Brambila vence endurance e assume a liderança do 1º turno

Prova de longa duração no Beto Carrero marcou a 36ª vitória de Luiz Brambila na Copa RNK.

Luizinho Brambila é o primeiro a receber a quadriculada pela 36ª vez na Copa RNK.
22/05/2025 – Redação, com fotos de Igor PRS.

Maior recordista da Copa RNK, Luiz Brambila alcançou neste sábado (17), no Kartódromo Beto Carrero, sua 36ª vitória na história do campeonato, depois de também largar na pole position, a 29ª da carreira. Depois de uma hora de prova, Luizinho cruzou a linha de chegada apenas 89 centésimos de segundo à frente do 2º colocado, Antônio Honesko Jr. Completaram o pódio Diego Bettega, Felipe Mathias e Eduardo Almeida.

Com apenas 25 pilotos inscritos, o 25º GP Beto Carrero foi disputado em série única, fato que não ocorria desde 26 de novembro de 2016, quando somente 20 pilotos largaram no GP Richard Burns, prova em que a RNK se despediu do finado Raceland.

A largada Le Mans desta vez foi dada com os pilotos já sentados nos karts. Brambila marcou a pole, mas seu kart demorou mais para embalar. Mesmo assim, logo recuperou a ponta e, empurrado por Honesko, ambos conseguiram se distanciar do segundo pelotão, formado por Mathias, Bettega e Cazu. Nos pelotões intermediários, Ozias Jr., Hector Marin, Eduardo Almeida, Anderson Rocha, Eugênio Westphalen, Éverton Tonel, Emygdio Westphalen, Eduardo Johnscher, Tiago Alberti, Gilberto Rodrigues e Tirisco – este vindo de trás depois de largar em último por trocar de kart na formação do grid – tentavam evoluir.

Emygdio Westphalen e Eduardo Johnscher foram os primeiros a trocar de kart, assim que abriu a janela de paradas nos boxes, conseguindo melhor rendimento no segundo stint. Os ponteiros alongaram o primeiro stint o quanto puderam, parando na última volta possível. Honesko e Luizinho inverteram posições, com este passando a empurrar, mantendo a diferença que tinham sobre Matias e Bettega. No final, Luizinho reassumiu a liderança para vencer, cabendo a Honesko a 2ª posição e a melhor volta da prova. Bettega também ultrapassou Mathias para terminar em 3º. Eduardo Almeida completou o pódio na 5ª posição, que seria de Hector Marin se não tivesse errado sua parada por 0,427s e sofrido penalização de uma volta.

Na última volta, Eduardo Johnscher e Eugênio Westphalen ultrapassaram Emygdio, para terminar em 6º, 7º e 8º respectivamente. Ozias foi o 9º e Cazu completou o top 10 depois de enfrentar problemas mecânicos logo após a parada obrigatória.

Campeonato

Com 3 vitórias em 4 provas, Luizinho Brambila assumiu a liderança do 1º turno com 129 pontos, já computado o descarte do pior resultado. Diego Bettega é o vice-líder, com 122, seguido de Antonio Honesko (110), Felipe Mathias (101), Cazu (92), Eduardo Johnscher (88), Bruno Provensi (87), Eugênio Westphalen (87), Marcelo Tirisco (82) e Hector Marin (80) fechando o top 10.


Última volta

Azulprime Sul segue como um dos maiores apoiadores da Copa RNK.

Se nos endurances anteriores muitos pilotos foram penalizados por erro de parada, desta vez foram apenas três: Hector Marin e Leandro Deves, em uma volta, e o estreante Gilberto Rodrigues, este perdendo 8 voltas por efetuar a parada em tempo 23 segundos inferior ao limite de 5 minutos.

Muitos, porém, ainda vêm sofrendo para alcançar melhor precisão e perdendo segundos preciosos na troca de kart, entre eles António Keps, Chico Johnscher, Duddu Possebom, Mir Dall’Agnol e Lucas Zazula, este permanecendo no box por um minuto a mais.

No campo desportivo, nenhuma punição foi aplicada e os participantes receberam elogios dos comissários. “Parabéns aos pilotos, que desta vez se comportaram muito bem, só precisei apresentar uma placa de ADV”, declarou o diretor de prova Juan Serna ao final da competição. A placa de advertência é apenas uma “chamada de atenção”, não culminando em penalização.

Contribuiu para o bom andamento da prova o aumento da equipe diretiva e fiscal, contando desta vez com cinco elementos em lugar dos três habituais. No parque fechado, igualmente, não houve nenhum incidente, contando com a presteza do staff do kartódromo.

Deve ser elogiado também o trabalho da cronometragem, sob o comando de Maiara Tomaz, que ocorreu sem qualquer falha e com comunicação clara e ágil.

Mantendo-se na disputa por um lugar no pódio desde o início da prova, Cazu foi traído por um problema mecânico após sua parada obrigatória. Logo após fechar a volta de retorno dos boxes, seu kart começou a falhar. O piloto parou e constatou que havia se soltado a mola do afogador. O reparo foi rápido, mas lhe custou cerca de 30 segundos.

Revoltado ficou Anderson Rocha, que abandonou a prova ainda no primeiro stint. Depois de largar em P5, vinha fazendo corrida consistente entre os primeiros até perder uma roda. “Fiquei p***, nunca pego kart bom, e quando pego, ele quebra. Se a quebra fosse mais perto da entrada do box, até pegaria outro, mas como estava lá na Firewhip, resolvi abandonar”, lamentou. Fato é que a quebra se deu no momento da abertura da janela de paradas e, mesmo distante dos boxes, ele poderia ter aproveitado para fazer a troca sem perder muito tempo…

A prova teve a presença de dois pilotos que há algum tempo não corriam na RNK: Bruno Ortiz (2023) e Richard Eggenstein (2022). Este sofreu com a prova de longa duração e abandonou a 15 minutos do final.

Terceiro colocado no campeonato antes desta etapa, Bruno Provensi trocou a briga pelo título por uma viagem a Campos do Jordão, em comemoração às suas Bodas de Papel.

O encerramento do 1º turno está previsto para o dia 14 de junho em Joinville, no agora denominado Parque Kartódromo, cuja pista sofreu uma ampla reforma e conta com novos traçados.