(Quase) vitória da RNK nos 200 km de Registro

Equipe Brothers Cars (à esquerda), 3ª colocada; Samurai (no centro), a vencedora; e a RNK (à direita), vice-campeã.

Brothers Cars (à esquerda), 3ª colocada; Samurai (no centro), a vencedora; e a RNK (à direita), vice-campeã.

Um misto de satisfação e frustração tomou conta dos pilotos do RNK Endurance Team no final dos 200 km de Registro. Depois de 164 voltas, Eduardo Johnscher, que pilotava o RNK 1 naquele momento, recebeu a bandeirada quadriculada em primeiro, pouco mais de 4 segundos à frente do segundo colocado. Uma polêmica punição de 10 segundos, entretanto, jogou o time para o segundo lugar.

A estratégia definida pela RNK para seus dois karts foi perfeita. Cada equipe faria seis stints entre 25 e 30 voltas, com cinco voltas lentas de 5 minutos obrigatórias para as trocas de kart e pilotos. Nesse quesito, a RNK deu um show e perdeu somente 23 segundos no total, em ambos os karts.

Eduardo Johnscher e Carlos Feijão conduzem seus karts para o pit lane.

Eduardo Johnscher e Carlos Feijão conduzem seus karts para o pit lane.

A largada, prevista para as 16h45, acabou acontecendo apenas por volta das 18h30, já à noite. De acordo com o planejado, Eduardo Johnscher largou no RNK 1 e Carlos Feijão, no RNK 2. A Equipe Mustangui pulou na ponta e liderou até a sua primeira parada nos boxes, com a Infotech, a Ramponi e o RNK 1 disputando a segunda posição, enquanto o RNK 2, num ritmo mais lento, caía para penúltimo dentre os oito participantes.

Depois de 30 voltas, Eduardo Johnscher entregou a direção a Eduardo Bettega, e este retornou à pista em primeiro, para cumprir uma “perna” mais curta, de apenas 12 voltas. Com a antecipação da parada, o RNK 1 perdeu a liderança, mas Chico Johnscher, o terceiro piloto a assumir o kart, já o devolveria a Ricardo Rocco novamente em primeiro. Daí até a última parada, o RNK 1 liderou com relativa folga. No penúltimo stint, Eduardo Bettega chegou a abrir mais de 20 segundos de vantagem para o segundo colocado, que a esta altura era a equipe Samurai, de Registro.

Quem vinha voando baixo, contudo, era o terceiro colocado, a Ramponi, também de Registro, que passou a tirar dois segundos por volta de Eduardo Johnscher na última perna. A inevitável ultrapassagem aconteceu a oito voltas do fim, mas, na volta seguinte, na saída do miolo, Johnscher emparelhou por dentro na saída do miolo e o toque foi inevitável. A colisão danificou a bomba de gasolina do kart de Registro, que acabou tendo de executar uma parada extra para trocar de kart.

O incidente gerou uma bandeira preta e branca para o RNK 1, que culminou com a punição de 10 segundos após a chegada. A Samurai acabou herdando a vitória. Em 3º lugar, chegou a Brothers Cars, de Curitiba. O RNK 2, pilotado por Carlos Feijão, Zé Cláudio Revoredo, Marjorie e Chico Johnscher, terminou em 6º, a duas voltas dos vencedores – resultado considerado satisfatório dentro do planejado pelo time.

Após a chegada, o clima esquentou entre os envolvidos, que quase foram às vias de fato. Os fiscais consideraram o piloto da RNK, Eduardo Johnscher, responsável pelo acidente. Johnscher se defendeu: “Eu estava no traçado, o cara fechou pra cima de mim. Queria que eu tirasse pra onde?”, justificou. Outros pilotos também viram a manobra como uma disputa normal de posição. Provocou animosidade também o fato de o piloto da Ramponi, depois de trocar de kart, tentar jogar Eduardo Johnscher deliberadamente para fora de pista por duas vezes, num evidente gesto de vingança. Para isso, os fiscais fizeram vistas grossas.

Mesmo sentindo-se prejudicados, os integrantes da RNK comemoraram o resultado e avaliaram como positiva a participação, isentando ainda os organizadores do evento, especialmente o Sr. Clodoaldo Gato, que também participou da prova, incansável nos trabalhos nos bastidores para que o endurance fosse um sucesso.