Anuário – Copa RNK 10 Anos

Torneio que começou de forma despretensiosa como campeonato entre amigos, Copa RNK completa 10 anos batendo recordes.

Fábio Mathoso chegou ao bicampeonato na Superfinal da X Copa RNK em Guaratinguetá. (Foto: Clayton Medeiros)
25/02/2022 – Redação

Em 2021 a Copa RNK completou 10 anos de existência e entrou para a história do campeonato como a maior de todos os tempos. Apesar de ter iniciado sob a sombra da segunda onda da covid-19 no Brasil, que atrasou em seis semanas a etapa de abertura e obrigou, mais uma vez, a ajustes no calendário, a décima edição da Copa RNK foi marcada por recordes. O primeiro deles foi batido já na primeira rodada da temporada, com a participação de 73 pilotos no retorno do Kartódromo de São José dos Pinhais – agora sob o nome Kart Park – ao circuito da RNK. A pista de kart mais antiga do país ainda em atividade abrigaria também a rodada decisiva do 2º turno, que homenageou dois expoentes do kartismo e do rally paranaense, Enzo Scaletti e Alceu Colnaghi. As demais rodadas das fases classificatórias se desenvolveram em Ascurra, Interlagos, Joinville e Ingleses. Guaratinguetá foi a novidade no calendário, recebendo a Superfinal.

Se não houve novidades no regulamento e na forma de disputa, a RNK 2021 inovou na entrega de prêmios. O tradicional pódio foi substituído pela premiação na pista mesmo, logo após a chegada, com os pilotos enfileirando os karts em totens semelhantes aos utilizados na F1.

Mas voltemos aos recordes… Recorde também foi o número total de baterias (46) disputadas ao longo das sete rodadas duplas, o total de pilotos (99) que entraram na pista, a média de pilotos por etapa (48) e a quantidade de troféus entregues (255).

Os números acumulados em 10 anos de história totalizam agora 130 provas, 256 baterias e 302 pilotos em 3891 presenças no grid de largada, competindo em 17 pistas dos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Este anuário brinda o leitor com a retrospectiva da temporada 2021, diversas estatísticas e o ranking dos melhores pilotos que escreveram seus nomes nestes 10 anos de Copa RNK. Nossos agradecimentos aos parceiros Candy Shop, Correta Redações, Acrílico Shalon, Canal RafaBin, Dalba Engenharia e Jeovanne Motors.

VELHOS CAMPEÕES

Jack (82) levou os dois turnos classificatórios, mas Mathoso (01) foi o campeão anual pela segunda vez consecutiva. (Foto: Clayton Medeiros)

Jackson Gonçalves venceu seis das doze provas e conquistou os dois turnos das fases classificatórias, mas Fábio Mathoso virou o jogo na Superfinal para sagrar-se bicampeão em 2021. Assim, nenhum nome novo entra para a galeria dos campeões da Copa RNK, que tem ainda os nomes de Andrey Lima, Luizinho Brambila, Eduardo e Chico Johnscher, além de Daniel Silva e Bruno Rocha, estes apenas com títulos semestrais.

A história da Copa RNK começa em 2012. Chico Johnscher foi o bicampeão geral nas duas primeiras temporadas, cujo regulamento ainda dividia os pilotos em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Nas duas oportunidades, Eduardo Johnscher obteve o título dos pesados e Chico, o dos leves.

Em 2014, o campeonato passou a ser disputado em categoria única. Eduardo Johnscher foi o campeão naquele ano, ficando Andrey Lima com o título de 2015.

Desde 2016, o campeonato passou a ser disputado em três fases: dois turnos, cada um valendo um título semestral, e a Superfinal, compondo a classificação anual. Na primeira edição que adotou esse formato, Luizinho Brambila conquistou tudo.

No ano seguinte, Andrey Lima foi o campeão do 1º turno enquanto Luizinho conquistou o 2º e o bicampeonato geral após a Superfinal.

2018 foi o primeiro ano que teve três campeões diferentes: Andrey Lima conquistou o título anual depois de Jackson Gonçalves e Daniel Silva vencerem o 1º e o 2º turno respectivamente. Em 2019, Bruno Rocha venceu o 1º turno, Andrey Lima o 2º e Jackson Gonçalves conquistou o título máximo. Fábio Mathoso foi o campeão de 2020, depois de Andrey Lima e Jack Gonçalves vencerem os turnos.

Somados todos os títulos, Luizinho Brambila detém seis; Jackson Gonçalves, cinco; Chico Johnscher e Andrey Lima, quatro; Eduardo Johnscher, três; Fábio Mathoso, dois; Bruno Rocha e Daniel Silva, um.

ESTREANTES (PERO NO MUCHO) BRILHARAM EM 2021

Pablo Margeon: pela primeira vez na história da RNK, um estreante disputou diretamente o título. (Foto: Clayton Medeiros)

Nada menos do que 37 pilotos estrearam na Copa RNK em 2021 e elevaram o nível do campeonato, vencendo 15 das 46 baterias que compuseram o campeonato. E 25 deles figuraram pelo menos uma vez no pódio.

O experiente Pablo Margeon, ex-campeão mundial de kart indoor, venceu seis provas, disputou o título até o final e foi o Estreante do Ano. Seu irmão Roberto participou somente das quatro etapas no Kart Park, vencendo três delas. Diego Fernandes, outro piloto experiente que estreou na RNK em 2021, venceu duas. Gabriel Meister e Matheus Schillo também venceram na estreia, este último se tornando o piloto mais jovem a vencer na RNK, aos 14 anos. Thiago Jordão e André Maschio completam o grupo de estreantes vitoriosos.

Além de Pablo Margeon, que totalizou 347 pontos somadas as 14 etapas, as maiores somas entre os estreantes foram de André Maschio (237), Tiago Jordão (218), Anderson Sgorlon (199), Alex Mota (171), Mayckon Eckstein (170), Anderson Pereira (139), Ricardo Perine (139), Rodrigo Almeida (133) e Claudemir Luz (109).  

POUCAS MULHERES NO GRID

Karina Cardozo obteve os melhores resultados entre as mulheres em 2021. (Foto: Clayton Medeiros)

A exemplo das duas temporadas anteriores, a presença feminina no grid da RNK em 2021 foi baixa. Maria Eduarda Cordeiro foi a única cara nova entre as, agora, 26 mulheres que competiram na Copa, mas participou somente da rodada de abertura. Além dela, apenas quatro veteranas participaram da edição 2021, nenhuma delas com 100% de presença: Marjorie Johnscher, Elvira Cilka e Karina Cardozo. Esta, mesmo não comparecendo à Superfinal, teve o melhor desempenho do ano, com um total de 139 pontos, obtendo dois P3 e um P4 como melhores resultados. Elvira somou 138, com dois pódios de 5º lugar, e Marjorie, 135 sem ir nenhuma vez ao pódio.

Marjorie Johnscher, há três anos sem resultados expressivos, e Claudinha Cardozo, que ficou de fora em 2021 devido à maternidade, ainda rivalizam no melhor retrospecto histórico. Marjorie soma três vitórias, duas poles, três fast laps, 13 pódios e um Prêmio Maneco Combacau, concedido ao piloto que mais realiza ultrapassagens na temporada, obtido em 2015. Sua melhor classificação final em campeonatos é um 5º lugar no Troféu 82 Design, o 2º turno do campeonato de 2016. Claudinha conta com três vitórias, três poles, duas fast laps, 10 pódios e sua melhor pontuação é o 4º lugar obtido no 1º Turno de 2020. Além delas, Taís Alves é a única mulher que venceu na RNK, com uma vitória, uma pole e uma melhor volta obtidas em Registro (2018). Seu retrospecto, porém, é superado pelos pelos nove pódios, uma pole e duas fast laps de Elvira Cilka, nove pódios de Karina Cardozo e oito pódios e 3 fast laps de Priscila Driessen.

Com apenas 308 dentre as 3891 largadas nestes 10 anos, a representatividade feminina no grid da RNK diminuiu para 7,9%.

TEM VAGA PREFERENCIAL?

José Lellis é agora o piloto mais velho a vencer uma prova na Copa RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

É indiscutível que o avanço da idade diminui os reflexos e o arrojo, mas a maior parte dos velhinhos da RNK ainda briga frequentemente na frente. Em 10 anos de Copa, 38 dos 302 pilotos que competem ou já competiram passaram dos 50 anos de idade.

Nos resultados acumulados, Chico Johnscher é o idoso com melhor desempenho, conquistando o bicampeonato em 2013 aos 56 anos de idade, além de ter o maior número de vitórias, poles e fast laps entre os “mais experientes”. Ao vencer o 8º GP dos Ingleses no dia em que completou 63 anos de idade, em 2020, ele se tornou também o piloto mais velho a vencer na RNK. A marca foi batida em 2021, contudo, por José Lellis, também em Ingleses, onde venceu aos 64 anos, 7 meses e 21 dias.

Além deles, somente nove pilotos acima dos 50 anos venceram provas na Copa RNK: Cezar Zaitter, Rodolpho Bettega, Samurai Sam, Rick Bull, Marcelo Tirisco, Tido Olmedo, Clovis Casavechia, Pablo e Roberto Margeon. Confira no quadro a idade que tinham os 8 pilotos mais velhos quando venceram:

QUANDO SOBRA PESO…

Os mais de 100 quilos não impedem Rafa Bin de ir ao pódio. (Foto: Clayton Medeiros)

Com exceção das duas primeiras temporadas, em que houve, além da classificação geral, a classificação por categoria, a Copa RNK nunca dividiu os pilotos por peso. Mesmo naquelas duas edições, a pontuação era extraída da classificação geral para premiar também os pilotos acima e abaixo de 80 kg. Ao longo dos anos, o peso mínimo foi gradativamente elevado, até chegar aos atuais 90 kg, para ambos os sexos – houve um tempo em que a exigência se restringia aos homens.

A partir de 2018, criou-se uma premiação especial – o Troféu Super100 – para o piloto acima de 100 kg mais bem classificado, cujos vencedores foram Nito Ramirez em 2018, Alessandro Trevisan em 2019, Nilton Rossoni em 2020 e o estreante Mayckon Eckstein agora, em 2021.

Apesar da evidente desvantagem dos pesados, eles são presença frequente no pódio e somam 15 vitórias na história da Copa: cinco de Nilton Rossoni, três de Nito Ramirez e Alessandro Trevisan, e uma de Rafa Bin, Bruno Bogus, Clovis Casavechia e Rodolpho Bettega, este, em 2012, o primeiro superpesado – sim, o Rodo já pesou mais de 100 quilos – a vencer na RNK.

Nilton Rossoni foi o  Super100 de melhor desempenho na história. Em 2020, venceu quatro provas na temporada, foi o vice-campeão do 1º Turno e terminou o ano na 3ª colocação. Em 2021, nenhum piloto acima de 100 kg venceu.

…E QUANDO FALTA

Traído pela falta de alguns gramas, Tarachuka perdeu o P1 na Superfinal em Guaratinguetá. (Foto: Clayton Medeiros)

Quando o piloto não atinge o peso mínimo exigido, a penalização, desculpem o trocadilho, é pesada: a perda de cinco posições se a diferença for inferior a dois quilos e a queda para a última posição se a diferença for maior que dois quilos. Dentre as inúmeras vezes em que isso já aconteceu, duas confiscaram a vitória. Na mais recente, Bruno Tarachuka perdeu a vitória na 2ª bateria da Superfinal, em Guaratinguetá, pela falta de 400 gramas na pesagem após a prova. A punição acabou lhe custando também o troféu de 4º lugar no campeonato. Antes dele, Leo Castilhos e José Lellis, 1º e 2º no GP dos Ingleses em 2019, também tiveram confiscadas suas posições.

A 1ª GERAÇÃO

Dois fundadores da Copa RNK, em 2012: Feijão (13), em sua última participação no Kart Park na 1ª rodada de 2021, e Zaitter (55). (Foto: Clayton Medeiros)

Da geração que originou a Copa RNK, somente seis pilotos permanecem em atividade: Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher, Rodolpho Bettega, Andrey Lima e Menyr Zaitter – este, ainda, de forma esporádica. Ex-rallyzeiro, Edinho Marques foi atraído pelo conceito da Copa RNK e participou de oito provas entre 2012 e 2013, vencendo duas. Teve mais uma aparição avulsa no GP de Matinhos em 2016, e retornou com muita empolgação em 2020, mas desapareceu ao fim do 1º turno.

