Surge um novo campeão na Copa RNK: Gabriel Meister conquista o título no Beto Carrero

Encerramento do 2º turno no Beto Carrero definiu o campeão e os classificados para a Superfinal

Pódio da bateria principal do dia: o campeão Gabriel Meister (98), o 3º no 2º turno Diego Bettega (47), o vice-campeão Germano Pedroso (22), Chico Johnscher (18) também classificado, e Denis Valente (6), fora da Superfinal.

27/10/2023 – Da Redação.

A Copa RNK conheceu no último domingo (22) o campeão do 2º turno e os 24 superfinalistas que decidirão o título anual, dia 18 de novembro, em Paulínia-SP. A rodada dupla realizada no Kartódromo Internacional Beto Carrero teve a presença de 59 pilotos divididos em 3 séries e viu mais uma vitória de Gabriel Meister – o piloto da Alligator’s Arm, que não participou do 1º turno, já havia vencido duas vezes em Joinville e, indo ao pódio em todas as etapas, sagrou-se campeão. As demais baterias tiveram as vitórias de Germano Pedroso, Rafa Bin, Anderson Vieira, Denis Valente e Vinicius Kavilhuka, estes dois vencendo pela primeira vez na RNK.

Devido a obras de restauração da grama no entorno do trecho conhecido como bacia, os traçados disponibilizados pelo kartódromo foram mais curtos, ambos no sentido invertido (horário) com chicanes que não são costumeiramente consideradas como pista, incluindo num dos traçados a famosa “colher de pedreiro”.

No primeiro bloco de provas, Fábio Mathoso marcou a pole na série C, mas não conseguiu sustentar a ponta e foi superado por Rafa Bin, que mesmo com seus 20 quilos de peso extra, venceu a prova. Mathoso foi o 2º, seguido de Rodrigo Ribeiro, Marcos Martins e António Keps – estes dois voltando à pista depois de longa ausência.

Na série B, o pole Denis Valente e Cesar Japs, partindo por dentro na 2ª fila, abriram grande vantagem logo após a largada, quando diversos karts se enroscaram na primeira chicane. Luizinho Brambila, largando em 6º, aproveitou para assumir a 3ª posição, mas com rendimento pior, facilitou a vida dos líderes ao mesmo tempo que dificultou a do segundo pelotão. Éder Perboni, Antonio Honesko e Fernando Truiz – este em bela escalada vindo da 5ª fila – passaram a disputar o 3º posto depois que suplantaram Brambila, abrindo também dos demais. Valente venceu com tranquilidade, assim como Japs na 2ª colocação. A briga pelo 3º lugar só se definiu na última volta, com Honesko em 3º, Truiz em 4º e Perboni em 5º.

Assim como na bateria anterior, os dois pilotos que largaram por dentro nas primeiras filas – o pole Diego Bettega e o 3º Gabriel Meister – pularam na frente. Bettega foi superado por Meister na 2ª volta e por Leandro Schillo na seguinte, e os pilotos da Alligator’s Arm abriram boa vantagem. A partir daí, uma disputa ferrenha se estabeleceu entre Bettega, Cazu, Germano Pedroso e Ozias Jr. Nas últimas voltas, Bettega se firmou em 3º e Germano em 4º, enquanto Ozias levou a melhor sobre Cazu e terminou em 5º.

A “colher de pedreiro” deu trabalho aos pilotos.

Com um traçado ainda mais curto – na casa dos 38 segundos – no segundo bloco de baterias, o trânsito com retardatários se intensificou, principalmente na série C, que teve um acidente logo após a largada quando diversos karts se enroscaram na colher de pedreiro. O pole Vinicius Kavilhuka se aproveitou para sumir na frente e vencer com tranquilidade. Duddu Possebom e Guilherme Medeiros, P2 e P3, chegaram a ser penalizados por corte de pista no incidente e foram alijados do pódio, mas entraram com recurso e, após análise de vídeo, constatou-se que foram empurrados para fora da pista e não tiveram vantagem na manobra. Gilmar Coleta, Lino Mariano, Matheos Pires e João Pedro Feiler formaram o pódio, mas posteriormente caíram para 4º, 5º, 6º e 7º.

A série B foi a que teve a melhor briga pela ponta. Rodrigo Ribeiro largou na pole, mas Everton Tonel ultrapassou-o na terceira volta e liderou boa parte da prova um pelotão compacto que tinha ainda Lucas Silveira, Leandro Brum e Anderson Vieira. Este, depois de largar em P8, avançou e, trabalhando em conjunto com Silveira, ambos passaram Tonel no terço final da prova. Vieira foi o vencedor e Tonel recuperou o 2º lugar. Silveira ainda perdeu a 3ª posição para Brum na última volta e Ribeiro completou o pódio.

Na última e principal bateria do dia, o pole Germano Pedroso e Diego Bettega largaram forte e já abriram vantagem confortável para os demais, reservando a briga pela liderança somente na segunda metade da prova. Bettega chegou a assumir a ponta, mas por pouco tempo, pois Pedroso fez valer a experiência para vencer por margem apertada. Enquanto Denis Valente corria tranquilo em 3º, outro pelotão – formado por Cazu, Meister, Schillo, Brambila e Chico Johnscher promovia disputa acirrada, e o mais eficiente foi Chico, que saindo de trás avançou para terminar em 3º. Meister foi o 4º e Valente chegou em 5º.

