Superfinal vai definir título da Copa RNK em Aldeia da Serra

Os melhores pilotos das fases classificatórias decidirão campeonato em rodada dupla com pontuação dobrada.

Fábio Mathoso e Junior Cazu estão entre os principais candidatos ao título. (Foto: Clayton Medeiros)
24/10/2022 – Da Redação

A 11ª temporada da Copa RNK chega ao fim no dia 5 de novembro, no Kartódromo Aldeia da Serra, em Barueri, região metropolitana de São Paulo. Na corrida pelo título máximo anual, estarão na pista os 24 pilotos que mais pontos obtiveram nos dois turnos semestrais.

Nesta reta final, Fábio Mathoso e Junior Cazu despontam como principais candidatos ao título. Atual bicampeão, vencedor do 1º turno e vice do 2º, Mathoso vai levar 45 pontos de bônus na Superfinal, contra 42 do seu principal adversário. Vice-campeão do 2º turno e 3º colocado no 1º, Cazu vai em busca de sua primeira conquista na Copa RNK. Além deles, os pilotos com maiores chances são Tido Olmedo, com 35 pontos de bonificação, Jackson Gonçalves (34), Claudinha Cardozo (31), Luizinho Brambila (campeão do 2º turno, com 25), Luis Roberto (vice-campeão do 1º turno, também com 25 pontos) e Eduardo Johnscher (24). Todos os pilotos levam para a Superfinal pontos referentes à sua classificação em cada turno: 25 para o 1º, 22 para o 2º, 20 para o 3º, 19 para o 4º, 18 para o 5º e assim sucessivamente até o 22º (1 ponto).

A Superfinal será desenvolvida em duas baterias valendo pontuação dobrada, inclusive os pontos extras pela pole, melhor volta e maior avanço. A segunda bateria não tem qualify, sendo o grid definido pela inversão do resultado da primeira bateria. Serão, portanto, mais 108 pontos em jogo.

Desde que esse sistema foi instituído na Copa RNK, em 2016, a Superfinal é tradicionalmente realizada em São Paulo. Nas três primeiras edições, o palco foi o Kartódromo Ayrton Senna, em Interlagos. Em 2019, foi disputada no KGV (Granja Viana); em 2020, no Kartódromo Arena Itu; e em 2021, no 34 Kartódromo Guaratinguetá. Pela primeira vez, o circo da RNK será armado em Aldeia da Serra.

Relembre, a seguir, um pouco da história das seis superfinais anteriores.

2016 – 5ª Copa RNK

Primeira Superfinal da história da RNK, em Interlagos, teve 15 pilotos. De pé: Marcelo Rosa, Luiz Brambila, Franciel Vivan, Rafael Demmer, Samurai Sam, Chico Johnscher, Eugenio Westphalen e Eduardo Johnscher. Agachados: Anderson Rocha, Ale trevisan, Marjorie Johnscher, Rafael Vianna, Rick Bull e Kleber Borges. Carlos Feijão chegou atrasado para a foto. (Foto: Clayton Medeiros)

Na primeira edição da Copa RNK disputada no formato de turnos e Superfinal, classificavam-se somente os cinco primeiros de cada turno – que recebiam bônus referentes à classificação em cada um – e os cinco pilotos que mais pontos tivessem obtido em um dos turnos isoladamente – estes recebiam 15 pontos. A pontuação na prova não era dobrada, o que facilitou a vida de Luizinho Brambila – vencedor dos dois turnos – que mesmo terminando a segunda bateria em último, devido a uma punição, foi campeão.

Desenvolvidas debaixo de muita chuva no Kartódromo de Interlagos, as duas baterias foram vencidas por Rick Bull e Samurai Sam. Ambos, nas fases classificatórias, haviam participado de somente três provas e acabaram terminando o campeonato respectivamente na 4ª e 5ª colocação.

Brambila chegou em 2º na primeira prova e liderava a bateria derradeira, quando seu kart ficou sem freio e foi parar no barranco. O piloto ainda conseguiu levar o kart até o box para efetuar a troca e iniciar outra corrida de recuperação, cruzando a linha de chegada em 3º. Temendo perder o título, porém, Luizinho pagou o preço. Foi punido em 10 segundos por uma colisão com Alessandro Trevisan – o que o colocaria em 6º na classificação final – e, pior: para levar seu kart ao box, cortou todo o miolo e foi punido com a perda de dez posições, caindo para último. Mesmo assim, garantiu o título com 7 pontos de vantagem.

