida uma caução de R$ 100 para a interposição de qualquer recurso contra punições impostas pela Direção de Prova ou eventuais atitudes antidesportivas de adversários. O resultado foi um número recorde de punições aplicadas em pista (55) e quatro desclassificações.

Repetindo a experiência do ano anterior, foi realizada a premiação da temporada de 2021 e o 2º Festival RNK Rental Kart Park, desta feita vencido pelo bicampeão Fábio Mathoso, que, como prêmio, em parceria com a RA Racing, ganhou a inscrição para o Campeonato Catarinense de Kart Indoor.

E assim como no ano anterior, o Kart Park, em São José dos Pinhais, abriu o campeonato e encerrou o 2º turno. Ingleses, Beto Carrero (1º turno), Ascurra e Joinville (2º turno) completaram as fases classificatórias, enquanto Aldeia da Serra, na grande São Paulo, estreou no circuito abrigando a Superfinal. Ao longo de toda a temporada 99 pilotos – mesmo número do ano anterior – estiveram na pista, 27 deles participando pela primeira vez na RNK. A média de pilotos por etapa teve uma pequena redução para 44,6.

O estreante Luis Roberto Nunes Jr. venceu duas vezes na abertura e rivalizou com Fábio Mathoso na disputa pelo 1º turno, marcada pela polêmica de uma suposta manipulação do acelerador na rodada dos Ingleses por parte do bicampeão – manobra que não foi comprovada e, segundo o piloto, tratava-se de ajuste na posição do banco. Ambos chegaram à decisão, no Beto Carrero, separados por apenas dois pontos e o título foi definido em favor de Mathoso, por 129 x 120 pontos. Júnior Cazu (112) foi o 3º, Jackson Gonçalves (110), Gabriel Meister (107), Tido Olmedo (107), Everton Tonel (105), Guilherme Medeiros (99), Bruno Tarachuka (98) e Marcelo Saito (95) fecharam o top 10 e a Box45 Meta/FB (Fábio Mathoso, Guilherme Medeiros e Karina Cardozo) foi a campeã por equipes.

O 2º turno teve o retorno de Luizinho Brambila à Copa RNK, e o piloto sobrou na pista vencendo 5 das 6 etapas e totalizando 139 pontos, 22 à frente do vice-campeão, Junior Cazu. Mathoso (114), Claudinha Cardozo (111), Tido Olmedo (108), Lucas Monteiro (105), Emygdio Westphalen (102), Jackson Gonçalves (102), Eduardo Johnscher (91) e Bruno Tarachuka (90) completaram os 10 primeiros. A Tartarugator’s, que veio com três times, conquistou o título por equipes com o time principal (Brambila e Cazu).

Mathoso chegou à Superfinal em Aldeia da Serra com 3 pontos de bônus de vantagem em relação ao seu principal concorrente, Cazu. Ocupando posições intermediárias no grid da 1ª bateria, ambos terminaram fora do pódio – Eduardo Johnscher foi o vencedor – mas Cazu reverteu a desvantagem e lhe bastaria chegar à frente do adversário na bateria decisiva. Porém, após brilhante largada da antepenúltima fila, Cazu escalou o pelotão para vencer escoltado pelo companheiro de equipe Luiz Brambila. Mathoso foi o vice-campeão, sendo o top 10 completado por Jackson Gonçalves, Eduardo Johnscher, Tido Olmedo, Luis Roberto, Claudinha Cardozo, Luizinho Brambila, Guilherme Medeiros e Eugenio Westphalen.

As premiações especiais foram ganhas por Marcelo Saito (Super100), Claudia Cardozo (Mulher do Ano), Luis Roberto (Estreante do Ano) e Jackson Gonçalves (Maneco Combacau).

XII COPA RNK – 2023 – A MAIOR DE TODOS OS TEMPOS

77 pilotos participaram da abertura da Copa RNK 2023. (Foto: Clayton Medeiros)

Pelo 3º ano consecutivo, foi programada uma “pré-temporada” no Kart Park antes do início da Copa, contando com 62 pilotos divididos em duas categorias – 85 e 105 kg. Luizinho Brambila venceu o denominado Festival de Verão entre os leves, e Fabio Junior entre os pesados.

