O bicampeão Chico Johnscher mostra ressentimento com a velha-guarda do rally e não foge do status de piloto a ser batido em 2014

chico johnscherChico Johnscher concedeu entrevista ao site da Copa RNK e falou sobre suas expectativas para a temporada deste ano. Para ele, este ano será o melhor de todos em termos de competitividade e nível técnico de participantes. “Acredito que 2014  vai ser bem mais equilibrado que as temporadas anteriores, não só pela elevação do nível técnico dos pilotos, mas pelas mudanças no regulamento. Além do mais, como bicampeão, sou o piloto a ser batido. Todos desejam me superar,” afirmou.
Ao ser questionado sobre a equipe, não apresentou surpresas e a Johnscher Racing seguirá com a mesma formação da temporada anterior. Na visão do piloto e Team Manager da Johnscher, é desta forma que o time se manterá forte. “Somos um time bastante envolvido, que se ajuda na pista, principalmente eu e o Eduardo. Várias vezes corremos juntos, um empurrando o outro em vez de perder tempo disputando posição”, revelou. Ainda sobre a equipe, Chico se mostrou mais exigente em relação ao resultado de seus companheiros de equipe, especialmente a Marjorie.  “Espero que a Marjorie continue evoluindo para ser mais constante. Ano passado ela fez algumas boas corridas, chegou a fazer um pódio, mas ainda falta ‘destravar’ para contribuir mais para a equipe”, disse.
O piloto, que foi pivô de todas as mudanças do regulamento, elogiou as mudanças na categoria mesmo que passe a ter uma desvantagem. “As mudanças foram ótimas para aumentar a competitividade. Para mim, evidentemente piorou: usar lastro em todas as provas e largar atrás dos mais lentos no Raceland é claro que vai dificultar a briga pelo tri,” afirmou. Por outro lado, com seu habitual bom senso, Chico mostrou que pensa mesmo é na força da categoria. “Temos de pensar no campeonato. E nesse sentido, sem dúvidas, ficou mais atraente”, afirmou. O bicampeão também é totalmente a favor das etapas fora de Curitiba. Em sua opinião, a incógnita que permeia estas corridas são o maior atrativo.  “É mais um fator de equilíbrio, ou não… No Raceland todo mundo já anda praticamente igual, a pista não tem mais segredo. Correr em pistas desconhecidas vai acabar beneficiando os mais experientes, aqueles que tiverem mais facilidade de adaptação. Vai ser divertido, não vejo a hora de largar no Beto Carrero”, admitiu.
Por ser um dos idealizadores da Copa RNK, Chico Johnscher se mostrou muito satisfeito com os rumos da categoria. Os grids estão sempre cheios e já há um número praticamente fixo de pilotos, mas o ponto negativo fica por conta da baixa adesão dos rallyzeiros. “A Copa RNK está consolidada. O que começou como uma brincadeira de amigos virou coisa séria, e isso é bacana. Continuamos amadores, mas é uma brincadeira séria. Ninguém quer perder. Lamento, apenas, a pouca adesão dos companheiros do rally”, concluiu.