Carlos Feijão, até então o 3º piloto mais assíduo da RNK e presente desde a primeira temporada, não correu em 2020, ameaçou voltar em 2021 – mas participou somente da primeira rodada, no Kart Park – e parece agora ter aposentado as luvas definitivamente.

Muitos outros pilotos que fizeram história na RNK e costumavam frequentar o pódio ficaram no passado há mais tempo. Guilherme Szpigiel participou de 32 provas entre 2012 e 2015, com 11 presenças no pódio e três vitórias, duas delas em Registro, o que lhe valeu a alcunha de “Rei Gistro”. Abandonou a carreira após um acidente em Joinville na metade da temporada que se apresentava como a mais promissora para ele.

Fabio Knabben também deixou as pistas após 32 corridas e três vitórias. Foi um dos pilotos de melhor aproveitamento em toda a história da RNK, subindo ao pódio 24 vezes entre 2013 e 2016. Foi 3º colocado em 2014 e vice-campeão em 2015.

Bruno Vianna é um dos maiores talentos desperdiçados que já passaram pela RNK. Habilidoso e arrojado, venceu 4 das 42 corridas que disputou entre 2012 e 2018, subiu 18 vezes ao pódio e foi vice-campeão do Troféu Candy Shop, o 1º turno de 2016. Sem encarar a RNK como prioridade, correu ainda a primeira rodada de 2018, quando abandonou definitivamente as pistas.

José Revoredo foi um dos pilotos mais assíduos entre 2012 e metade de 2016, ausentando-se de apenas três etapas nesse período. Retirou-se no final do 1º turno de 2017, depois de  56 corridas sem jamais vencer.

A exemplo do irmão Bruno, Rafael Vianna nunca participou de todas as provas de uma temporada na RNK. Mesmo assim, é um dos pilotos com mais largadas (62) na Copa, com uma vitória e 17 pódios. Sua última participação foi no GP Beto Carrero, em 2019.

Marcelo Rosa compareceu a todas as provas desde a estreia em 2012 até o início de 2016, quando obteve sua primeira vitória no campeonato. Um imprevisto impediu-o de correr a etapa seguinte e, a  partir daí, passou a ser menos assíduo, abandonar certames na metade, até desaparecer depois de duas participações isoladas em 2019. Em 76 provas disputadas, venceu duas, subiu 28 vezes ao pódio e obteve dois terceiros lugares no campeonato, em 2013 e 2015.

Um dos pilotos mais vitoriosos da RNK, Eduardo Bettega venceu 8 provas entre 2012 e meados de 2016, quando se retirou das pistas. Voltou em 2018 para vencer pela última vez em Registro e encerrar a carreira definitivamente na RNK. Conquistou, em 55 provas, 9 vitórias, 23 pódios e realizou sua melhor temporada no ano de estreia, finalizando em 3º lugar na classificação geral.

Priscila Driessen foi sensação nas pistas entre 2012 e 2015. Embora não tenha vencido nenhuma prova, fez oito pódios, três fast laps e foi vice-campeã entre os leves na 1ª Copa RNK, fazendo valer a vantagem do pouco peso num período em que não se exigia lastro das mulheres. Seu melhor momento foi o 2º lugar na Corrida do Milhão em 2015, completando a primeira dobradinha feminina na Copa RNK na vitória de Marjorie Johnscher. Depois disso, mudou-se para Cascavel e abandonou a RNK. Esboçou um retorno em 2019, mas participou de apenas duas rodadas terminando sempre entre os últimos.

Kléber Borges estreou em 2013 numa prova isolada no Raceland. Em 2016 começou a competir regularmente, mas abandonou o campeonato de 2019 na metade. Em 37 provas disputadas, contabiliza duas vitórias e 12 pódios.

PRÊMIO MANECO COMBACAU

Primeira ganhadora do Prêmio Maneco Combacau, Marjorie Johnscher comemora no Raceland a primeira vitória feminina na RNK. (Foto: Acervo)

Duas premiações extras se tornaram tradicionais na Copa RNK e são sempre aguardadas com muita ansiedade. Uma delas é o Troféu Maneco Combacau, instituído em 2015 em homenagem a um dos ícones do kartismo brasileiro nas décadas de 1960-70 e vencedor da primeira corrida de kart realizada no país. O prêmio é concedido ao piloto que mais ganha posições em relação à sua posição no grid de largada somando-se todas as etapas do ano e foi instituído como forma de incentivar a combatividade mesmo quando as chances de vitória são menores. Frequentemente, entretanto, o grid invertido na Superfinal acaba favorecendo os melhores pilotos. Seus ganhadores foram Marjorie Johnscher (2015), Eduardo Johnscher (2016), Paulo Taylor (2017), Luizinho Brambila (2018), Bruno Rocha (2019) e Fábio Mathoso, o primeiro a receber o prêmio duas vezes (2020-21).

PÉ DE BREQUE

Rafael Vianna, o primeiro piloto a ter seu nome gravado no Pé de Breque. (Foto: Acervo)

A outra “premiação” nasceu de uma brincadeira despretenciosa em 2014, quando Marcelo Rosa foi “homenageado” ao final do campeonato com um certificado, assinado por todos os pilotos, atestando que jamais vencera uma prova.

No ano seguinte, foi instituído o Troféu Pé de Breque – o pé esquerdo de um tênis velho – dado ao piloto que mais sofreu ultrapassagens na temporada, “conquistado” por Rafael Vianna. A partir de então, o “troféu”, de posse transitória, foi oficializado e entregue, em votação simbólica, ao piloto que por alguma razão frustra expectativas ao final de cada semestre, e acabou se tornando um dos momentos mais esperados das premiações. Concedido a Eduardo Bettega ao final do Troféu Candy Shop, Eduardo Johnscher ao final do Troféu 82 Design, Chico Johnscher (1º turno de 2017), Carlos Feijão (2º semestre de 2017), Marcelo Rosa (1ª turno de 2018), Alessandro Trevisan (2º semestre de 2018), Nito Ramirez (1º semestre de 2019) e Elvira Cilka (2º semestre de 2019). Em 2020, com o adiamento das premiações devido à pandemia, só houve um contemplado, Marcos Martins. No 1º semestre de 2021, o “premiado” foi Anderson Rocha, que o passou à nova detentora do símbolo, Marjorie Johnscher.

CRESCIMENTO RETOMADO

O tamanho exato da Copa RNK em 2014. (Foto: Acervo)

A Copa RNK nasceu de forma despretensiosa em 2012, com o intuito de reunir mensalmente amigos oriundos do rally para manter contato e correr de kart. Assim se manteve até 2016, praticamente restrita a um pequeno grupo e pouco aberta a novos competidores. Isso fica claro no baixo número médio de pilotos por prova naquela época: 17 em 2012, 16,8 em 2013, 16,3 em 2014, 17 em 2015 e 19,3 em 2016.

Uma nova fase teve início em 2017, com um planejamento direcionado a um crescimento gradual e sólido, buscando aumentar tanto a quantidade de pilotos quanto o nível técnico do campeonato, mas sem perder de vista a essência que originou a Copa RNK: o clima amistoso e familiar do grupo. Com um crescimento de 38% no primeiro ano, 2017 registrou a participação de 26,7 pilotos, em média, em cada etapa. No ano seguinte o crescimento foi ainda maior (67%), atingindo a média de 44,5 pilotos por etapa, e 47,5 karts em 2019. Em 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus, essa tendência foi interrompida, e o número médio de participantes por etapa regrediu para 36,8.

O crescimento foi retomado em 2021, com o recorde de 48 karts em média por prova, número que seria ainda maior não fosse a limitação de 24 participantes na Superfinal.

OS MAIORES GRIDS

Trinta karts vão para a pista no KGV em 2018, o maior grid de largada na história da RNK. (Foto: Andressa Megiolaro)

Divididos em seis séries, 73 pilotos largaram na abertura da Copa RNK 10 Anos, no Kart Park, São José dos Pinhais, em 24/04/2021. Estava batido, com sobras, o recorde de participantes em uma única prova, que pertencia ao GP de Irati, na abertura do campeonato de 2018, e ao GP dos Ingleses, na abertura do campeonato de 2019, ambos com a presença de 63 pilotos.

Esses números, é claro, não retratam o número de pilotos simultaneamente na pista, pelas evidentes limitações dos kartódromos.

Até 2015, por exemplo, nenhuma bateria havia superado o grid da prova de estreia da Copa RNK em 2012, quando 21 pilotos alinharam para largar no saudoso Kartódromo Raceland Internacional. Esse número só seria superado na 2ª etapa de 2015, com o grid de 22 pilotos do GP Sébastien Loeb, também no Raceland.

Novamente a marca se manteve intacta por mais de três anos, até ser suplantada pelo grid de largada do GP Granja Viana, o maior da história da Copa RNK até hoje. No dia 12 de maio de 2018, cada uma das quatro baterias lá disputadas teve 30 karts na pista, número que dificilmente será batido.

POR ONDE ANDAMOS

Da esquerda para a direita, Franciel Vivan, Marcelo Rosa, Marjorie Johnscher, Ricardo Rocco e Luiz Brambila, no pódio em que a RNK se despediu do Raceland, em 2016. (Foto: Acervo)

Fora do calendário da Copa RNK desde 2016, o Raceland continua sendo o kartódromo que mais abrigou provas do campeonato, com a realização de 33 etapas.

Depois dele, os kartódromos mais utilizados são os de Joinville (SC), em 19 etapas; São José dos Pinhais e Beto Carrero (Penha-SC), em 11 etapas; Ingleses (Florianópolis-SC) e Interlagos (SP), em dez; Registro (SP), em sete etapas; Indaial (SC) e Speedway (Balneário Camboriú-SC), em cinco; Ascurra (SC) e Granja Viana (Cotia-SP), em quatro; Irati (PR), Guarapuava (PR), Itu (SP) e Guaratinguetá (SP), em duas. Mais três pistas sediaram o campeonato em uma única oportunidade: o Kartódromo de Rio Negro (PR), o 34 Kart Indoor, em Matinhos (PR), e o Marumby Kart Indoor, em Curitiba – este, o único circuito indoor a fazer parte do campeonato, devido ao remanejamento de última hora por conta da chuva que impediu a realização da etapa em São José dos Pinhais.

OS FANÁTICOS

Marjorie, Eduardo e Chico Johnscher, os recordistas de participações na RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

Chico Johnscher é o único piloto que participou de todas as 130 provas da história da Copa RNK. Eduardo Johnscher, cuja única ausência se deu na primeira rodada pós-início da pandemia, em 2020, soma 128 largadas. Marjorie Johnscher completa o trio da Johnscher Racing como a terceira mais assídua, com 109 participações, e Carlos Feijão, que só participou de uma rodada nos últimos dois anos, fecha o time dos quatro que superam 100 largadas, com 102 presenças.

Vale destacar ainda a participação de dois pilotos de safras mais recentes da RNK. Com 67 largadas, Marcos Martins chegou em 2017 e não ficou de fora de nenhuma prova desde então, assim como Everton Tonel, que estreou em 2018 e participou das quatro últimas temporadas completas.

No quadro abaixo, os 20 pilotos com mais largadas na RNK:

OS VENCEDORES

No Beto Carrero em 2015, a primeira de muitas vitórias de Luizinho Brambila. (Foto: Alex Zuotoski)

Até 2015, quatro pilotos – Eduardo Bettega, Andrey Lima, Eduardo e Chico Johnscher – monopolizavam as vitórias na Copa RNK, vencendo 31 das 46 provas até então disputadas, e apenas 12 pilotos diferentes haviam figurado no lugar mais alto do pódio. Naquele ano, vencendo três provas, um instável piloto começava a trilhar o caminho para se tornar o maior colecionador de vitórias na RNK: Luiz Otavio Brambila. Com a chegada de novos pilotos de alto nível e as provas sendo divididas em duas ou mais baterias, o cenário mudou e as vitórias começam a se diluir entre vários novos nomes. Em 2016, já surgiam 9 vencedores inéditos. Nos últimos quatro anos, 44 pilotos venceram sua primeira corrida na Copa RNK, enquanto até 2017, em seis temporadas, 34 pilotos diferentes haviam vencido. O número subiu para 50 em 2018 – o ano em que houve mais vencedores inéditos (16) –, 62 em 2019, 67 em 2020 e 78 em 2021, quando mais 11 pilotos registraram seu nome na galeria dos vencedores.