Em 2º lugar, Chico Johnscher – com um 5º e um 3º lugar na Superfinal – e Rafael Demmer – 7º e 4º – terminaram empatados. Nos critérios de desempate, Chico ficou com o vice-campeonato.

2017 – 6ª Copa RNK

Pódio da segunda bateria: Marjorie Johnscher (P4), Juliano Cunha (P2), Luiz Brambila (P1 e campeão), Renato Braga (P3) e Anderson Vieira (P5). (Foto: Clayton Medeiros)

Em 2017, o número de vagas foi ampliado para 20 – 8 em cada turno e mais 4 por índice técnico (soma dos pontos obtidos nos dois turnos) – e os pontos de bonificação passaram a ser atribuídos conforme a classificação em cada turno, como no modelo atual. Para dificultar a classificação de pilotos considerados aventureiros – com participação apenas esporádica – passou a ser exigida a presença mínima em metade das 12 provas das fases classificatórias.

Com a desistência de pilotos com pontuação elevada nos dois turnos – entre eles Andrey Lima, Rafael Demmer e Tido Olmedo – e a pouca perspectiva da grande maioria com bonificação baixa, as vagas não foram preenchidas e apenas 18 pilotos largaram na Superfinal em Interlagos.

Vice-campeão do 1º turno e campeão do 2º, Luizinho Brambila fez prevalecer mais uma vez sua vantagem nos bônus para garantir o bicampeonato – 11 pontos a mais que seu principal concorrente, Bruno Rocha. Na primeira prova, porém, ao chegar apenas em 7º lugar e ver o adversário fazer a pole e vencer de ponta a ponta, a diferença foi reduzida a apenas um ponto. Na segunda prova, contudo, a situação se inverteu: Luizinho venceu e Bruno foi 7º, o que ainda lhe garantiu o vice-campeonato.

Com a disputa pelo título virtualmente restrita a apenas dois pilotos, a briga pelo 3º lugar no campeonato foi a mais equilibrada, culminando em um triplo empate entre Chico Johnscher (5º e 11º lugar em cada bateria), Marcos Martins (2º e 12º) e Renato Braga (10º e 3º). Mais uma vez Chico levou a melhor nos critérios de desempate – uma melhor volta obtida na última passagem da primeira bateria – e ficou com a 3ª colocação. Martins foi o 4º e Braga, o 5º.

2018 – 7ª Copa RNK

Andrey Lima (88) e Eduardo Johnscher (9) na primeira fila marcam o mesmo tempo no qualify. (Foto: MM Schuartes)

Em 2018, o número de vagas foi ampliado para 25, 10 em cada turno e mais 5 por índice técnico. Novamente disputada em Interlagos, a Superfinal não contou com o campeão do 1º turno, Jackson Gonçalves. Daniel Silva, campeão do 2º turno, foi o piloto com maior pontos de bônus, dois a mais que Andrey Lima, vice-campeão do 1º turno e 3º colocado no 2º.

E foi justamente Andrey Lima, sem vencer nenhuma das baterias da Superfinal – foi 2º e 4º colocado – quem conquistou o título. A primeira prova foi vencida por Luiz Brambila, e a segunda, por Bruno Rocha, que acabou protagonizando um fato curioso. Na primeira prova, quando disputava as primeiras posições, bateu inadvertidamente no botão que corta a ignição, localizado na direção, e optou por abandonar para largar em 1º pelo grid invertido na segunda, vencendo então de ponta a ponta. Com menos pontos de bonificação, no entanto, ambos terminaram o campeonato apenas na 7ª e 8ª colocação.

Daniel Silva, que terminara a primeira bateria em 5º, na segunda envolveu-se num acidente com Fábio Mathoso e acabou abandonando, o que lhe custou também a perda do vice-campeonato, praticamente garantido. Tido Olmedo, com modesto 7º e 11º lugar, foi o vice-campeão. Eduardo Johnscher (3º e 12º) e Everton Tonel (22º e 3º) completaram o top 5 da temporada.