Classificação

Gabriel Meister é o campeão do 2º turno com 127 pontos válidos. Germano Pedroso, o vice-campeão, somou 115 pontos e Diego Bettega, 3º colocado, 108 pontos. Com 105 pontos, Cazu foi o 4º, e Eduardo Almeida foi o 5º com 98, mesma pontuação de Chico Johnscher, o 6º, que perdeu nos critérios de desempate. Completaram o top 10 Anderson Vieira, Lucas Monteiro (ambos com 97), Felipe Mathias (96) e Everton Tonel (94).

Os 10 estão classificados para a Superfinal e se juntam a Luizinho Brambila, campeão do 1º turno, Matheus Schillo, Leandro Schillo, Guilherme Medeiros, Tido Olmedo e Luis Roberto, também classificados no semestre anterior. Germano Pedroso, Cazu, Eduardo Almeida e Lucas Monteiro, que já haviam garantido vaga no top 10 do 1º turno, abriram mais quatro vagas, totalizando mais oito pilotos que obtiveram classificação pela somatória dos dois turnos: Eduardo Johnscher, Hector Marin, Helder Kill, Antônio Honesko Jr., Ozias Jr., Emygdio Westphalen, Cesar Japs e Mário Ulandowski.

Entre as equipes, o título ficou com a Alligator’s Arm, de Gabriel Meister, Leandro e Matheus Schillo, com 244 pontos. A KartCam 1 (Germano Pedroso, Helder Kill e Cesar Japs) foi a vice-campeã, com 210, e a Tartarugator’s L8 Energyy (Luizinho Brambila, Cazu e Anderson Vieira) foi a 3ª colocada, com 197 pontos. Os dois times da Covil (IPA, de Eugenio Westphalen, Felipe Mathias e Everton Tonel, e APA, com Diego Bettega, Emygdio Westphalen e Marcos Martins) ficaram em 4º e 5º, com 192 e 191 pontos respectivamente, seguidos pela Johnscher Racing (Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher), com 181.


Última volta

Rod Becker foi quem levou a pior no “Big One” após a largada da segunda bateria da série C. Atingido pelo kart de Anderson Pereira, que não teve responsabilidade no acidente, ressalte-se –, o piloto fraturou uma costela e deverá ficar afastado das pistas por um longo período.

Devido a esse incidente, a Organização optou por modificar o procedimento de largada para as baterias seguintes, que passaram a ser feitas em fila indiana e próximo à entrada da curva fatídica.

Alguns pilotos ainda precisam estudar melhor os regulamentos desportivos e significado das bandeiras. Na segunda largada da série B, os ponteiros partiram sem que a bandeira tivesse sido acenada – a largada havia sido abortada porque um buraco se abriu no pelotão – a muito custo foram parados na reta dos boxes para alinhar novamente.

O piloto curitibano Matheos Pires estreou na Copa RNK depois de dois anos de inatividade no kart e comemorou muito o troféu de 4º lugar conquistado na segunda bateria da série C. A alegria, contudo, só durou até o dia seguinte, quando Duddu Possebom e Gui Medeiros tiveram deferidos seus recursos e recuperaram o P2 e o P3.

A agilidade no parque fechado foi uma novidade positiva no Kartódromo Beto Carrero. Com duas frotas disponíveis, uma identificada com placas amarelas e outra com placas brancas, se alternando, não houve demora entre o final de uma bateria e o início de outra.

O sorteio dos karts disponibilizado no telão com a identificação da cor da frota momentos antes da chamada para o parque fechado também foi eficiente. Menos para dois pilotos que acabaram se atrapalhando. João Pedro Feiler foi chamado na hora da montagem do grid para trocar de kart. Sorteado com o kart 7 amarelo, não o encontrou e acabou indo para a pista com o 7 branco. Ambos acabaram ficando sem tempo registrado no qualify e acabaram remanejados para o fim do grid. É que Mir Dall’Agnol havia pegado o seu kart porque se baseou pela lista de inscritos visível no telão muito antes do sorteio. Reclamaram muito, mas a verdade é que faltou atenção…

Críticas, entretanto, também precisam ser apontadas. Menos que o habitual, mas muitas reclamações correram nos bastidores sobre o equilíbrio dos karts. Depois de 24 baterias realizadas em campeonatos na véspera, a rodada da RNK no domingo acabou prejudicada pela falta de tempo hábil para a revisão adequada dos equipamentos.

Mais grave, no entanto, é a falta de preparo por parte de alguns membros do staff do kartódromo, com pouco conhecimento sobre bandeiras e falta de atenção na formação do grid. Em duas ocasiões, o fiscal responsável pelo alinhamento cometeu equívocos no alinhamento.

Rafa Bin, Denis Valente e Gabriel Meister, vencedores do primeiro bloco de provas, foram brindados com uma placa decorativa oferecida pela Decora Light.

Dois pilotos chamaram atenção pelo crescimento na reta final do campeonato: Diego Bettega e Chico Johnscher. Com uma pole e três pódios cada nas últimas quatro etapas, ambos garantiram classificação para a Superfinal. Destaque para Bettega, que mesmo correndo com 100kg, ainda obteve uma vitória.

A rodada no Beto Carrero contou mais uma vez com transmissão ao vivo do canal Kart TV (Rafael Demmer e Alan Aguiar). A transmissão, que contou com o apoio da Azulprime, Casa do Saco de Lixo, Multifilmes, Acrílico Shalon, Candy Shop e Correta Redações, já é a recordista do canal, com mais de seiscentas visualizações.