Luiz Brambila, mesmo com a participação em apenas uma rodada em 2021, segue como o piloto mais vitorioso, com 25 vitórias na Copa RNK. Os 10 pilotos que mais venceram na RNK estão no quadro abaixo, que tem Pablo Margeon como novidade, ao vencer seis provas em sua primeira temporada:

Luizinho impressiona também pelo aproveitamento, vencendo 37% das 68 provas que disputou, marca superada apenas por pilotos “aventureiros”, com participações isoladas na RNK. No quadro abaixo, os 10 pilotos com maior percentual de vitórias, considerando apenas aqueles com participação em pelo menos uma temporada completa:

OS REIS DO PÓDIO

Os reis do pódio Fábio Knabben e Andrey Lima em 2015, no Raceland. (Foto: Acervo)

Andrey Lima assumiu a liderança isolada no número total de pódios na Copa RNK, 68, deixando para trás Eduardo Johnscher, com 64. Em números proporcionais, porém, o melhor aproveitamento dentre os pilotos com pelo menos uma temporada completa na Copa – isto é, desconsiderando-se pilotos com presença eventual, o título de “rei do pódio” se divide entre Fabio Knabben, piloto que abandonou as pistas no início de 2016, mas até então havia subido ao pódio em 24 das 32 provas de que participou, e Daniel Silva, que foi ao pódio em 12 de 16 corridas que disputou entre 2018 e 2019.

Os quadros abaixo apresentam o Top 10 do pódio em números absolutos e o Top 20 em números proporcionais considerando, para efeito de padronização, as classificações até o 5º lugar, mesmo que em algumas provas a premiação só tenha sido concedida até o 3º posto e, em outras, o pódio comportasse até seis lugares.

OS MAIS EFICIENTES

Pablo Margeon terminou 8 das 14 provas que disputou entre os dois primeiros. (Foto: Clayton Medeiros)

O ranking dos melhores desempenhos é baseado na classificação média dos pilotos que participaram de pelo menos uma temporada completa. Andrey Lima liderou o ranking em todas as edições anteriores, mas agora foi superado por Pablo Margeon, que em sua primeira temporada na RNK cruzou a linha de chegada, em média, na posição 3,86. O quadro abaixo mostra os 20 melhores desempenhos históricos da RNK.

REI DA POLE

Brambila sai pela 19ª na pole em Ingleses, na sua única participação em 2021. (Foto: Clayton Medeiros)

Mesmo participando de apenas uma rodada em 2021, ninguém supera Luizinho Brambila no número de poles, acumulando um total de 19 largadas na primeira posição. Andrey Lima é o 2º com 15, ultrapassando Chico Johnscher,  com 14. Entre os maiores “poleiros” estão, ainda, Eduardo Johnscher e Jackson Gonçalves com 10 – este obteve seis delas em 2021 –, Fábio Mathoso com 9, Tido Olmedo, Eduardo Bettega e Rafael Demmer com 6 e Everton Tonel com 5.

Não são contabilizadas as largadas com grid invertido.

FAST LAP

Também nos Ingleses em 2021, mais uma volta voadora para Luizinho Brambila. (Foto: Clayton Medeiros)

Em voltas rápidas, então, Luizinho Brambila é ainda mais soberano, obtendo 22 fast laps ao longo da carreira na RNK. Seu seguidor mais próximo, Andrey Lima, tem 13. Eduardo Johnscher e Jackson Gonçalves têm 10, e na sequência aparecem Chico Johnscher (9), Fábio Mathoso (7), Bruno Rocha, Tido Olmedo e Anderson Vieira (6), Eugênio Westphalen, Fabio Junior e Bruno Vianna (5).  

ARTE NA CHUVA

Em Interlagos em 2021, Margeon deu uma aula de como guiar na chuva. (Foto: Clayton Medeiros)

Sem contar com pneus de chuva, o rental kart exige muita técnica, habilidade e capacidade de adaptação ao piso molhado, que muitas vezes muda de condição ao longo da prova. Nessas circunstâncias, alguns pilotos acabam se destacando, como foi o caso de Pablo Margeon, que venceu as duas baterias da única rodada com chuva em 2021, no Kartódromo de Interlagos.

Em 2020, também na única oportunidade em que choveu – na Superfinal, em Itu –, quem mostrou competência foi Nilton Rossoni, que liderava a primeira bateria quando seu kart apagou e a vitória ficou com Andrey Lima, um dos vencedores habituais na chuva, mas venceu com sobras a segunda.

Em 2019, choveu em três rodadas. No Speedway, em Balneário Camboriú, a chuva caiu pra valer nas três baterias da segunda prova do dia, com vitórias de Eugênio Fabian, Andrey Lima e Bruno Rocha. No Beto Carrero, ela veio de mansinho, mas foi só na última bateria da séria A que caiu torrencialmente e, mais uma vez, Bruno Rocha demonstrou sua habilidade de guiar no molhado. E por fim, em Joinville, a chuva só deu trégua até o finzinho da primeira bateria do dia; depois, foi um aguaceiro só e mais um show de Bruno Rocha – que na segunda largou de último pelo grid invertido para superar sem dó todos os adversários. Nas demais baterias, vitórias de Rodrigo Basquera, Jackson Gonçalves, Everson Calaes e Adriano Goulart. As vitórias em todas as suas quatro baterias na chuva naquele ano transformaram Bruno Rocha no novo rei da chuva.

Antes disso, o a alcunha pertencia a Eduardo Johnscher, que entre 2012 e 2014 obteve cinco de suas sete vitórias debaixo d’água, todas elas no Raceland. Além dele, apenas Chico Johnscher (duas vezes) e Andrey Lima (uma vez) haviam vencido na chuva.

Em 2015, nada de chuva, mas em 2016 ela caiu em duas rodadas: Registro, com vitória de Kleber Borges, e na rodada dupla da Superfinal em Interlagos, com vitórias de Rick Bull e Samurai Sam. Em 2017, a chuva esteve presente em Joinville e Florianópolis (em Rio Negro, apesar da intensa chuva antes da prova, durante as baterias a pista já estava praticamente seca) e nas seis baterias realizadas nessas condições, houve seis vencedores diferentes: Tido Olmedo, Eugênio Fabian, Bruno Rocha, Luiz Brambila, Rodrigo Araujo e Chico Johnscher.

Em 2018, a chuva só veio de verdade uma vez, novamente no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, com vitórias de Luiz Brambila nas duas baterias, Nito Ramirez, Daniel Silva, Bruno Rocha e Jackson Gonçalves.

No ranking da chuva, a liderança é de Bruno Rocha, com 6 vitórias, seguido de Eduardo Johnscher com 5. Andrey Lima, Chico Johnscher e Luiz Brambila têm três vitórias, Eugênio Fabian, Jackson Gonçalves e Pablo Margeon, duas.

AS VITÓRIAS MAIS FOLGADAS

Ninguém ainda superou o “boqueirão” que Chico Johnscher abriu sobro o 2º colocado no GP do Litoral, em 2016. (Foto: 34 Kart Indoor)

Chico Johnscher foi o único piloto na história da RNK a vencer com uma volta de vantagem, feito que protagonizou duas vezes. A primeira, sobre o companheiro de equipe Eduardo Johnscher em uma das baterias válidas pela segunda etapa da RNK, em 2012, no Marumby Kart Indoor. Mas, por ser um circuito indoor muito curto, a diferença representou pouco mais de 20 segundos. O maior “passeio” ocorreu no GP de Matinhos (20/02/2016), quando Chico abriu uma volta e meia – o equivalente a cerca de 50 segundos – em relação ao segundo colocado, Bruno Vianna.

Vitórias com mais de 30 segundos de vantagem só ocorreram em mais seis oportunidades, e três delas envolveram Chico Johnscher. No GP Ayrton Senna, disputado no Kartódromo Raceland em 26/04/14, ele venceu com 30,854s de vantagem sobre o 2º colocado, Menyr Zaitter. No mesmo ano, na primeira prova disputada em Registro (11 de outubro), foi a vez de Guilherme Szpiegel vencer de forma absoluta, abrindo 32,369s sobre o 2º, justamente Chico Johnscher. Em 21/10/18, no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, Luizinho Brambila venceu o piloto da Johnscher Racing por 30,230s, e Rodrigo Araujo abriu 45,868s sobre Julian Fontana.

Na Superfinal de 2018, em Interlagos, Bruno Rocha sobrou na pista e enfiou 32,434s sobre o 2º lugar, Anderson Rocha. E depois de duas temporadas em que raras vezes a diferença entre os dois primeiros chegou a 5 segundos, a abertura da 10ª Copa RNK, em 24/04/21, no Kart Park, teve Matheus Schillo abrindo 31,859s sobre o segundo colocado, Alex Junior Motta.

POR MILÉSIMOS

Roberto Margeon ultrapassa Guilherme Medeiros na última curva para registrar a 3ª vitória mais apertada da história da RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

Em dez oportunidades, a diferença entre os dois primeiros ao cruzarem a linha de chegada foi inferior a um décimo de segundo, praticamente impossível de ser distinguida no visual. Duas delas ocorreram na última rodada do 2º turno da última temporada, no Kart Park. Na primeira bateria do dia, Roberto Margeon ultrapassou Guilherme Medeiros na última curva da última volta, vencendo por 0,043s, a terceira vitória mais apertada da história. Um pouco mais tarde, Everton Tonel chegaria 0,069s à frente de Tido Olmedo, entrando também para o Top 10 das chegadas por menor margem. 

A menor diferença entre os primeiros colocados também aconteceu no  ocorreu no Kartódromo de São José dos Pinhais, em 11/06/16, no GP Sébastien Ogier, na vitória de Bruno Vianna sobre Andrey Lima por 0,036s. Exatamente um ano depois, na mesma pista, Andrey Lima superava Eugênio Fabian na última curva do GP Thierry Neuville para vencê-lo por 0,045s, a quarta vitória mais apertada do ranking, conforme mostra o quadro abaixo.

Há outras chegadas dignas de registro. Uma das mais acirradas, sem dúvida, foi a do 15º GP de Joinville, em 04/07/20, quando apenas 1,038s separou o 1º (Andrey Lima) do 8º colocado. A chegada mais emocionante em 10 anos de RNK, todavia, foi a registrada na bateria principal da abertura do campeonato de 2021, no Kart Park, quando o 2º colocado, Fábio Mathoso, superou Andrey Lima por ínfimos 8 milésimos de segundo.

Outra chegada das mais disputadas nem pódio valia e se deu na briga pelas últimas posições, no GP de Irati, abertura da Copa RNK de 2018, quando Paulo Cardozo superou Taís Alves por 0,020s e quatro karts – incluindo ainda Bruno Vianna e António Keps – chegaram separados por 0,150s.

FIM DO JEJUM

Depois de muita luta contra Marcelo Tirisco em Ascurra, Emygdio Westphalen (87) finalmente conseguiu sua primeira vitória na RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

A primeira vitória é sempre motivo de alívio. Para três pilotos, em 2021, ela veio logo na primeira participação: Diego Fernandes, Pablo Margeon e Gabriel Meister, todos veteranos das pistas, mas estreantes na Copa RNK. Outros dois pilotos venceram pela primeira vez também na primeira rodada, mas na segunda bateria: Roberto Margeon, outro veterano, e Matheus Schillo, de apenas 14 anos, o mais jovem vencedor na RNK. Mais seis pilotos venceram a primeira em 2021: Tiago Jordão e André Maschio – estreantes neste ano –,  José Lellis, Gilmar Coleta, Júnior Cazú e Emygdio Westphalen. Este “quebrou o recorde” de piloto que mais demorou para alcançar a primeira vitória, que só chegou em sua 51ª corrida.

O quadro abaixo traz os dez pilotos que mais largadas tiveram até ganhar pela primeira vez. 