2019 – 8ª Copa RNK

25 karts perfilados na saída do box para a decisão no KGV. (Foto: Clayton Medeiros)

Para a Superfinal de 2019, realizada no Kartódromo Granja Viana, o número de vagas foi aumentado para 26 e a pontuação passou a ser dobrada, dando maior peso à rodada decisiva do campeonato. Quinto colocado no 1º turno e vice-campeão do 2º, Jackson Gonçalves foi o campeão anual, depois de vencer a primeira bateria e chegar em 4º na segunda, revertendo a desvantagem de 4 pontos que tinha em relação a Bruno Rocha – campeão do 1º turno e 4º colocado no 2º – nos bônus trazidos das fases classificatórias. Bruno, 3º e 7º nas baterias da Superfinal, foi o vice-campeão.

A segunda bateria no KGV teve a surpreendente vitória de Bruno Bogus, que sem nenhum ponto de bonificação, terminou o campeonato em 10º lugar. Luizinho Brambila, campeão do 2º turno, com um 7º e um 2º lugar na Superfinal, foi o 3º colocado no campeonato. Tido Olmedo, com dois sextos lugares, foi o 4º colocado, e Bruno Tarachuka, que estreava aquele ano na RNK, com um 9º e um 11º, foi o 5º na classificação final.

2020 – 9ª Copa RNK

Chuva foi desafio na Superfinal em Itu. (Foto: Clayton Medeiros)

Desta vez no Kartódromo Arena de Itu, sob muita chuva, o campeonato de 2020 novamente teve virada na Superfinal. Campeão do 1º turno e 3º colocado no 2º, Andrey Lima chegava à decisão com 3 pontos de vantagem em bônus sobre o seu principal oponente, Fábio Mathoso, que terminara os turnos em 3º e 2º. Ao terminar a primeira bateria em 2º lugar, justamente atrás de Andrey, a diferença subia para 11 pontos. Na bateria final, contudo, vencida por Nilton Rossoni, Andrey só chegou em 8º, e Mathoso, novamente 2º, foi o campeão sem precisar vencer.

Vice-campeão do 1º turno, Rossoni – que na primeira bateria foi apenas 14º por ter seu motor apagado numa poça d’água quando brigava pela ponta – foi o 3º na classificação geral. O campeão do 2º turno, Jackson Gonçalves, 4º e 11º nas baterias, terminou o campeonato em 4º lugar. Tido Olmedo (3º e 6º nas baterias) foi o 5º.

2021 – Copa RNK 10 Anos

Em Guaratinguetá, a primeira experiência de largada em movimento na Copa RNK.

O 34 Kartódromo Guaratinguetá foi a pista escolhida para a decisão da 10ª edição da Copa RNK, que teve o número de vagas reduzido de 25 para 24. E novamente Fábio Mathoso virou o jogo para chegar ao bicampeonato, sem vencer nenhuma das baterias e sem ter sequer chegado perto da disputa pelo título nos dois turnos – foi apenas 4º e 5º colocado nas fases classificatórias. Jackson Gonçalves foi o campeão de ambas, acumulando 50 pontos de bônus; Pablo Margeon, foi duas vezes vice, levando 44 pontos; e Andrey Lima, 3º nos dois turnos, somou 40. Mathoso chegou à Superfinal apenas em 4º no ranking, com 37 pontos de bônus.

A primeira prova teve a vitória de Fabio Junior, que já não tinha muitas aspirações ao título. Andrey Lima chegou em 2º depois de marcar a pole, Jackson foi o 3º e Mathoso, o 4º, enquanto Margeon amargava um modesto 8º lugar. Com esses resultados, Andrey diminuía para quatro a diferença para Jackson, o líder, que abria 15 e 16 pontos, respectivamente para Mathoso e Margeon, seus outros adversários diretos.

Na segunda prova, Bruno Tarachuka ganhou mas não levou: na pesagem final, a falta de 400 gramas para atingir o lastro mínimo de 90 kg custou-lhe a perda de cinco posições, e a vitória coube a Everton Tonel. Enquanto Andrey e Jackson sofreram com seus karts e terminaram em 10º e 16º lugar, Mathoso voou na pista saindo da 21ª posição para chegar em 3º e conquistar o bicampeonato. Pablo Margeon também fez ótima corrida, terminando em 4º e empatando com Andrey na pontuação final. O vice-campeonato, entretanto ficou com Andrey nos critérios de desempate. Para Jackson Gonçalves, o 4º lugar no campeonato foi um castigo. Everton Tonel completou o top 5 da temporada.