RNK inicia temporada 2024 em Joinville  

Apesar do número de competidores abaixo do habitual, disputas foram de alto nível.

Baterias tiveram entre 18 e 19 karts.
09/03/2024 – Redação, com fotos de Nei Quadros.

Enfrentando a concorrência da Seletiva para o Mundial de Rental Kart, marcada para a mesma data no Beto Carrero, apenas 37 pilotos abriram a temporada 2024 da Copa RNK, em Joinville, no último sábado (2). O número reduzido de competidores, no entanto, não tirou o brilho e a emoção das disputas, que tiveram quatro baterias com grids entre 18 e 19 karts, poucas punições e nenhum recurso interposto. Fábio Mathoso, Guilherme Medeiros, Emygdio Westphalen e Antonio Honesko foram os vitoriosos da rodada.

26º GP de Joinville

A primeira etapa foi desenvolvida no traçado completo tradicional e teve a vitória de Fábio Mathoso, agora defendendo as cores da equipe Covil Bier Racing, na série B. Largando na pole, Mathoso abriu boa vantagem logo no início e não foi ameaçado em nenhum momento, vencendo com tranquilidade. O melhor da prova ficou reservado à briga pela 2ª posição, inicialmente entre Adriano Goulart, Marcelo Tirisco, Edilson Bueno, António Keps e Thiago Pilkel. Algumas voltas bastaram para que Goulart e Bueno descolassem do pelotão abrindo dos demais.

A quatro voltas do final, contudo, Adriano perdeu rendimento e foi perdendo posições, deixando o caminho livre para Edilson Bueno terminar em 2º, quase 8 segundos atrás do vencedor, mas quase 15 à frente do pelotão que brigava pelo 3º posto. Nessa disputa, quem levou a melhor foi Marcelo Tirisco, enquanto Thiago Pilkel, Keps e Andrey Lima, que havia largado no meio do grid, perdiam tempo em disputa interna. Thiago e Andrey completaram o pódio.

Na série A, foi Guilherme Medeiros quem venceu de ponta a ponta depois de fazer a pole. Largando em 3º, Diego Bettega superou Cazu na primeira curva para assumir a 2ª posição. No inevitável bate-bate da primeira curva, Anderson Vieira se posicionou bem por fora, livrando-se do enrosco e ultrapassando Eugênio Westphalen e Chico Johnscher para assumir a 4ª posição, assim como Everton Tonel saiu de 13º para subir à 6ª colocação. Com o acelerador travando, entretanto, Bettega rodou na frente de Cazu na volta seguinte, do que se aproveitou Vieira para ultrapassar também o companheiro de Tartarugators. Cazu, porém, logo reassumiu a 2ª colocação, que manteve até o fim, com Vieira em 3º.

Todavia, o melhor da corrida ficou por conta da recuperação de Felipe Mathias. Depois de trocar o kart ao final do qualify e largar em último, ele escalou o pelotão e na metade da prova já entrava na briga pelo pódio, superando Chico Johnscher e Everton Tonel para terminar em 4º. Na última volta, Chico e Tonel ainda protagonizaram emocionante revezamento de posições até a bandeirada, prevalecendo Tonel em 5º.

27º GP de Joinville

Na segunda etapa foi utilizado um novo traçado alternativo contendo mais um hairpin ligando a grande reta ao miolo, no sentido invertido, cortando o famoso barranco. O “atalho”, pavimentado em concreto, criou um novo desafio aos pilotos, devido à menor aderência do piso, e tornou-se o principal ponto de ultrapassagem do circuito.

“Rebaixado” para a série B, Emygdio Westphalen sobrou na primeira bateria vencendo de ponta a ponta. Depois de fazer a pole, só administrou a vantagem sobre o pelotão formado por Diego Bettega, Adriano Goulart e Mário Ulandowski, cerca de dois segundos atrás. Na metade da prova, Bettega perdeu fôlego e os outros dois se distanciaram na disputa pela segunda posição, com Ulandowski garantindo o 2º lugar e Goulart, o 3º. Bettega foi o 4º.

No terceiro pelotão, Eduardo Johnscher fez ótima largada pulando da 9ª posição no grid para o 5º posto. Sem condições de brigar mais na frente, defendeu-se como pôde dos ataques de Anderson Sgorlon, no início, e depois de Anderson Rocha, que completou o pódio.

Na série A, Fábio Mathoso foi o pole e pulou na frente, trazendo com ele toda a fila ímpar (interna), que se posicionou melhor para fazer o novo grampo do cimento, onde um previsível enrosco aconteceu. Largando respectivamente em 3º. 7º e 9º, Andrey Lima, Cazu e Chico Johnscher assumiram a 2ª, 3ª e 4ª posição, sendo Everton Tonel o único da fila de dentro que não se deu bem.

Mas, com melhor rendimento, a “turma de fora” logo se recuperou, e Medeiros, Honesko e Mathias foram ganhando posições, enquanto Cazu e Chico iam ficando para trás. Medeiros perdeu o fôlego na metade final, enquanto Andrey Lima acabou rodando sozinho quando brigava pela 2ª posição, deixando o caminho livre para Antonio Honesko buscar Mathoso, ultrapassá-lo na última volta e conquistar sua primeira vitória na RNK. Felipe Mathias foi o 3º, o estreante Vagner Veiga, em ótima corrida de recuperação, foi o 4º depois de largar na penúltima fila. Cazu completou o pódio.

Campeonato     

Fábio Mathoso lidera o campeonato.

Com a vitória e o 2º lugar no fim de semana, Fábio Mathoso lidera o campeonato com 51 pontos. Guilherme Medeiros, com 45, é o vice-líder, seguido de Antonio Honesko (44), Cazu e Felipe Mathias (42), Emygdio Westphalen (38), Edilson Bueno e Andrey Lima (37), Vagner Veiga (36), Anderson Vieira e Everton Tonel (35).

Entre as equipes, a Covil APA (Emygdio, Mathoso e Mathias) lidera com 98 pontos e a Tartarugators 1 (Cazu, Medeiros e Vieira) vem em 2º com 87.


Última volta

A chuva que caiu sobre Joinville no início da manhã deixou a pista úmida e com algumas poças quando os pilotos foram para a sessão de treino. O sol forte, porém, não tardou a secar totalmente a pista.

A desatenção do bandeira, que não percebeu o “buraco” aberto entre o P2 e o P4 na largada da primeira bateria, prejudicou alguns pilotos. Enquanto a quadriculada verde e amarela baixava, Chico Johnscher, um dos fiscais do procedimento de largada, sinalizava para que esta fosse abortada. Prejuízo para quem vinha atrás e tirou o pé…

Diferentemente das edições anteriores do GP de Joinville, poucas punições precisaram ser aplicadas desta vez. As famosas penalizações por desrespeito aos limites da pista, agora demarcados com cones, se reduziram a apenas duas ao longo de todo o evento.

Com uma lesão no ombro oriunda de uma partida de vôlei alguns dias antes, António Keps correu também contra as dores no circuito travado de Joinville. “Só aguentei por causa do Canforex”, avaliou o piloto.

Entre os estreantes, o único que chegou ao pódio foi Vagner Veiga, também o único a subir da série B para a A. E foi justamente na série A, largando entre os últimos depois de trocar de kart durante o qualify.

Assim como na temporada anterior Azulprime, Candy Shop, Correta Redações e Acrílico Shalon seguem como principais patrocinadores da Copa RNK.

A próxima etapa do campeonato seguirá no próximo dia 6 de abril, também no Kartódromo Internacional de Joinville.