JEJUM SEM FIM

Rodolpho Bettega e Menyr Zaitter, os pilotos há mais tempo na fila para a vitória. (Foto: Clayton Medeiros)

Para alguns pilotos, o jejum não acaba nunca. Menyr Zaitter é o piloto há mais tempo em atividade, participando desde a primeira temporada, sem nenhuma vitória nas 61 provas de que participou. José Revoredo deixou as pistas em 2017, depois de 56 participações sem jamais ter vencido. Além deles, os pilotos com mais participações sem vencer na RNK são Elvira Cilka (49), António Keps (48), Otto Jr. (40), Priscila Driessen (37), Bassám Hajar (36) e Mir Dall’Agnol (32).

Há, todavia, pilotos que, embora já tenham vencido no passado, também enfrentam longo jejum de vitórias. Rodolpho Bettega venceu sua única prova na 1ª Copa RNK, em 2012 e, de lá para cá, já são 76 corridas sem vitória. Juliano Cunha, depois de estrear com vitória no GP Thierry Neuville, em São José dos Pinhais (10/06/17), já soma 44 largadas longe do topo do pódio. Marjorie Johnscher, que obteve a última de suas três vitórias no Beto Carrero, em 2017, está há 43 provas na fila, e Marcelo Tirisco, cuja única vitória na RNK ocorreu em 2018, na Granja Viana, está há 30 provas sem vencer.

EQUIPES

A Box45 é a nova hegemonia entre as equipes, conquistando os três últimos títulos. (Foto: Clayton Medeiros)

O campeonato por equipes – denominado Desafio por Equipes – foi instituído somente na 2ª edição da Copa RNK, em 2013, e tem na Johnscher Racing uma das mais vitoriosas, apesar dos resultados discretos nas últimas quatro temporadas. Único time que mantém até hoje sua formação primitiva, com Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher, ostenta 23 vitórias, dois títulos (2013 e 2015) e três vices (2014 e os dois turnos de 2016). No 1º turno de 2017, obteve o 7º lugar, recuperando-se parcialmente com o 3º lugar no 2º semestre. Em 2018, terminou em 6º no primeiro semestre e em 4º no segundo; em 2019, 6º e 8º respectivamente; em 2020, 10º e 7º; e em 2021, 8º e 3º.

Durante os primeiros três anos de disputa, a equipe que mais rivalizou com a Johnscher foi a Designers Racing (Fabio Knabben, Guilherme Szpigiel e Marcelo Rosa). Foi vice-campeã em 2013, campeã em 2014 e 3º lugar em 2015, quando encerrou suas atividades. Acumulou quatro vitórias nesse período. Em 2016, Fabio Knabben criou a Bora Racing, com Ricardo Rocco e Rafael Demmer, que participou no 1º semestre obtendo uma vitória e terminando em 5º lugar entre seis participantes.

Criada no 2º semestre de 2016, a TK Racing, composta por Luiz Brambila, Rafael Demmer e Franciel Vivan, conquistou os três primeiros títulos que disputou (o segundo turno daquele ano e os dois de 2017). O favoritismo da TK Racing, contudo, virou pó com o abandono de Fran e Demmer, que participou apenas de uma rodada. Contando praticamente só com Luizinho no 1º semestre, a equipe que em sua breve história conquistou 13 vitórias na RNK terminou num modesto 17º lugar e abdicou de participar do 2º turno, cedendo seu principal piloto ao Fast Lap Racing Team.

Nas demais equipes, o histórico revela uma intensa “dança das cadeiras” e mudanças de nomenclatura.

A atual RBR surgiu em 2013 como SNA, formada por Carlos Feijão, Menyr Zaitter e Negão Lemos, terminando em último. No ano seguinte, substituiu Negão por Andrey Lima e ficou em 3º. Em 2015, mudou o nome para Race 4 Fun, trocou Zaitter por Eduardo Bettega e obteve o vice-campeonato. Em 2016, mais uma mudança de nome, agora para o – por enquanto – definitivo RBR, e conquistou o Troféu Candy Shop (1º turno da V Copa RNK). A contínua ascensão foi interrompida no 2º semestre daquele ano com o abandono de dois de seus pilotos. Contando apenas com a pontuação de Feijão, a equipe amargou o 5º e penúltimo lugar. Em 2017, manteve a formação obtendo o 3º lugar no 1º turno, embora Eduardo Bettega não tenha participado de nenhuma prova – o piloto seria substituído por Ricardo Rocco no 2º turno, e a RBR terminaria em 4º lugar. Em 2018, Eduardo Bettega retornou para o time no lugar de Rocco, e o manager Feijão inscreveu mais um time, incluindo na equipe Samurai Sam, Alessandro Trevisan e Everton Tonel, conquistando o título do 1º turno e o vice-campeonato do 2º. Em 2019, Vinicius Eduardo assumiu a vaga deixada por Samu Sam, mas o time não passou de um 8º lugar no primeiro turno e de um 5º no segundo. Recuperou-se em 2020, conquistando o título do 1º turno com a RBR Extreme (Andrey Lima e Nilton Rossoni) e o vice com a RBR Ultimate (Ale Trevisan, Everton Tonel e Felipe Mathias). Em 2021, a RBR inscreveu 4 times – RBR Black Label, Red Label, Blue Label e Green Label – com 12 pilotos: Andrey Lima, Everton Tonel, Diego Fernandes, Fabio Junior, Felipe Mathias, Marcos Martins, Otto Jr., Rafa Bin, Alessandro Trevisan, Carlos Feijão, Nilton e Allysson Rossoni, mas alguns deles nem chegaram a largar e outros competiram em poucas provas. A equipe obteve, com seus melhores “rótulos”, o vice-campeonato no 1º turno e o 5º lugar no 2º. Carregando o espólio de todo o seu passado, a RBR ostenta um cartel de 39 vitórias, o maior da Copa.

A Vianna Bros., dos irmãos Rafael e Bruno Vianna, foi uma das mais tradicionais enquanto existiu, embora sua melhor classificação tenha sido o 3º lugar em 2014. Em 2016, incluiu no time uma representante feminina, Isabel Costa, e passou a se denominar Vianna Bros. & Lady, obtendo também o 3º lugar no Troféu Candy Shop. Na metade do ano, suspendeu temporariamente as atividades, e Rafael Vianna formou, com Marcelo Rosa e Ricardo Rocco, a Scuderia Nelson Piquet, que participou no 2º semestre terminando em 3º lugar sem vencer nenhuma prova.  Sob o nome, simplesmente, de Scuderia – com os irmãos Vianna e Marcelo Rosa – o time retornaria em 2017 para terminar em último entre nove equipes participantes ao final do 1º turno. Na metade do ano, mais uma vez, Rafael Vianna declarou “forfait”. Em sua longa história, acumulou somente cinco vitórias.

A mais curiosa história entre as equipes da RNK talvez seja a criada por Rodolpho Bettega. Surgiu como βH Driessen, com Rodo, Eduardo Bettega, Dario e Priscila Driessen. Em 2015, Dario e Eduardo deram lugar a José Revoredo e Luiz Brambila, e o time passou a se chamar Zé Bedrilo. Em 2016, com a saída de Priscila, nova mudança de nome: Engspão. Na metade do mesmo ano, a equipe perdia o campeão Brambila, substituído por Alessandro Trevisan, mudando sua denominação para RAZ. Com a saída de Ale para a RBR em 2018, somente com Rodo e Zé Revoredo, que acabou nem correndo, a equipe passou a se chamar Zero Racing. Em 2019, o time mudou novamente de nome e formação: Root Team, com Rodolpho Bettega, Marcelo Rosa e Menyr Zaitter. Em treze campeonatos disputados, sete nomes diferentes, mas resultados pouco convincentes na tabela: um quinto e quatro quartos lugares na classificação final entre 2013 e 2016; 8º (penúltimo e último) nos dois turnos de 2017; 20º (penúltimo) e 18º (antepenúltimo) lugar respectivamente no 1º e 2º turno de 2018; e antepenúltimo (14º e 15º) nos dois turnos de 2019. Apesar das classificações inexpressivas, conquistou nove vitórias. Em 2020, Rodo não inscreveu equipe e, em 2021, retornou com a Équipe Racine (Equipe Raiz, na tradução para o português), com Menyr Zaitter e Clovis Casavechia, que nem chegou a correr, terminando em 16º e 15º em cada turno. Para 2022, Rodo já apresentou o novo nome do time: Zaitenberttega Team, incluindo Menyr Zaitter e Alexandre Freudenberg.

Das equipes que estrearam em 2017, a mais eficiente foi a 34 Racing, vice-campeã do 1º turno e 5º lugar no 2º turno daquele ano com Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga. Em 2018, sob a nomenclatura 34 Team, Nito inscreveu cinco times incluindo mais 12 pilotos: Elvira Cilka, Daniel Silva, Marcelo Saito, Marcelo Tirisco, Brenda Ramirez, Claudio Ferreira, Taís Alves, Fernanda Galvão, Lucas Chaves, Mallu Ribeiro, Leandro Lenartovicz e Diego Boriolo – os quatro últimos nem chegaram a correr. O melhor resultado final dentre as cinco equipes do time foi um 4º lugar no 1º turno e um 5º no 2º. Um desmanche no time ocorreu em 2019, que passou a ser denominado 34 Riders Team e contou apenas com Nito Ramirez, Clovis Casavechia e Renato Braga, terminando em 10º e 11º nos respectivos turnos. Não disputou o 1º turno de 2020 e, no 2º turno, veio como Alfa Racing, composta por Tido, Elvira e Tirisco, mas seu manager Clovis Casavechia perdeu o prazo para o registro e a equipe não pontuou na primeira rodada, terminando apenas em 11º. Em 2021, foi renomeada para AlfaMLK, que inscreveu dois times com Nito Ramirez, Marcelo Tirisco, Tido Olmedo, Elvira Cilka, Flávia Gavazzoni e Kauê Pampuch e terminou os dois turnos em 7º e 4º lugar, respectivamente. Somando todas as participações, a equipe acumula 15 vitórias.

A Kartbeer Racing, de Kleber Borges, Eugenio e Emygdio Westphalen, obteve o 4º e o 7º lugar respectivamente no 1º e 2º turno de 2017, foi 14º nos dois turnos de 2018 e, em 2019, passou a se chamar Covil Bier Racing, terminando os dois turnos em 7º e 10º lugar. Em 2020, Thiago Vasconcellos entrou no lugar de Kléber Borges e o time terminou em 5º e 6º lugar no 1º e 2º turno respectivamente. Em 2021, com a mesma formação, teve seu melhor resultado, o 3º lugar no 1º turno, fechando o 2º turno em 7º. A equipe contabiliza cinco vitórias.

A DuxShalon RT surgiu em 2017 com Anderson Rocha, Bruno Rocha e Rodrigo Metz, este substituído depois por Marcos Martins, obtendo o 5º lugar no 1º turno e o vice-campeonato no 2º, totalizando quatro vitórias. Em 2018, perdeu Bruno Rocha, entrando em seu lugar Renee Faletti, que acabou participando de apenas uma prova. A equipe terminou o 1º turno em 11º lugar e acabou absorvida pelo Fast Lap Racing Team. Mesmo destino teve a Cacaca Sprint (Felipe Carneiro, Beto Carneiro e Everson Calaes), 6ª colocada nos dois turnos de 2017 com uma vitória. Em 2018, com a substituição de Beto Carneiro por Felipe Fontana, outro que só participou de uma prova, o time mudou a nomenclatura para Kamikaze Team, terminando o 1º turno em 9º lugar, e também foi absorvida pelo Fast Lap.

O Fast Lap Racing Team, aliás, inauguraria uma nova era hegemônica entre as equipes da RNK. O time estreou no 1º turno de 2018 com Bruno Rocha, Nabor Patzsch e Juliano Cunha, terminando em 3º lugar. No 2º turno, inscreveu mais dois times, com mais cinco pilotos vindos de equipes adversárias – Luiz Brambila, Felipe Carneiro, Everson Calaes, Anderson Rocha e Marcos Martins – além de Heitor Preto e Fernando Henrique Gonçalves, saindo Nabor, que não correu no 2º semestre. O resultado veio com o título de campeã do 2º turno. Em 2019, Heitor Preto deu lugar a Priscila Driessen no 1º turno e Mauro Mondin no 2º, conquistando os títulos dos dois turnos com o Fast Lap Racing Pro, além do vice e do 3º lugar com  Fast Lap Racing GT. Em 2020 inscreveu dois times, contando com Bruno Rocha, Marcos Martins e Rafael Demmer no Fast Lap Racing GT e Rafa Bin, Luiz Brambila e Anderson Rocha no RafaBin Fast Lap, que obteve o vice-campeonato no 1º turno. No 2º turno, o time remanejou internamente seus pilotos: o Fast Lap Racing GT ficou com Bruno Rocha e Marcos Martins, enquanto o RafaBin Fast Lap deu lugar ao Gordelícias Fast Lap (Luiz Brambila, Rafael Demmer e Anderson Rocha), que terminou em 4º lugar. Com o fechamento do Fast Lap Kart Indoor, a equipe se desintegrou. Em dois anos e meio de atividade, a equipe obteve o expressivo número de 24 vitórias.

