Honesko sai na frente na disputa pelo título do 2º turno

Antônio Honesko Jr. venceu o endurance individual que abriu o 2º turno da Copa RNK no Beto Carrero

Honesko foi o primeiro a ver a quadriculada no Kartódromo Beto Carrero.
08/08/2025 – Redação, com fotos de Igor PRS.

Disputado na manhã do último domingo (03), o 26º GP Beto Carrero inaugurou a 2ª fase da Copa RNK 2025. Desenvolvida no traçado 500 Milhas invertido – o mesmo que será utilizado na próxima etapa do CEKI –, a prova teve o formato de mini endurance, com uma hora de duração e uma parada obrigatória para troca de kart, que novamente foi o pesadelo de alguns pilotos.

Ainda antes da corrida, os pilotos foram surpreendidos por uma densa névoa que deixou a pista úmida e embaralhou o grid de largada, definido por uma superpole – uma única volta rápida para marcar tempo no qualifying. Quem se saiu melhor foi Marcelo Tirisco, que marcou o melhor tempo em 1’13”182, enquanto pilotos costumeiramente rápidos no quali ficaram do meio para trás.

Tirisco e Honesko pularam na frente quando baixou a bandeira, seguidos de Cazu e Emygdio Westphalen, mas ambos logo foram superados por Fábio Mathoso e Felipe Mathias – este em excelente largada saindo da 10ª posição no grid. No primeiro terço de prova, Honesko, Tirisco, Mathias e Mathoso se revezaram na ponta, enquanto outro pelotão – não muito distante – se formava promovendo mais uma acirrada disputa entre Cazu, Diego Bettega, Bruno Provensi, Eugênio Westphalen, Chico e Eduardo Johnscher – este em brilhante recuperação depois de largar em penúltimo. Dentre os que largaram na metade de cima, Emygdio, Gilmar Coleta e Éverton Tonel ficaram para trás.

Alguns minutos antes da janela de paradas, Felipe Mathias teve rompido o cabo do acelerador. Embora tenha conseguido levar o kart até os boxes, precisou aguardar a abertura da janela de paradas para efetuar a troca, perdendo tempo precioso que o alijou da disputa pela vitória. Com os boxes já abertos, melhor sorte tiveram Eduardo Johnscher, que quebrou a poucos metros da entrada dos boxes, e Eugênio Westphalen, que perdeu apenas 25 segundos mesmo abandonando o kart na Firewhip.

Efetuadas todas as paradas, Diego Bettega, um dos primeiros a realizar a troca, aparecia na ponta com surpreendente vantagem. Contudo, ele havia inadvertidamente batido no botão do cronômetro durante o procedimento e, perdendo a referência, acabou abreviando o retorno à pista em 18 segundos, o que lhe custou uma penalização de 6 voltas. Assim, Honesko assumia a liderança efetiva da prova – que não mais perderia – seguido de perto por Mathoso e Du Johnscher. Estes, embora tivessem cruzado em 2º e 3º, também foram penalizados – em uma volta – por parada não conforme.

Assim, o placar oficial apontava Cazu em 2º, Provensi em 3º, Chico Johnscher em 4º e Tirisco em 5º. Este, um dos últimos a efetuar a parada obrigatória, acabou sofrendo um grande undercut ao completar a “volta lenta” 20 segundos acima do tempo mínimo regulamentar de 5 minutos. Ambos ainda perderiam desempenho nas voltas finais, sendo ultrapassados por Thiago Gonçalves e Eugênio Westphalen, que completaram o pódio.


Campeonato

Com a pontuação dobrada referente à prova longa, mas sem levar nenhum ponto extra, Honesko é o líder do 2º turno, com 50 pontos. Cazu é o vice-líder, com 44, enquanto Bruno Provensi e Thiago Gonçalves, que conquistou o ponto extra – também em dobro – pela maior escalada (avançou 11 posições), dividem a 3ª colocação com 40 pontos. Completam o top 10 Tirisco e Eugênio (36), Thiago Vasconcellos (32), Mathoso e Chico (30) e Duddu Possebom (26).


Última volta

Além de Thiago Gonçalves, também receberam pontos extras Marcelo Tirisco (pole) e Fábio Mathoso (melhor volta).

Não foram apenas Bettega, Mathoso e Du os pilotos penalizados por erro de parada. Emygdio Westphalen e Gilmar Coleta também foram punidos em uma volta por parada em tempo até 3 segundos inferior aos 5 minutos regulamentares.

Mais uma vez, nenhuma punição disciplinar foi aplicada, tampouco reclamações de pilotos por condutas antidesportivas não observadas pelos comissários e direção de prova, desta vez a cargo de Gabriel KGV.

Preocupados com a baixa adesão ao campeonato – apenas 20 pilotos alinharam no grid nesta etapa –, os organizadores da Copa RNK já estão trabalhando no planejamento de 2026.

Com o objetivo de entender os principais anseios e expectativas dos pilotos, uma pesquisa está sendo realizada entre errenekazeiros e ex-errenekazeiros com espaço para sugestões e críticas. “Ano que vem o campeonato completa 15 anos, e queremos entregar a melhor edição possível para todos”, explicou Eduardo Johnscher, um dos idealizadores da Copa RNK. Até o fechamento desta edição, cerca de 60 formulários haviam sido coletados.

Traído por uma quebra poucos minutos antes da abertura dos boxes, Felipe Mathias preferiu aguardar na entrada do pit lane para fazer sua parada. A decisão se mostrou inteligente. Apesar de terminar em um modesto 14º lugar, a perda total acabou sendo de “apenas” uma volta e meia, prejuízo bem menor do que se tivesse efetuado uma parada extra.

Estreando na RNK e em provas de endurance, Fernando de Oliveira sofreu uma pane na volta de retorno do pit stop e precisou voltar a pé para o box e pegar outro kart. A volta de 5 minutos acabou se transformando em 10. A Copa retorna dia 30 de agosto para uma rodada dupla – duas etapas sprint – no Parque Kartódromo, em Joinville, contando mais uma vez com o apoio de Candy Shop, Azulprime Sul, Correta Redações e Acrílico Shalon, além da DMR Sports, que oferece uma inscrição no Desafio de Verão 2026 para o campeão da temporada.