
26/12/2025 – Redação
O ano de 2025 foi motivo de orgulho e comemoração para os integrantes do RNK Endurance Team. O título do CEKI – o maior campeonato de rental kart do Brasil – não veio por muito pouco, mas o vice-campeonato foi muito festejado ao final das 12 Horas do Beto Carrero, que encerrou a temporada. Uma semana antes, o time celebrou o P3 conquistado nas últimas voltas das 24 Horas Rental Kart – a maior prova automobilística de longa duração do país – em Itu. Foi o melhor resultado obtido por uma equipe de fora de SP em dez edições da prova. E, dois meses, antes, o RNK Endurance Team finalmente colheu a primeira vitória em seus 11 anos de existência, na 3ª etapa do CEKP, no Kart Park.
A virada de chave do RNK Endurance Team começou há cerca de três anos, com o propósito de transformar a equipe – então coadjuvante no cenário do rental kart – em um time de ponta. De lá para cá, incutiu-se nos seus integrantes uma mentalidade vencedora – para o que teve papel fundamental o trabalho realizado pela psicóloga esportiva e chefe de equipe Marjorie Johnscher. Do ponto de vista técnico, pilotos e todo o staff de cronometristas e auxiliares se engajaram e evoluíram individualmente e, nesse aspecto, um dos baluartes da “revolução” foi o piloto Diego Bettega, assumindo uma posição de liderança positiva nas estratégias e orientação a todos os integrantes. Do ponto de vista financeiro, é preciso destacar o inestimável apoio do programa Proesporte, através da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo do Paraná, que com o aporte oriundo do ICMS devido pelas empresas incentivadoras – Tintas Verginia, Móveis Luciane, Ligga Telecom, Faccin Logística e Supermercados Santa Helena – possibilitou a captação de verba para custear a maior parte das despesas da equipe durante os dois últimos anos.
CEKP

A temporada 2025 para o RNK Endurance Team começou no dia 9 de março, no CEKP – disputado em 3 etapas de 6 horas e uma de 8 no Kart Park, em São José dos Pinhais – com um 4º lugar. A 2ª etapa foi desastrosa: uma quebra logo após a linha de cronometragem provocou um erro na parada e tirou qualquer chance de pódio. O resultado foi um amargo 9º lugar. A redenção viria na etapa seguinte, com a sonhada primeira vitória, em 26 de outubro, na chuva.
A estratégia perfeita, com a realização das paradas obrigatórias nos momentos mais críticos, foi determinante para o resultado. Na prova final, mais um pódio – 5º lugar – consolidou a RNK em 4º lugar no campeonato pela soma dos pontos dos dois karts que competiram, conduzidos ao longo da temporada por Diego Bettega, Fábio Mathoso, Chico e Eduardo Johnscher, Emygdio e Eugênio Westphalen, Anderson Sgorlon, Thiago Vasconcellos e Felipe Mathias. A Aguatop foi a campeã.
24 Horas

Como já é tradição nas 24 Horas Rental Kart, o RNK Endurance Team contou com o reforço de pilotos de outras equipes. Desta vez, Germano Pedroso, Cazu Júnior, Gustavo Jorge e Saul Perotto se juntaram à equipe com outros que já integraram o time anteriormente, como Marcelo Tirisco, Tido Olmedo, Gabriel Meister e Luizinho Brambila. Da equipe oficial, foram escalados Chico e Eduardo Johnscher, Diego Bettega, Denis Valente, Fábio Mathoso, Eugênio e Emygdio Westphalen, Tiago Vasconcellos, Samuel e Silvinho Morselli. O time inscreveu três karts, dois na categoria A – karts Moro motor Honda do KGV – e um na B – karts Mini motor Husqvarna da frota própria de Itu.
Antes da largada, a RNK foi homenageada como uma das únicas 5 equipes a participar de todas as 10 edições da prova. Durante as primeiras horas, os dois karts da A seguiram juntos, sempre entre os primeiros colocados, até sofrer a quebra do kart empurrador. Ao longo de toda a competição, o kart principal se manteve na disputa e, nas últimas voltas, num stint alucinante, a dupla Samuel Morselli/Gustavo Jorge superou o kart dos tricampeões (2021-22-23) Karteiros para assumir a 3ª posição.
A vencedora foi a Sansei Jampac e a Maverick, campeã de 2024, chegou em 2º lugar, ambas as equipes duas voltas à frente da RNK.
CEKI

A abertura do CEKI, no dia 22 de março, não poderia ter sido mais desastrosa. Depois de uma excelente largada, assumindo a ponta na primeira volta com Allan Ramos, um erro logo na 3ª parada obrigatória, quando liderava a prova, alijou-o da disputa. Transformado então em principal, o empurrador mais bem colocado chegou apenas em 11º lugar.
A partir de então, o RNK Endurance Team apostou todas as fichas do campeonato no kart 96, e o pódio veio com um 4º lugar na 2ª etapa, numa corrida conturbada pela chuva e muitas quebras. Na etapa seguinte, o time disputou a ponta até o final, terminando em 3º e obtendo três pontos extras por horas lideradas e fazendo a melhor volta da prova. O resultado alçou a equipe à vice-liderança do campeonato e, pela primeira vez na história, com chances reais de disputar o título.
Na etapa decisiva, de 12 horas, uma punição de uma volta por ultrapassagem em bandeira amarela, tirou as chances de lutar pela vitória. Mesmo assim, o 7º lugar foi bastante comemorado, pois garantiu o vice-campeonato.
Allan Ramos foi o grande destaque da equipe, entregando o kart principal em P1 no primeiro stint nas quatro provas. Além dele, integraram o time ao longo do ano os pilotos Fábio Mathoso, Flaviano Ramos, Diego Bettega, Eduardo e Chico Johnscher, Guto Bertuol, Eugênio e Emygdio Westphale, Anderson Sgorlon, Thiago Vasconcellos, Denis Valente, Felipe Mathias, Tiago Jordão, Maximiliano Portocarrero e Nando Sens – este, o novo piloto autista na segunda fase do projeto de inclusão de atletas portadores de TEA.
Com o anúncio do encerramento das atividades do Kartódromo Beto Carrero e a incerteza da continuidade do CEKI, o RNK Endurance Team analisará as possibilidades de calendário para 2026.