Das equipes que surgiram a partir de 2018, a principal é a Box 45, da família Cardozo. Formada inicialmente por João, Claudinha, Karina e Paulo Cardozo, Jackson Gonçalves, Anderson Miotto, Alberi Carvalho e Giancarlo Blanco, além de Fabio Mathoso incluído nas últimas etapas daquele ano, contou com três times obtendo 5 vitórias e o vice-campeonato no 1º turno, mas apenas o 12º lugar no 2º, quando praticamente abdicou da disputa. Em 2019, veio com dois times tendo, em sua formação, João e Claudia Cardozo, Jackson Gonçalves, Fabio Mathoso, Guilherme Medeiros e Anderson Vieira, obtendo respectivamente 3º e 4º lugar como melhores resultados nos dois turnos. Em 2020, inscreveu apenas um time, com Jackson Gonçalves, Claudinha e Karina Cardozo, obtendo o 3º lugar no 1º turno e conquistando seu primeiro título no 2º turno, enquanto Fábio Mathoso, com Fernando Janiski e Leandro Pires, criou uma dissidência da Box 45. Seus companheiros, no entanto, o abandonaram no caminho e o time acabou contando praticamente só com os pontos de Mathoso. Mesmo com suas duas vitórias, a equipe não passou do 9º e 10º lugar. Em 2021, Mathoso voltou para a Box45 no lugar de Claudinha Cardozo, e o time obteve seu terceiro título consecutivo, conquistando os dois turnos.  Em quatro anos de participação, acumula o total de 24 vitórias.

A Technical Kart Racing Team competiu apenas em 2018, composta por Kevin Bettio, Anderson Vieira, Bird Clemente Jr., Fred Willian e Fernando Vieira. Com dois times inscritos, foi 5º e 3º lugar no 1º e 2º turno, obtendo 3 vitórias.

Concorreram ainda, em 2018, com poucos resultados expressivos, a Dry Team (Fernando Durando, Clovis Casavechia e Kelvin Axel), que obteve uma vitória na primeira etapa, e a Tartaruga (António Keps, Ricieri Garbelini e Uellton Gonçalves), que veio em 2019 sob nova denominação, Tartarugators, e apenas dois pilotos (Keps e Riti), também com resultados pífios. Em 2020, veio com António Keps, Anderson Vieira – que obteve a primeira vitória para a equipe – e o estreante Júnior Cazu, terminando cada turno em 6º e 5º lugar. Em 2021, incluiu um segundo time, com Anderson Rocha, Guilherme Medeiros e Marcelo Saito. O time principal obteve o melhor resultado da equipe, 5º lugar no 1º turno e o vice-campeonato do 2º, enquanto Medeiros e Cazu deram mais uma vitória cada para o time.

Das equipes que estrearam em 2019, o melhor desempenho foi da BM Racing (Tido Olmedo, Elvira Cilka e Bruno Tarachuka), vice-campeã no 2º turno e 4ª colocada no 1º, com 4 vitórias no ano. A AFJ, de Fabio Jr., Otto Jr. e Alberi Carvalho, foi 9º nos dois turnos em 2019. Em 2020, Fabinho e Otto mudaram o nome para OOP Racing, substituindo Alberi por Bruno Ferrari, no 1º turno, terminando em 8º, e Marco Mega, no 2º, quando obteve sua primeira vitória e conquistou o 3º lugar no certame.

A Dall’Agnoll Action Power, de Guarapuava, contou com Emerson e Mir Dall’Agnoll e Mauro Mondin (este, só no 1º turno), terminando em 13º e 14º lugar nos turnos, e obtendo uma vitória em casa. Não participou em 2020. A Koha Racing, de Bassám Hajar e Marcelo Kogik, se inscreveu na última rodada do 1º turno de 2019 e terminou em 13º no 2º semestre. Em 2020, foi penúltima no 1º turno e, no 2º, trouxe Bruno Tarachuka e terminou em 8º, seu melhor resultado. Em 2021, com a mesma formação, foi respectivamente 8º e 11º, conquistando três vitórias com Tarachuka.

Por fim, a MM Racing, dos irmãos Maykoll e Michel Carvalho e Levi Fritz, ingressou no 2º semestre de 2019, concluindo em penúltimo lugar. Com seus pilotos participando de poucas provas, terminou também em penúltimo no 1º turno de 2020 e em último no 2º.

Apenas uma nova equipe surgiu em 2020. Gustavo e Gabriel Casa, de Florianópolis, inscreveram o OUZ Team, mas participaram somente da abertura, em Ingleses.

Em 2021, seis novas equipes foram formadas. Três delas participaram de toda a temporada: a Thunder Racing (Tiago Jordão e André Maschio) teve o melhor desempenho, com duas vitórias e 6º e 9º lugar nos turnos; a Bagrinho’S Kart (Amauri Maurutto, Alex Junior Motta e Mayckon Eckstein), que terminou os turnos em 10º e 11º lugar; e a Improváveis (Anderson Sgorlon, Guto Hass e Bruno Ortiz), 13ª e 10ª colocada nos turnos. Duas iniciaram bem o campeonato, mas desistiram já no início da jornada: a Cinco B (Bradley Gabardo, Brendon Gabardo e Maria Eduarda Cordeiro) fez dois pódios na primeira rodada e não participou mais; e a Schillos Racing (Leandro e Matheus Schillo) obteve uma vitória e pontuou muito bem nas duas primeiras rodadas, mas também não foi adiante. E outras duas participaram de quase todas as provas, mas muitas vezes com apenas um piloto na pista, com poucos resultados significativos: a Black Bull (Ricardo Perine e Tayrone Silva), 17º e 16º lugar nos turnos; e a Floripa Racing (Rodolfo Souza, Bruno Bogus e Rodrigo Almeida), 15º e 14º lugar nos turnos.

CANDY SHOP RNK TEAM

Candy Shop RNK Team: P2 na segunda etapa do CEKI 2021. (Foto: RA Racing)

A RNK mantém, desde 2014, uma equipe para disputar provas de longa duração. O RNK Endurance Team participou, desde então, de 31 dessas competições. Em agosto de 2017, em parceria com o Fast Lap Kart Indoor, a equipe passou a ser designada Fast Lap/RNK Endurance Team, período em que obteve um de seus resultados mais expressivos, um 5º lugar e o pódio em uma das etapas do CEKI, organizado pela RA Racing no Kartódromo Beto Carrero. Em 2019, a agência Candy Shop ingressou como patrocinador máster da equipe, cuja denominação passou a ser Candy Shop RNK Team, adotada até hoje.

O melhor resultado da equipe até aquele ano foram dois 2ºs lugares, nos 200 km de Registro, em 2015, e nas 10 Horas de Matinhos, em 2016, onde também foi ao pódio com o 3º lugar. Ambos os eventos, porém, possuíam pouca relevância no cenário nacional. Ironicamente, nas duas oportunidades, a equipe RNK perdeu a vitória devido a punições. Em Registro, recebeu a bandeirada em 1º, mas foi punida em 10 segundos por uma colisão a poucas voltas do fim quando Eduardo Johnscher disputava a liderança; em Matinhos, a equipe teve de cumprir uma parada de um minuto para cumprir uma punição devido a um toque de Chico Johnscher que provocou a rodada de um retardatário.

Em 2017, chegou a liderar a maior prova de endurance do rental kart nacional – as 24 Horas Rental Kart de Interlagos. Em 2018, terminou o CEKI em 12º lugar dentre 67 equipes participantes. Em 2019, teve seus melhores resultados finais no CEKI – 9º lugar entre 75 participantes – e nas 24 Horas de Interlagos – 14º lugar entre 52 equipes.

Em 2020, com o cancelamento do CEKI devido à pandemia da covid-19, o time participou somente das 24 Horas Rental Kart realizada pela primeira vez no Kartódromo Arena Itu, terminando novamente em 14º lugar.

Em 2021, depois de uma má estreia no CEKI, o time passou por uma reformulação e trouxe o piloto da RNK Fabio Junior Costa para comandar a equipe e traçar as estratégias. Nessa nova perspectiva, vários nomes de destaque integraram a equipe – como o multicampeão de kart Rick Rosin, o piloto da Stock Light Zezinho Muggiati, as promessas do kartismo nacional Luisinho Trombini e Dudu Araujo, os experientes Diego Fernandes e Cesar Santos, campeão brasileiro de kart de 2019 –, que também teve o retorno de Nilton Rossoni, piloto que no passado obteve grandes conquistas nos EUA, e Jackson Gonçalves, detentor de vários títulos na Copa RNK. Também estrearam no time, entre outros, os talentosos Rafa Bin, Adriano Goulart, André Napoli, Luis Roberto Nunes e Bird Clemente Jr. Na estreia do novo manager, um comemorado P2 no CEKI e, na sequência, mais um pódio (P5) no mesmo campeonato. Nas 12 Horas, prova final do CEKI, entretanto, o resultado foi ruim e a equipe terminou num modesto 11º lugar, enquanto na tradicional 24 Horas Rental Kart, novamente em Itu, também andou para trás, chegando em 19º. Um total de 31 pilotos pilotou para o Candy Shop RNK Team em 2021.

Chico Johnscher compôs a equipe em 30 oportunidades, ausente apenas uma vez. Além dele, quem mais vestiu a camisa do RNK Endurance Team foram Eduardo Johnscher (23) e Carlos Feijão (18 vezes), Rodolpho Bettega (13), Marjorie Johnscher, Bruno Rocha e Anderson Rocha (12), Kelvin Axel (8), Eugênio Fabian (7), Andrey Lima, Felipe Mathias e Nito Ramirez (6), Alessandro Trevisan, Bruno Tarachuka, Mauro Mondin, Luiz Brambila e Everson Calaes (5).

Com menos participações, nesses 8 anos de endurances, já defenderam – alguns ainda defendem – o time da RNK os seguintes pilotos: Rafa Bin, Marcos Martins, Gilmar Coleta, Nilton Rossoni, Adriano Goulart, Diego Fernandes, Rick Rosin, Tiago Jordão, Juan Amazonas, Luis Roberto Nunes, Lucas Procikievicz, Anderson Vieira, Emygdio Westphalen, Jackson Gonçalves, Claudia Cardozo, Marcelo Tirisco, Daniel Silva, Tido Olmedo, Fabio Junior, Menyr Zaitter, Eduardo Bettega, Ricardo Rocco, Phellip Carvalho, Matheus Cruz, Juliano Cunha, Heitor Preto, Felipe Carneiro, Giovani Grigolo, Guilherme Rocha, Nabor Patzsch, Luciano Borges, Beto Carneiro, Diego Santos, Rafael Demmer, Silvio Morselli, Kauê Pampuch, Edinho Marques, Marcelo Rosa, João Gomes, Luis Trombini, Zezinho Muggiati, Cesar Santos, Dudu Ribeiro, André Napoli, Anderson Sgorlon, Fernando Vieira e Bird Clemente Jr.

BACKSTAGE

Detalhes que fazem a diferença também antes de a RNK entrar na pista. (Foto: Clayton Medeiros)

Nos primeiros anos de Copa RNK, com poucos participantes e baterias únicas, a organização das provas se resumia a agendar a etapa nos kartódromos, chegar lá, sentar no kart e correr. O crescimento do campeonato, porém, exigiu cada vez mais processos antes e durante a realização das provas. Nesse contexto, foi criado, para a temporada de 2016, um Conselho Deliberativo – constituído por um piloto de cada equipe – para a tomada de decisões, elaboração de regulamentos, escolha de traçados, cobrança de taxas, realização de credenciamento, pesagem, montagem de banners, entre outras atividades. Tudo isso sem contar o exaustivo trabalho pré e pós-corridas, envolvendo tabulação de resultados, redação de matérias, divulgação e comunicação em redes sociais e outras tarefas contínuas e permanentes, que muitas vezes só são percebidas quando algo dá errado…

Em 2019, a RNK contratou a empresa WZ Comm, especializada na promoção de eventos automobilísticos, como forma de se concentrar apenas nas questões técnico-esportivas, terceirizando a comunicação e infraestrutura logística. Os custos elevados e a pandemia da covid-19, contudo, inviabilizaram a continuidade do projeto após a primeira etapa de 2020.

