Tudo que é ruim pode piorar ainda mais. Se as reclamações dos pilotos nas provas anteriores estavam restritas às condições dos karts do Raceland, na 7ª etapa elas se estenderam à cronometragem e a decisões polêmicas dos comissários. E o que não faltou foi confusão e mais reclamações.
Os problemas já começaram na formação do grid. Os três primeiros – Eduardo Johnscher, Rafael Vianna e Chico Johnscher – marcaram tempos na casa dos 50 segundos, o que é evidentemente impossível. Chico explica: “eu e o Rafael passamos reto na entrada do miolo, cortamos caminho, abortamos a volta, mas a cronometragem considerou válida. Como não temos acesso aos tempos, nem ficamos sabendo, só fui entender depois da corrida”. O mesmo ocorreu com a pole de Eduardo Johnscher. Mas não foi só isso. Eduardo Bettega, 4º tempo, inexplicavelmente foi jogado para o fundo do grid. É pouco? Então tem mais.
Como três dos 17 inscritos não compareceram, os “responsáveis” pelo Raceland incluíram dois pilotos de fora no grid. Verdadeiros “kamikazes”, atropelavam quem encontravam pela frente, provocando vários acidentes. O mais grave deles envolveu Edinho Marques no “S” da reta dos boxes. O piloto, que disputava as primeiras posições, teve de abandonar. Alguma punição para o maluco que tirou Edinho da corrida? Nenhuma. É pouco? Então tem mais.
Eduardo Johnscher liderava a prova quando perdeu a entrada do miolo e passou reto. Recebeu, então, a ordem de devolver a posição. Acabou perdendo várias posições e, quando voltou à disputa, se envolveu na confusão entre os forasteiros e Edinho. A partir daí iniciou-se uma forte disputa pela 3ª posição, entre Pedro Barbosa, Rodolpho Bettega, Eduardo e Chico Johnscher, que só se definiu no final em favor de Eduardo. No final da corrida, para surpresa de todos, Eduardo aparecia em 11º, com uma volta a menos. Resumo da “ópera”: foi punido pela Direção de Prova por ter cortado caminho.
É pouco? Tem mais. A melhor volta da prova, segundo a cronometragem, foi o espantoso tempo de 44,601s de Eduardo Bettega, a uma média de 100,894 km/h.
Depois de ingressar com um recurso aos organizadores da Copa RNK, Eduardo Johnscher teve ”restituída” a volta de penalização. A organização também decidiu não aplicar a bonificação pela pole e pela melhor volta, em função das evidentes falhas na cronometragem, bem como excluir da classificação os dois elementos estranhos que prejudicaram o bom andamento da prova.
O único fato incontestável foi a vitória, que coube a Eduardo Bettega – a terceira na temporada. Em segundo chegou Bruno Vianna, seguido de Eduardo Johnscher, Pedro Barbosa, Chico Johnscher e Marcelo Rosa.
Eduardo Johnscher lidera o campeonato com 108 pontos. Chico Johnscher é o 2º com 104 e Eduardo Bettega assumiu a 3ª posição com 96. Em seguida vêm Rodopho Bettega (91), Pedro Barbosa (84) e Menyr Zaitter (71), que não participou da prova e foi punido com a perda de dez pontos.
Faltam agora três provas para o encerramento da Copa. A próxima etapa será dia 13 de outubro, em local a ser confirmado.