Novamente sem mudanças no formato de disputa – dois turnos e Superfinal, sistema de pontuação, número de etapas, premiação – a 12ª edição da Copa RNK superou todos os números anteriores em participação. Um total de 115 pilotos, média de 57,9 por prova, competiu na temporada que iniciou no dia 26 de fevereiro – domingo pós-carnaval – no Kartódromo Internacional Beto Carrero, com um número recorde de 77 pilotos inscritos. O cancelamento repentino do CKDA, um dos campeonatos de rental kart mais tradicionais do Paraná, fez com que muitos de seus pilotos migrassem para a Copa RNK, o que contribuiu para essa marca. Inicialmente sob um sol e calor infernais e depois sob intensa chuva, Germano Pedroso, José Lellis, Júnior Cazu, Luiz Paulo Neuwald, Leandro Schillo e Luizinho Brambila venceram as seis baterias da rodada. 

A 2ª rodada teve lugar no Kart Park, em São José dos Pinhais, novamente num domingo – 16 de abril – com 68 pilotos divididos em seis séries, com muita polêmica envolvendo a aplicação de punições aos pilotos que ultrapassavam os limites permitidos nas proximidades da área técnica diante da torre de cronometragem. Willy Ferreiro (duas vezes), Murilo Pereira, Helder Kill, Thiago Pilkel, Fábio Mathoso, Guilherme Medeiros, Anderson Vieira, Luiz Brambila, Cesar Japs, Eduardo Almeida e Matheus Schillo foram os vencedores do dia.

A decisão do 1º turno foi marcada para o Kartódromo de Nova Odessa, circuito inédito na RNK, no dia 3 de junho. Com 65 pilotos inscritos, as provas também foram marcadas por muitos lances ríspidos e conivência dos fiscais – desta vez do próprio kartódromo. Uma das baterias ainda teve uma queda de energia que deixou o kartódromo às escuras, provocando uma bandeira vermelha. Eder Perboni, Leandro Deves, Duddu Possebom, Ozias Júnior, Cazu e Luizinho Brambila foram os vitoriosos, e este sagrou-se campeão do 1º turno, com 133 pontos. Cazu, com 129, foi o vice-campeão, Matheus Schillo (também com 129) o 3º, Germano Pedroso (120) o 4º e Lucas Monteiro (113) terminou na 5ª colocação. Completaram o top 10 Eduardo Almeida (109), Leandro Schillo (108), Guilherme Medeiros (105), Tido Olmedo (98) e Luis Roberto (97). A Tartarugator’s L8 Energy foi a campeã entre as equipes.

O 2º turno, que teve o retorno de Gabriel Meister à Copa RNK, contou com as duas primeiras rodadas em Joinville. Na primeira, em 29 de julho, com 61 pilotos na pista, Jackson Gonçalves, Éder Perboni, Eduardo Almeida, Lucas Peck, Gabriel Meister e Cazu venceram. Na segunda, em 2 de setembro, 54 pilotos foram para a disputa de seis baterias debaixo de muita chuva, com vitórias de Anderson Vieira, Everton Tonel, Gabriel Meister, Maurino Souza, Eduardo Almeida e Diego Bettega.

A decisão do turno foi no Beto Carrero, dia 22 de outubro, com vitórias de Rafa Bin, Denis Valente, Gabriel Meister, Vinícius Kavilhuka, Anderson Vieira e Germano Pedroso. Gabrielzinho sagrou-se campeão com 127 pontos e Germano Pedroso foi o vice com 115. Diego Bettega (108), Cazu (105), Eduardo Almeida (98), Chico Johnscher (98), Anderson Vieira (97), Lucas Monteiro (97), Felipe Mathias (96) e Everton Tonel (94) completaram os dez primeiros. A Alligator’s Arm, com Gabriel Meister, Matheus e Leandro Schillo, conquistou o título entre as equipes.  

A Superfinal, em 18 de novembro, teve mais um palco inédito na RNK: o Kartódromo San Marino, em Paulínia-SP. Germano Pedroso e Cazu chegaram à decisão empatados com o maior número de pontos de bonificação. Germano venceu a primeira bateria e, mantendo-se à frente do rival na segunda, garantia o título até faltarem cinco voltas para a bandeirada, mas uma quebra o alijou da disputa. Gabriel Meister venceu a prova e Cazu conquistou o bicampeonato. Brambila foi o vice-campeão e para Germano Pedroso restou o 3º lugar no campeonato. Matheus e Leandro Schillo foram 4º e 5º respectivamente. Completaram o top 10 Lucas Monteiro, Gabriel Meister, Diego Bettega, Anderson Vieira e Guilherme Medeiros.

Diego Bettega levou o Troféu Super100, para os pilotos acima de 100 kg, Germano Pedroso foi o Estreante do Ano e também levou o Troféu Maneco Combacau, como piloto que mais ganhou posições durante o ano, e Marjorie Johnscher foi a Mulher do Ano mesmo sem ir à final, numa temporada em que as mulheres só foram três vezes ao pódio, em 5º lugar.