Ao longo destes 10 anos, os pilotos que participam da Copa RNK sempre foram fundamentais para o sucesso e crescimento do campeonato. Enumerar todos que se dedicaram e se dedicam à RNK seria impossível e certamente injustiças seriam cometidas. Muitas esposas de pilotos também contribuíram de forma ativa nos bastidores, entre elas Olivia Ferraz, Soraya Kirschen, Karol Sesiuk Martins e – em 2021, afastada das pistas – a recém-mamãe Claudinha Cardozo.

Por fim, não se pode deixar de citar os responsáveis pelo registro de imagens. Desde junho de 2016, a RNK conta com a cobertura fotográfica completa de Clayton Medeiros em todas as suas provas. Por um breve período entre maio/18 e agosto/19, ele se afastou das lentes e teve seu posto ocupado por Andressa Megiolaro e posteriormente o casal Marcelo e Marcia Schuartes. Unanimidade entre os pilotos da Copa, o Claytão, como é carinhosamente chamado, já é patrimônio da RNK.

RESUMO – AS 10 EDIÇÕES DA COPA RNK

I COPA RNK – 2012

A terceira corrida da história, no Raceland: maioria dos pilotos com equipamentos do kartódromo. (Foto: Acervo)

A 1ª Copa RNK teve 10 etapas, oito disputadas no Raceland e duas previstas para São José dos Pinhais. O sistema de pontuação não previa descartes e era variável em função do número de participantes: numa prova com 15 competidores, por exemplo, o vencedor recebia 15 pontos. Além dos bônus pela pole e pela melhor volta – presentes até hoje no regulamento – um ponto extra também era concedido a cada três participações consecutivas e mais três pontos eram acrescidos, no final do campeonato, aos pilotos que participaram de mais provas. Era a forma encontrada para incentivar a fidelidade dos pilotos. Também havia punição aos pilotos que se inscreviam e não compareciam, com a perda de dez pontos.

Além da classificação geral, também havia a divisão por peso em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Somente dois pilotos venceram mais de uma prova: Eduardo Bettega (três) e Chico Johnscher (duas). Uma das vitórias de Bettega, entretanto, veio de uma excrescência do regulamento. A primeira das provas marcadas para São José acabou transferida para o Marumby Kart Indoor devido à forte chuva. Com 20 inscritos, os pilotos foram divididos, por sorteio, em três baterias e, de acordo com o regulamento, uma classificação única seria consolidada conforme o número de voltas e o tempo total de prova de cada piloto. O resultado final acabou causando estranheza, pois vários pilotos visivelmente mais lentos da última bateria acabaram na frente de outros mais rápidos da primeira. Foi só muitos meses depois que se descobriu que o tempo total de prova incluía o qualify e o tempo para formação do grid, o que tornaria impossível consolidar os tempos das três baterias. Mas era tarde demais, os resultados já haviam sido oficializados e Eduardo Bettega acabou obtendo uma vitória por ter vencido a bateria cujos fiscais foram mais ágeis no alinhamento dos karts.

O campeonato chegou à última etapa praticamente decidido em favor de Chico Johnscher, que só precisava chegar em 8º para se sagrar campeão da 1ª Copa RNK. Acusado de ser beneficiado por ser mais leve, Chico largou com 16 kg de chumbinhos de tarrafa dentro do macacão e terminou em 3º lugar, garantindo o título. Foi campeão com 148 pontos, contra 142 do vice Eduardo Johnscher, que venceu a prova derradeira, com muita chuva, fazendo a sua parte. Eduardo Bettega foi o 3º no campeonato, com 127 pontos. Na sequência, Rodolpho Bettega (119), Menyr Zaitter (87), Pedro Barbosa (87), Priscila Driessen (75), Marcelo Rosa (62), Rafael Vianna (56) e Bruno Vianna (56) completaram os dez primeiros.

Na classe A, o campeão Chico Johnscher foi seguido de Priscila Driessen, Marcelo Rosa, Eduardo Bettega e Rafael Vianna (sim, Rafael Vianna era leve…).

Na classe B, o campeão foi Eduardo Johnscher, seguido de Rodolpho Bettega, Menyr Zaitter, Pedro Barbosa e Eduardo Bettega, cuja variação de peso ao longo do ano fez com que pontuasse entre os pesados somente na primeira metade do campeonato.

Em sua primeira edição, o certame ainda não contava com premiação aos campeões nem aos vencedores das provas.

II COPA RNK – 2013

Eduardo (4) e Chico Johnscher (7), que largou 6 vezes na primeira fila, dominaram a temporada. (Foto: Acervo)

A 2ª Copa RNK manteve o formato da primeira edição, mas aumentou para 12 o número de provas, uma por mês (9 no Raceland e 3 em S. J. dos Pinhais), e acrescentou outros dois pontos de bonificação: um para o vencedor e um para o piloto que mais ganhasse posições em relação à largada, o ponto por avanço existente até hoje. Também foi introduzido o critério N-2, com o descarte dos dois piores resultados, criado o campeonato por equipes e instituída premiação para os primeiros colocados nas provas (medalhas) e no campeonato (troféus).

A temporada chegou à sua última prova definida. Chico Johnscher conquistou o bicampeonato ao vencer a penúltima etapa, em São José, na prova em que Eduardo Johnscher, que já havia garantido o bi na classe B uma prova antes, protagonizou o acidente mais espetacular da história da RNK ao capotar seu kart.

Restava decidir o vice geral – Eduardo Johnscher e Marcelo Rosa chegavam à decisão empatados – e o título por equipe. Com a vitória, mais uma vez com chuva, Eduardo foi o vice, com 152 pontos, contra 164 do campeão Chico e 141 do 3º, Marcelo. Completaram os dez primeiros Bruno Vianna (122), Guilherme Szpigiel (110), José Revoredo (107), Rafael Vianna (105), Rodolpho Bettega (99), Eduardo Bettega (90) e Priscila Driessen (87).

Entre os leves, Chico Johnscher foi bicampeão, seguido de Marcelo Rosa, Bruno Vianna, Priscila Driessen e Fabio Knabben. Nos pesados, o bicampeão Eduardo Johnscher foi seguido de Guilherme Szpigiel, José Revoredo, Rafael Vianna e Rodolpho Bettega. A Johnscher Racing sagrou-se campeã entre as equipes, e o vice ficou com a Designers Racing, de Marcelo Rosa, Guilherme Szpigiel e Fabio Knabben.

A antepenúltima etapa da temporada marcaria o surgimento daquele que seria chamado de Japa Voador no circuito da RNK e se tornaria um dos pilotos mais vitoriosos da Copa. Andrey Lima estreava com um 2º lugar no Raceland, em 12/10/2013.

III COPA RNK – 2014

Guilherme Szpigiel recebe a coroa de “Rei Gistro”. (Foto: Acervo)

A terceira edição da Copa RNK trouxe muitas novidades. As principais foram a substituição do Kartódromo de São José dos Pinhais por três provas fora do Paraná – Beto Carrero, Joinville e Registro – e o estabelecimento de lastro mínimo (80 kg) para os pilotos do sexo masculino, extinguindo-se as classes A e B. Além disso, foi abolida a tomada de tempo nas provas realizadas em Curitiba, com a formação do grid invertido conforme a ordem inversa da classificação do campeonato. A última prova, denominada Corrida do Milhão, a exemplo da Stock Car, teria pontuação dobrada. Um bônus extra de três pontos passou a ser concedido nas provas fora de Curitiba, de modo a incentivar a participação, benefício dado também aos pilotos de fora de Curitiba nas provas realizadas no Raceland. O sistema de descarte passou a ser N-3.

Com a pontuação dobrada na última etapa, o campeonato chegou à decisão com sete pilotos disputando matematicamente o título. Para o líder Eduardo Johnscher, um 5º lugar garantiria a conquista independentemente dos resultados dos adversários. O vice-líder, o ainda pouco conhecido Andrey Lima, tornara-se a sensação do campeonato ao vencer quatro provas, mas precisaria levar todos os pontos possíveis: vitória, melhor volta e maior avanço em relação à posição de largada. E foi o que ele fez – não por acaso, recebeu naquele ano a alcunha de Japa Voador. O insuficiente, porém, para tirar o título de Eduardo, que com um 4º lugar ficou dois pontos à frente (166 x 164). Fabio Knabben, cujo desafio era o mesmo de Andrey, foi o 2º na prova e terminou em 3º na classificação final, com 156 pontos. Chico Johnscher (141), Eduardo Bettega (140), Marcelo Rosa (127), Priscila Driessen (116), José Revoredo (115), Carlos Feijão (114) e Guilherme Szpigiel (113) completaram os dez primeiros.

Entre as equipes, inverteu-se o resultado do ano anterior: a Designers Racing foi campeã e a Johnscher Racing, vice.

IV COPA RNK – 2015

Marjorie Johnscher e Priscila Driessen: primeira vitória e dobradinha feminina na Corrida do Milhão. (Foto: Acervo)

A adoção de pontuação fixa (25 pontos para o vencedor) foi a mudança mais significativa no regulamento de 2015. Além disso, abandonou-se o grid invertido nas etapas de Curitiba, extinguiram-se os pontos extras aos “visitantes” e reduziu-se para um o ponto extra aos pilotos que participaram de todas as etapas. Cada vez mais insatisfeitos com as condições dos karts no Raceland, metade das provas fio marcada para fora do Paraná. Além dos kartódromos que já haviam sediado a RNK no ano anterior (Beto Carrero, Joinville e Registro), Indaial e Balneário Camboriú entraram no calendário, enquanto Registro ganhou mais uma etapa.

A abertura da temporada, marcada para o Beto Carrero em janeiro, porém, não poderia ter sido mais frustrante. Na véspera da prova, com mais de 20 pilotos inscritos, os responsáveis pelo kartódromo comunicaram que haveria, com muita sorte, no máximo dez karts em condições de uso. Dois ou três pilotos desistiram de participar, e a solução encontrada foi dividir a etapa em duas baterias eliminatórias, que classificariam dez pilotos para uma final – somente esta valeria pontos para o campeonato. Realizadas as duas classificatórias, com bastante atraso e os karts em frangalhos, alguns pilotos se amotinaram e se recusaram a realizar a bateria final, exigindo que fossem computados os pontos referentes às duas baterias preliminares. Alguns pilotos, contudo, não aceitaram – entre eles Chico Johnscher – alegando que seriam prejudicados pois, “com o regulamento na mão”, correram apenas o suficiente para se classificar para a final, sem a preocupação de ganhar a eliminatória. A Organização optou pela realização da bateria final com os pilotos remanescentes e decidiu que a etapa não contaria pontos para a Copa. Novamente houve rebelião e, em consenso, foi validado o melhor resultado obtido por cada piloto.

Dali em diante, entretanto, o campeonato transcorreu perfeito e acirradíssimo. Até a metade da temporada, Chico e Eduardo Johnscher disputaram palmo a palmo o topo da tabela e tudo indicava que, mais uma vez, o título ficaria nas mãos de um deles. Andrey Lima, porém, depois de ficar de fora em duas etapas e queimar dois de seus três descartes, fazia um campeonato consistente, subindo ao pódio em todas as provas e chegando à última prova na liderança, com 12 pontos de vantagem sobre o vice-líder Eduardo Johnscher e 13 sobre o 3º, Fabio Knabben. A essa altura, Chico caíra para 5º, atrás também de Marcelo Rosa. Eram os únicos que ainda tinham chances, ainda que meramente matemáticas, de chegar ao título.

Na Corrida do Milhão, o Japa correu com o regulamento na mão e fez pouco mais que o suficiente. Chegando em 5º, sem correr riscos, sagrou-se campeão com 235 pontos, onze à frente do vice Fabio Knabben. Marcelo Rosa foi o 3º com 213 pontos, enquanto Eduardo Johnscher colhia seu pior resultado no ano (13º), despencando para 4º com 211, e Chico Johnscher terminava em 5º, com 202. A surpresa ficou por conta de Marjorie Johnscher, que marcou a pole e venceu a prova, subindo para a 6ª posição no campeonato, com 195 pontos. Era a primeira vez que uma mulher subia ao topo do pódio na RNK, e ela ainda ganharia o Prêmio Maneco Combacau, instituído naquele ano para o piloto que mais ultrapassagens efetuou ao longo do campeonato. Completaram os dez primeiros na classificação final Carlos Feijão (192), Eduardo Bettega (188), Ricardo Rocco (187) e José Revoredo (162). Um novato que começava a chamar atenção ganhando três provas, mas abandonara o campeonato no terço final, foi o 11º. Seu nome era Luiz Brambila.

Entre as equipes, o título voltou para a Johnscher Racing, ficando o vice-campeonato para a Race Four Fun, atual RBR, composta então por Andrey Lima, Carlos Feijão, Eduardo Bettega e Menyr Zaitter.

V COPA RNK – 2016

No GP Sébastien Ogier, em S. J. dos Pinhais, a primeira foto da Clayton Medeiros, que se tornaria o fotógrafo oficial da Copa RNK. (Foto: Clayton Medeiros)

Em sua 5ª edição, a Copa RNK promoveu a mais profunda alteração no formato da competição, que vigora até hoje: a divisão do campeonato em três fases – dois turnos semestrais classificatórios (cada um com seis etapas e N-1) e uma Superfinal (em rodada dupla) – valendo três premiações independentes e o desdobramento das etapas em duas ou mais baterias adaptando-se à relação número de pilotos/quantidade de karts disponíveis. Também foram extintos os bônus por participação. Além disso, foi elevado o peso mínimo dos pilotos do sexo masculino para 90 kg e introduzido também o peso mínimo para as mulheres, este fixado em 80 kg.

O primeiro turno – Troféu Candy Shop – teve suas etapas desenvolvidas em Joinville, Matinhos, Registro, Indaial e duas em São José dos Pinhais.

Luizinho Brambila chegou à decisão, em S. José, com o título praticamente assegurado. Só Eduardo Johnscher tinha chances – remotas – de mudar o resultado, mas chegou em 7º, e o 6º lugar foi o suficiente para Brambila se sagrar campeão com 116 pontos. Bruno Vianna venceu e garantiu o vice-campeonato, com 108 pontos. Eduardo foi o 3º com 106, Rafael Demmer ficou em 4º com 104 e Chico Johnscher em 5º com 99. Completaram os dez primeiros Ricardo Rocco (97), Andrey Lima (96), Rafael Vianna (96), Feijão (95) e Kleber Borges (92). A RBR foi a equipe campeã, ficando a Johnscher Racing em 2º.

O segundo turno – Troféu 82 Design – foi quase um reprise do primeiro, mudando apenas o adversário de Luizinho na briga pelo título. Dessa vez, seu companheiro de equipe Rafael Demmer é quem lhe poderia roubar o laurel. Com provas em Joinville (duas), Beto Carrero, Indaial e Registro e a última no Raceland, Brambila foi o campeão com 114 pontos, contra 95 de Demmer. Chico Johnscher foi o 3º com 92, ficando Feijão em 4º com 87 e Marjorie Johnscher – que mais uma vez vencia a etapa derradeira – em 5º com 79. Completaram os dez primeiros na classificação: Franciel Vivan (77), Eduardo Johnscher (73), Anderson Rocha (72), Marcelo Rosa (70) e Rafael Vianna (70). A equipe TK Racing, recém-formada por Brambila, Demmer e Franciel, foi campeã e, novamente, a Johnscher Racing a vice.

A Superfinal foi disputada em rodada dupla no Kartódromo de Interlagos entre os 15 pilotos com melhor classificação nos dois semestres, sendo algumas desistências supridas pelos pilotos mais bem situados na sequência. Aos pontos conquistados nas duas provas da rodada dupla, somaram-se ainda pontos extras que cada piloto levou conforme sua classificação nos turnos, o que tornava praticamente impossível tirar o título de Luizinho Brambila. Rick Bull e Samurai Sam venceram as provas da Superfinal e mesmo a quebra do campeão na última bateria quando liderava com tranquilidade tirou dele o campeonato. Luizinho conquistou o terceiro título do ano e Chico Johnscher foi o vice-campeão. Rafael Demmer ficou em 3º, Rick Bull em 4º e Samurai Sam em 5º. Completaram a lista dos dez melhores do ano Eduardo Johnscher, Rafael Vianna, Carlos Feijão, Alessandro Trevisan e Franciel Vivan.

VI COPA RNK – 2017

Luizinho Brambila garantiu o bicampeonato na Superfinal em Interlagos. (Foto: Clayton Medeiros)

As únicas mudanças para a 6ª Copa RNK foram a introdução de duas rodadas duplas em cada turno, mantendo-se o mesmo número de provas, e o aumento no número de descartes, que passou para o sistema N-2. A maior novidade, entretanto, foi a adoção de numeração fixa para os pilotos em todo o campeonato.

No primeiro turno, as rodadas duplas foram realizadas em Indaial e no Beto Carrero; as simples, em Joinville e São José dos Pinhais. Três pilotos chegaram à última prova, em São José dos Pinhais, embolados: Andrey Lima e Luiz Brambila, empatados, quatro pontos à frente de Oracildo Olmedo. Andrey Lima, depois de largar mal, fez uma prova espetacular e assumiu a ponta a poucos metros da bandeirada. Nem seria preciso vencer, porém. Tido foi apenas o 5º e Luizinho, o penúltimo. O Japa foi campeão com 100 pontos, ficando Luizinho Brambila em 2º, com 97, e Tido Olmedo em 3º, com 91. Completaram os dez primeiros na pontuação Rafael Demmer (83), Ricardo Rocco (82), Eugenio Westphalen (81), Bruno Rocha (77), Alessandro Trevisan, Renato Braga e Carlos Feijão (todos com 75). Pela primeira vez na história, nenhum integrante da Johnscher Racing figurava entre os primeiros. A TK Racing conquistava mais um título também entre as equipes, cujo vice-campeonato foi para a 34 Racing, formada por Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga.

O segundo turno teve rodadas duplas no Beto Carrero – com transmissão ao vivo da RA Racing – e no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, e rodadas simples em Joinville e Rio Negro. Esta, uma final inédita em um kartódromo que não dispõe de kart de aluguel, com estrutura montada pelo Fast Lap Kart Indoor. O título, porém, já estava decidido em favor de Luiz Brambila, campeão com 101 pontos. O vice-campeonato ficou nas mãos de Bruno Rocha, com 90 pontos, mesma pontuação do 3º, Rafael Demmer. Completaram os dez primeiros: Marcos Martins (88), Chico Johnscher (84), Nito Ramirez (81), Andrey Lima (81), Felipe Carneiro (80), Franciel Vivan (77) e Felipe Fontana (75). A TK Racing obteve o terceiro título por equipe, seguida pela DuxShalon, de Anderson Rocha, Bruno Rocha e Marcos Martins.

Novamente em Interlagos, a Superfinal tinha 20 vagas abertas, mas não contou com alguns dos classificados e postulantes ao título, e só 18 dos pilotos habilitados participaram. E novamente Luiz Brambila ostentava larga vantagem em busca do título anual, confirmado com a vitória na segunda das duas provas – a primeira foi vencida por Bruno Rocha, o que lhe garantiu o vice-campeonato. Chico Johnscher foi o 3º, empatado com Marcos Martins e Renato Braga, mas favorecido por ter feito a melhor volta na segunda etapa da Superfinal. Nesta ordem, Carlos Feijão, Eduardo Johnscher, Anderson Rocha, Eugenio Westphalen e Paulo Taylor completaram a lista dos dez primeiros.

VII COPA RNK – 2018

Sem vencer nenhum dos turnos nem baterias da Superfinal, mas correndo com o regulamento na mão, Andrey Lima é erguido nos braços em Interlagos após conquistar seu segundo título. (Foto: MM Schuarts)

Mais uma vez o formato do campeonato foi mantido, com duas pequenas adaptações: todas as etapas em rodadas duplas e apenas um descarte (N-1) em cada turno. Ampliou-se, ainda, a premiação, abolindo-se as medalhas e substituindo-as por troféus para todas as posições do pódio. Também foram instituídos três novos prêmios: Super 100 para o melhor classificado acima de 100 kg (Nito Ramirez), Destaque Feminino para a pilota mais bem classificada (Claudia Cardozo no 1º turno e Elvira Cilka no 2º) e Estreante do Ano (Daniel Silva).

Duas rodadas foram realizadas com a estrutura do Fast Lap Kart Indoor em kartódromos que não oferecem locação de karts: Irati, abrindo o 1º turno, e Registro, abrindo o 2º turno.

Na abertura da temporada, em Irati, foi registrado o novo recorde de inscritos, com 63 pilotos participando da prova. A segunda rodada também teve uma pista inédita para a Copa RNK, o Kartódromo Granja Viana, com duas baterias de 30 karts – outro recorde – em cada uma das etapas. A rodada decisiva teve como palco o Kartódromo de Joinville. Andrey Lima era o líder, 3 pontos à frente de Samurai Sam e 5 à frente de Jackson Gonçalves. Na última prova, Andrey e Samurai cometeram erros e Jackson – que estreava na RNK nesse ano – conquistou o título de forma brilhante, totalizando 115 pontos. Andrey Lima foi vice com 108, Tido Olmedo o 3º com 100, mesmo número de pontos de Daniel Silva. Na sequência, completaram o Top 10 Kevin Bettio (99), Nabor Patzsch (96), Eduardo Johnscher (92), Samurai Sam (91), Claudia Cardozo e Bruno Rocha, ambos com 89 pontos. A RBR conquistou o título entre as equipes.

O 2º turno teve suas três rodadas respectivamente em Registro, Ingleses e Balneário Camboriú, aonde Fábio Mathoso chegou liderando o turno um ponto à frente de Daniel Silva, que acabou conquistando o título com 114 pontos, 3 à frente do seu rival. Andrey Lima foi o 3º com 101. Completaram os dez primeiros Nito Ramirez (98), Carlos Feijão (97), Everton Tonel (94), Tido Olmedo (93), Marcelo Saito (93), Felipe Carneiro e Everson Calaes, ambos com 91 pontos. O Fast Lap Racing Team sagrou-se campeão entre as equipes.

Na Superfinal, em Interlagos, Daniel Silva, Andrey Lima e Tido Olmedo carregavam o maior número de pontos de bônus, mas Daniel se envolveu em um acidente e desperdiçou a chance de brigar pelo título, que ficou com Andrey Lima, mesmo sem vencer nenhuma das baterias. Tido foi o vice-campeão e Daniel Silva o 3º. Completaram o Top 10 Eduardo Johnscher, Everton Tonel, Carlos Feijão, Luizinho Brambila, Bruno Rocha, Everson Calaes e Chico Johnscher.

VIII COPA RNK – 2019

Jackson Gonçalves conquistou o título no KGV e foi premiado com a participação sem custo pelo Candy Shop RNK Team nas 12 Horas Beto Carrero. (Foto: Clayton Medeiros)

Novamente foi mantido o formato do campeonato, mas com quatro mudanças significativas: 1) a adoção de peso mínimo de 90 kg independentemente de gênero; 2) pontuação dobrada na Superfinal; 3) o sistema de composição das baterias na segunda prova de cada rodada, que deixou de ser feita pela classificação do campeonato, mas pela classificação da prova anterior, a primeira metade subindo para a série superior e, a segunda, descendo para a inferior; 4) a abolição da tomada de tempo na segunda prova da rodada, adotando-se o sistema de grid invertido em relação à primeira.

Também foram acrescidas duas novas premiações: Troféu Vintage, para o piloto acima de 50 anos mais bem classificado no campeonato, e Troféu Old School, para o piloto com mais pontos dentre aqueles que estrearam na Copa RNK há mais de três anos e não obtiveram mais de três pódios na temporada anterior.

Como na temporada anterior, três rodadas duplas constituíram as duas primeiras fases: Ingleses, Speedway (Balneário Camboriú) e Interlagos no 1º turno, Beto Carrero, Joinville e Guarapuava no 2º. A Superfinal, pela primeira vez desde que a RNK adotou esse formato, foi realizada no KGV. As rodadas de Ingleses, Speedway e Beto Carrero foram organizadas em parceria com o APA Challenge, proporcionando mais visibilidade e espetáculo aos dois campeonatos, incluindo ações sociais e transmissão ao vivo na abertura, em Ingleses.

O 1º turno chegou à decisão em Interlagos com boa vantagem para Luizinho Brambila na liderança, que se manteve após a primeira bateria. O improvável, contudo, aconteceu a menos de duas voltas do final da segunda bateria, quando o piloto disputava a liderança e já comemorava mais um título, mas teve um problema mecânico. O título acabou nas mãos de Bruno Rocha, com Anderson Vieira em 2º, Felipe Carneiro em 3º, Eduardo Johnscher em 4º e Jackson Gonçalves em 5º. Completaram os dez primeiros Bruno Tarachuka, Tido Olmedo, Guilherme Medeiros, Luiz Brambila e Everson Calaes.

No 2º turno, Bruno Rocha tinha tudo para ganhar novamente depois de vencer três das quatro primeiras provas, mas acabou abrindo mão da taça ao não participar da última rodada devido a compromissos particulares. O favoritismo passou então para Jackson Gonçalves, que acabou traído por um kart pouco competitivo na última bateria. Luizinho Brambila conquistou o título, Jackson foi vice e Tido Olmedo, 3º. Bruno Rocha ainda terminou em 4º, Eduardo Johnscher foi 5º, Bruno Tarachuka, Anderson Vieira, Adriano Goulart, Juliano Cunha e Andrey Lima completaram o top 10.

Na Superfinal, porém, a sorte voltou a sorrir para Jackson Gonçalves. Ao vencer a primeira prova na Granja Viana, ele já reverteu a desvantagem de 4 pontos de bônus que favorecia Bruno Rocha e ampliou-a ainda mais na segunda bateria, vencida por Bruno Bogus, terminando 12 pontos à frente do principal adversário. Luiz Brambila foi o 3º na soma final, Tido Olmedo terminou em 4º e Bruno Tarachuka, o estreante do ano, em 5º. Completaram o top 10 Anderson Vieira, Eduardo Johnscher, Fabio Mathoso, Everson Calaes e Bruno Bogus.

IX COPA RNK – 2020

Superfinal inédita com muita chuva em Itu: Mathoso, o último da fila, vai abrir caminho para escalar o pelotão e conquistar o título. (Foto: Clayton Medeiros).

As únicas mudanças dignas de nota em relação à edição anterior foram a extinção da perda de 10 pontos por não comparecimento e o retorno do qualify em todas as provas, exceto a segunda prova da Superfinal, que manteve o grid invertido. Foram, ainda, extintos o Troféu Vintage e o Troféu Old School devido à baixa adesão aos mesmos.

A covid-19 ainda era uma ameaça incerta quando a Copa RNK deu a largada para sua 9ª edição no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, no dia 14 de março de 2020. Com pouco mais de cem casos no país, a primeira vítima fatal seria confirmada três dias depois e, a partir daí, a pandemia mudaria a rotina dos brasileiros e da Copa RNK. O CEKI – campeonato de endurance do qual o Candy Shop RNK Team participa –, cuja abertura aconteceria na semana seguinte, viria a ser definitivamente cancelado.

Com as medidas de isolamento social, campeonatos esportivos de todas as modalidades foram interrompidos, autódromos e kartódromos, fechados, e pela primeira vez na história a RNK se viu obrigada a alterar as datas do seu calendário. O Kartódromo de Joinville foi um dos primeiros do país a se adequar às medidas sanitárias de contenção ao novo coronavírus e acabou servindo de palco para metade da fase classificatória.

Assim como nas duas temporadas anteriores, 2020 teve três campeões diferentes, um deles inédito: Fábio Mathoso, que obteve o título anual depois de Andrey Lima e Jackson Gonçalves levarem o título do 1º e 2º turno, respectivamente. Como nas duas temporadas anteriores, três rodadas duplas constituíram as duas primeiras fases: uma em Ingleses e duas em Joinville (estas em substituição a Guarapuava e Interlagos devido à pandemia da covid-19) no 1º turno, Beto Carrero, Ascurra e Joinville no 2º. A Superfinal foi realizada no Kartódromo Arena Itu. Ascurra e Itu foram os palcos que ingressaram na RNK em 2020.

No 1º turno, Andrey Lima e Nilton Rossoni chegaram à decisão, em Joinville, separados por apenas dois pontos. Com a vitória de Rossoni e a melhor volta de Andrey na primeira bateria da rodada dupla, contudo, ambos partiriam para a prova decisiva com o mesmo número de pontos na tabela. Largando na segunda fila com o adversário num distante P8 no grid, bastava a Niltinho marcar o rival e companheiro de equipe para garantir o título. Andrey, porém, escalou o pelotão e o que se viu foi um pega alucinante entre ambos, que se alternavam na ponta curva após curva, numa das provas mais emocionantes da história. Na última volta, Lima e Rossoni dividiram curvas lado a lado até que este, sem espaço para fazer a tomada para a saída do miolo, acabou escapando e voltando, por fora do traçado, à frente de um pelotão de mais seis karts que havia se formado. Ocupando toda a largura da pista, os oito primeiros rasgaram a longa reta de chegada praticamente juntos, e a quadriculada confirmou o título para Andrey Lima. Niltinho foi o vice, Fábio Mathoso o 3º, Claudinha Cardozo terminou em 4º e Luizinho Brambila em 5º. Everton Tonel, Chico Johnscher, Bruno Rocha, Otto Jr. e Anderson Rocha completaram os dez primeiros. A RBR conquistou o título entre as equipes.

No 2º turno, também decidido em Joinville, a briga ficou entre Jackson Gonçalves e Fábio Mathoso, que também chegou com dois pontos de vantagem sobre o adversário. A vantagem, porém, foi revertida já na primeira bateria, quando Mathoso largou na última fila – ainda conseguiria chegar em 6º – e o rival venceu. O resultado se repetiu na bateria final, confirmando o título do Jack e o vice-campeonato de Mathoso. Completaram o top 10 Andrey Lima, Juliano Cunha, Everton Tonel, Fabio Junior, Anderson Vieira, Rafael Demmer, Tido Olmedo e Felipe Mathias. A Box 45 foi a equipe campeã.

Com os bônus das primeiras fases, a Superfinal em Itu tinha dois japas como principais candidatos ao título: Andrey Lima e Fábio Mathoso, com três pontos de vantagem para o primeiro. Andrey venceu a primeira bateria, pouco mais de um décimo de segundo à frente de Mathoso, e ainda fez o melhor avanço em relação à posição de largada. Com a pontuação dobrada, abria 11 pontos de folga e parecia ter o título assegurado. No grid invertido, ambos largavam na última fila para a prova decisiva, e bastava para Andrey marcar o adversário. Debaixo de muita chuva, contudo, Mathoso se deu melhor e não negociou ultrapassagens para escalar o pelotão, terminando em 2º – Nilton Rossoni venceu a prova com folga – enquanto seu rival chegava apenas em 8º. Fábio Mathoso conquistava, assim, seu primeiro título na RNK. Andrey Lima foi o vice-campeão, seguido de Nilton Rossoni, Jackson Gonçalves, Tido Olmedo, Chico Johnscher, Everton Tonel, Anderson Vieira, Eduardo Johnscher e Juliano Cunha.   

X COPA RNK – 2021

Silvio Morselli (4º em pé da esquerda para a direita) recebe os amigos da RNK na Superfinal em Guaratinguetá. (Foto: Reprodução)

Nenhuma novidade na 10ª e histórica edição da Copa RNK. Nem mesmo quanto à pandemia da covid-19, que provocou atraso no início do campeonato depois de a segunda onda trazer mais uma bandeira vermelha e o fechamento do comércio e atividades não essenciais. Mas quando, finalmente, foi dada a largada, Jackson Gonçalves venceu as quatro primeiras etapas e conquistou o título do 1º turno, que marcou o retorno de São José dos Pinhais ao calendário da RNK com um novo recorde de 73 pilotos inscritos. Ascurra – que marcou a substituição do pódio tradicional pela premiação na pista em totens semelhantes aos da F1 – e Interlagos compuseram as outras duas rodadas. O vice-campeão Pablo Margeon também venceu quatro provas, terminando apenas dois pontos atrás, mas na primeira rodada, por ser estreante na Copa, correu em séries inferiores e fugiu do confronto direto com o campeão. Completaram o top 10 Andrey Lima, Fábio Mathoso, Fabio Junior, Diego Fernandes, Marcos Martins, Marcelo Tirisco, Emygdio Westphalen e André Maschio.

No segundo turno, porém, Jack e Pablo disputaram diretamente e chegaram à decisão, em São José dos Pinhais – antes, duas rodadas em Joinville e Ingleses – separados por apenas um ponto, com vantagem para Margeon. Este, porém, foi traído logo na primeira prova da rodada, quando liderava, pelo rompimento do cabo do acelerador, que o obrigou a parar no box para trocar de kart e alijou-o da disputa pelo título. Repetiu-se o resultado do 1º turno, com Jack, Pablo e Andrey nas três primeiras colocações. Bruno Tarachuka foi o 4º, Fábio Mathoso o 5º, seguidos de Anderson Vieira, Eugênio Westphalen, Eduardo Johnscher, Everton Tonel e Felipe Mathias.

A Box 45 conquistou o título por equipes nos dois turnos.

A Superfinal, no inédito Kartódromo 34 Guaratinguetá, trazia Jackson Gonçalves como favorito, não só pelos bônus que carregava (50), mas também pelo retrospecto ao longo do ano. Margeon, com 44 pontos de bônus, Andrey Lima (40) e Fábio Mathoso (37) eram os pilotos que lhe podiam fazer frente. A sorte, porém, não estava ao lado do Jack, que sem equipamento para disputar de igual para igual, viu o título escorrer pelas mãos. Mesmo sem vencer nenhuma das baterias, Fábio Mathoso sagrou-se campeão, Andrey Lima foi o vice, com Margeon em 3º, restando o 4º lugar para Jackson Gonçalves. Everton Tonel foi o 5º, Eduardo Johnscher o 6º e Bruno Tarachuka o 7º. Este chorou a perda de cinco posições em cada bateria – inclusive a primeira numa delas – por falta de 200 gramas na pesagem final, que lhe custaram o 4º lugar na classificação final do campeonato. O top 10 teve ainda Fabio Junior, Tido Olmedo e Marcelo Tirisco.


20 IMAGENS QUE MARCARAM 2021

Clayton Medeiros, mais uma vez, não economizou nos cliques e trouxe belos registros da Copa RNK, nas pistas e nos bastidores. Confira algumas das melhores imagens do ano:

1. Pablo Margeon decola em Guaratinguetá.

2. Jackson Gonçalves sofreu em Ingleses: Era uma vez um pneu…

3. Guto Hass e Luke, companheiros inseparáveis.

4. Bernanrdo se prepara para suceder o papai Andrey Lima.

5. Juliano Cunha e Rafa Bin em momento íntimo.

6. Marjorie ergue Eduardo Johnscher após vitória em Joinville.

7. Pablo Margeon acelerando na mão no Kart Park.

8. Strike de Thiago Pilkel em Ascurra.

9. Luizinho dá bandeirada depois de vencer em Ingleses.

10. Eduardo Johnscher fazendo rally no treino em Ingleses.

11. “Fake pole” de Anderson Sgorlon e Bassám Hajar na Superfinal.

12. Rodolpho Bettega e Rodrigo Almeida: o mais velho e o mais jovem da RNK.

13. Bandeirada da vitória para Cazu no Kart Park.

14. Guto e Bassám trocam confidências em Floripa.

15. Tarachuka e a vitória que não valeu em Guaratinguetá.

16. Passando o Rodo em Ingleses.

17. Tiago Jordão e Emygdio Westphalen: não faça do seu kart uma arma, a vítima pode ser você!

18. Ferrari cortando grama em Ascurra.

19. Tido Olmedo mandando seu recado.

20. O que será que Bruno Bogus viu na balança?